Arthur Antônio Sendas (São João de Meriti, 16 de junho de 1935Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2008) foi um empresário brasileiro do setor varejista.

Arthur Sendas
Arthur Antônio Sendas
Nascimento 16 de junho de 1935
São João de Meriti, Rio de Janeiro, Brasil
Morte 20 de outubro de 2008 (73 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade Brasil Brasileira
Carreira musical
Período musical comerciante varejista

Biografia editar

Arthur Sendas foi o terceiro de cinco filhos do casal Manuel Antônio Sendas, imigrante português, também comerciante, e sua esposa, Maria Soares Sendas.

Foi noivo de Iolanda Paulucci durante 8 anos, filha do comerciante Italiano Agustinho Francisco Paulucci e da imigrante portuguesa Virgínia Martins da Costa Paulucci. Iolanda pertencia a uma das famílias mais tradicionais da Itália, descendia do Conde Philip Osipovich Paulucci. A Família Paulucci foi uma das melhores amigas da família Sendas no Brasil, vários matrimônios ocorreram entre os membros das duas famílias.

Foi casado com Maria Ablen, com quem teve 4 filhos: João Antônio Sendas, Arthur Antônio Sendas Filho, Nelson Antônio Sendas e Marcia Maria Sendas

Carreira editar

Com a morte de seu pai em 1951, ingressou no comércio, ajudando no atendimento da mercearia da família, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Pouco tempo depois, rebatizou a mercearia com o nome de Casas Sendas.

A empresa cresceu na década de 1960, a partir de um armazém adquirido na Pavuna, bairro da cidade do Rio de Janeiro. Ao longo do tempo, a rede passou a integrar dezenas de lojas, e o empresário diversificou os seus negócios, criando a rede de hipermercados Bon Marché e a rede Casa Show, operando no setor de materiais de construção, paralelamente à rede, já existente, de supermercados Casas Sendas.

Em 2001, o Grupo Sendas, então com 80 lojas no Rio de Janeiro, constituindo-se na quinta maior rede de supermercados do país, anunciou a sua abertura de capital. Em 2003, o Grupo Pão de Açúcar adquiriu 42% do controle acionário das Sendas, e iniciou uma parceria com o grupo carioca.

Engajado nas políticas do setor em que atuava, Arthur Sendas presidiu a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) de 1987 a 1990. Foi ainda presidente de seu Conselho Consultivo (1991-1994), e exerceu, até outubro de 2008, a vice-presidência do Conselho.

Rotariano dedicado à juventude, integrou o Rotary Club do Rio de Janeiro até a sua morte.[1] [2]

Assassinato editar

Arthur Sendas foi baleado por volta das 23h30 de 20 de outubro de 2008 em seu apartamento no Leblon, na zona sul do Rio, e chegou a ser levado a um hospital, mas morreu por volta das 2h30.

A delegada informou que Costa Júnior, que também era motorista do neto de Arthur Sendas, foi até o apartamento e pediu à empregada para falar com o empresário, que o recebeu na porta.

Após uma discussão que durou entre cinco e dez minutos, Costa Júnior atirou contra o empresário e fugiu de carro, segundo a delegacia. Ainda não se sabe o que motivou o disparo, mas a delegada afirmou que a discussão entre os dois foi por causa de dinheiro.

Após seu falecimento, foi sucedido por seu filho Arthur Sendas Filho.

Entrevistas editar

Museu da Pessoa editar

Em 2003, Arthur forneceu uma entrevista ao Museu da Pessoa [3], fala sobre a adolescência corrida e os sacrifícios necessários para executar todos seus afazeres.

"Tinha, era pouco tempo. Mas era na base do sacrifício. Eu mesmo tomando conta do armazém e depois de um certo período, meu pai tinha colocado eu como mascote do Olaria, um time que tinha aqui em São Mateus. E depois acabei sendo presidente desse clube. Aí eu trabalhava nesse armazém mas encontrava tempo de... Aí nessa época eu já era até casado e tudo. Na época a coisa muito badalada era o hi-fi, que tinha que comprar. Aí para comprar para o clube, eu sendo o presidente, com os diretores lá, então tive que, cada um ficar escalado um dia de sábado, um dia de domingo. O meu caso era aos domingos. Então a minha mulher tinha uma paciência. Ficava sentado lá, tocando as músicas e o garçom, para dar exemplo aos diretores, para que cada um pudesse... Então tinha um plantão, e eu fazia isso. Eu ia depois do almoço, às vezes, nem almoçava direito. Tinha determinados jogadores que são estrelas, como tem até hoje. Às vezes tinha que ir buscá-lo em casa e tudo para, enfim. A gente sempre encontrava um momento. Tanto que antes de eu casar, eu era um palito. Assim, olhar a fotografia, eu era bem magro. Fechava o armazém e tudo, aí eu pegava a bicicleta, ia para a casa da namorada, namorava escondido, para que meu pai não soubesse. Tanto que foi seis anos com essa moça. Então a vida assim, uma convivência."
— Arthur Sendas

 Em entrevista ao Museu da Pessoa

Referências

  1. https://abrol-rio.com.br/membro/arthur-sendas/
  2. https://issuu.com/revistarotarybrasil/docs/n___1038_dezembro_2008
  3. da Pessoa, Museu (23 de julho de 2003). «No comando do armazém». Museu da Pessoa. Consultado em 2 de abril de 2024 

Ligações externas editar