Bloco de Esquerda

partido político de esquerda em Portugal
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O Bloco de Esquerda (BE) é um partido político de esquerda socialista, em Portugal, de cariz ecologista e anticapitalista. Fundado em 1999, tem centrado a sua atividade na promoção de serviços públicos de qualidade, dos direitos laborais e no combate às desigualdades, assim como nas causas feminista, LGBTIA+, antirracista e ambiental.[8][9]

Bloco de Esquerda
Coordenadora da
Comissão Política
Mariana Mortágua
Líder Parlamentar Fabian Figueiredo
Fundação 28 de fevereiro de 1999
Sede Portugal Portugal
Rua da Palma 268, 1100-394 Santa Maria Maior, Lisboa
Ideologia Socialismo[1]
Anticapitalismo[2]
Euroceticismo
Espectro político Esquerda[3] a
extrema-esquerda[4]
Publicação esquerda.net
Ala de juventude Jovens do Bloco[5] (Grupo de trabalho interno, não sendo separado do Partido)[6]
Antecessor União Democrática Popular
Partido Socialista Revolucionário
Política XXI
Membros (2009) 6 830[7]
Afiliação internacional nenhuma
Afiliação europeia Partido da Esquerda Europeia,
Esquerda Anticapitalista Europeia
Grupo no Parlamento Europeu Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde
Assembleia da República
5 / 230
Parlamento Europeu
2 / 21
Assembleia Legislativa da Madeira
1 / 47
Assembleia Legislativa dos Açores
2 / 57
Presidentes de Câmaras Municipais
0 / 308
Vereadores municipais
12 / 2 074
Deputados Municipais
125 / 6 461
Cores Vermelho
Sigla B.E.
Símbolo eleitoral
Bandeira do partido
Flag of the Left Bloc
Página oficial
www.bloco.org

Valores

 
Arruada do Bloco de Esquerda, na Rua Santa Catarina, no Porto, durante a campanha das eleições legislativas em 2019.

Socialismo

O Bloco define-se como um partido anticapitalista que propõe um projeto socialista sendo crítico das experiências da ex-URSS, Coreia do Norte, China, etc.[10] Na esteira de uma esquerda radical e heterodoxa, defende o socialismo como um projeto de democracia radical para as maiorias populares, assente no controlo democrático da produção e na distribuição da riqueza em função das necessidades da população, e reconhecendo os direitos fundamentais de opinião, como de organização partidária e sindical.[9]

Centralidade da classe trabalhadora

A contradição entre trabalho e capital é central na visão de mundo que o Bloco de Esquerda sustenta, pelo que o partido defende a organização laboral dos setores mais precarizados na sua ação política, propondo-se a promover o direito da sindicalização e a renovação da experiência de auto-organização da classe trabalhadora.[10]

Anti-imperialismo

No seu percurso político, o Bloco de Esquerda tomou posições públicas pela independência de Timor, contra a guerra no Iraque e no Afeganistão[11], em solidariedade com a Palestina[12], em oposição à invasão russa da Ucrânia[13], além da proposta consistente de saída de Portugal da NATO.[14] O partido tem defendido o direito à autodeterminação dos povos, do Sahara Ocidental ao reconhecimento do estado da Palestina. Na resolução aprovada na sua XIII Convenção, o Bloco de Esquerda refere que o «imperialismo dos EUA continua sendo o mais perigoso», ao mesmo tempo que denuncia a «natureza imperialista da Rússia» e da República Popular da China.[15][16]

Feminismo

As propostas referentes aos direitos das mulheres foram recorrentes no percurso do Bloco, desde a definição da violência doméstica como crime público, a defesa da despenalização do aborto e a correspondente proposta de referendo, à paridade de género e à igualdade salarial.[11] Segundo o Dicionário de História Partidária – Bloco de Esquerda, «O desejo de tranformação feminista é parte do código genético do Bloco, um partido que desde o seu início afirmou a radicalidade da exigência pela igualdade e do respeito pela diferença, recusando uniformismos, estereótipos, a violências preconceitos e hierarquias.»

Antirracismo

Desde a sua fundação que o Bloco de Esquerda procura introduzir no debate público e no seu programa políticas de promoção de igualdade e de combate ao racismo.[17] Exemplo disso foi o seu Programa Eleitoral para as eleições legislativas de Março de 2024, em que se indica «Persistem na sociedade e nas instituições preocupantes manifestações de um racismo estrutural enraizado que priva as pessoas afrodescendentes, ciganas e de outras comunidades racializadas dos seus direitos fundamentais» que o partido se propõe a continuar a combater.[18] Simultâneamente, a representatividade de pessoas migrantes e afrodescendentes tem sido uma preocupação assumida pelo partido.[19][20]

Direitos LGBTQI+

Já na fundação, em 1999, o Bloco assinalava como uma das suas causas centrais a luta contra a «discriminação por preferência sexual»[21] e muitas das pessoas que participaram na fundação e no crescimento do partido eram rostos do movimento LGBT.[22] A inscrição da não discriminação de pessoas do mesmo sexo, o reconhecimento dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e do direito a adoção, as medidas contra a discriminação das pessoas trans, entre outras leis aprovadas ao longo do século XXI foram propostas ou tiveram o apoio ativo do Bloco de Esquerda.[23]

Ecossocialismo

A defesa de uma perspetiva de transformação social e ecológica de bases socialistas consolidou-se como parte do programa e percurso do Bloco de Esquerda.[24][25] O partido prioriza as causas ambientais, relacionando-as com as sociais e a perspetiva de uma superação do atual modelo económico e social.[9]

História

 
Francisco Louçã, Miguel Portas e Luís Fazenda durante a campanha para as eleições europeias de 2004.

Origens

O partido foi fundado em 1999 e resulta da unificação de partidos já existentes: a União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI (socialista democrática), junto com militantes independentes com origens em diversos setores da esquerda portuguesa.

Entretanto, os partidos constituintes entraram num processo de auto-extinção. A Política XXI tornou-se uma associação de Acórdão 199/2008", do Tribunal Constitucional, publicado em Diário da República, 2ª Série – Nº 82 – 28 de Abril de 2008reflexão política que se exprime numa das revistas da área do Bloco, a Manifesto.[26] A dissolução oficial da Política XXI enquanto partido é concluída a 2 de Abril de 2008.[27] O PSR também se extinguiu,[28] transformando-se igualmente numa associação que se exprime numa revista, a Combate.[29] A UDP passou de partido a associação política, no início de 2005.[30] Edita igualmente uma revista, A Comuna.[31]

O Bloco de Esquerda tem como manifesto fundador o documento «Começar de Novo»[21] que aponta à «superação dos sectarismos» para fundar um «partido-movimento» centrado tanto nas lutas sociais e do mundo do trabalho, «contra o capital financeiro»,[32] como em causas como a defesa dos imigrantes indocumentados ou o combate às várias discriminações baseadas no sexo, origem étnica, orientação sexual e de género.[22]

Desde o início, o Bloco dá continuidade ao espaço da esquerda combativa vindo da Revolução de Abril e dos novos movimentos sociais que despontaram no fim do século XX.[32] O movimento pela «alterglobalização»[10] e a causa da paz, primeiro contra a guerra na Jugoslávia e, depois, no Afeganistão e Iraque, as mobilizações cidadãs de apoio a Timor-Leste e a luta estudantil contra as propinas foram parte do caldo de cultura de onde surgiu o Bloco de Esquerda.[10] Em particular, o primeiro referendo pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez de 1998, em que a esquerda não obteve o resultado que pretendia, marcou o espaço político que veio a ser ocupado pelo partido, que foi parte do movimento social que levou à vitória no segundo referendo e à consagração na lei desse direito das mulheres.[33]

O Bloco de Esquerda também se propôs a funcionar segundo um regime interno democrático, garantindo o direito a tendência, a diversidade de opiniões e aplicando a paridade de género nos organismos internos ou a rotatividade dos representantes eleitos.[34][35][9]

Primeiros Passos

As primeiras eleições em que o Bloco de Esquerda participou foi nas Europeias de 1999, tendo como cabeça de lista Miguel Portas. Obteve 61 920 votos (1,79% dos votos), não conseguindo eleger nenhum deputado. Em outubro do mesmo ano, concorre às eleições legislativas portuguesas de 1999, obtendo 131 840 votos, 2,46% e 2 deputados eleitos pelo círculo de Lisboa.[36]

 
Francisco Louçã e Luís Fazenda, os primeiros deputados eleitos pelo Bloco de Esquerda nas eleições legislativas de 1999

Na sessão de tomada de posse da Assembleia da República, a 25 de outubro de 1999, os dois deputados do Bloco de Esquerda destacaram-se por terem permanecido de pé, recusando os lugares que lhes foram atribuídos nas filas secundárias.[37] Nessa legislatura, no ano 2000, a lei que consagra a Violência Doméstica como crime público, uma das primeiras propostas legislativas do Bloco de Esquerda, é aprovada e publicada em Diário da República.[38]

Em 2001, Fernando Rosas, dirigente e fundador do Bloco de Esquerda, é o primeiro candidato à Presidência da República apoiado pelo partido.[39] Obtém 128 927 votos, correspondentes a 2,98%.[40]

Nas eleições autárquicas portuguesas de 2001, consegue a conquista de uma Câmara, a de Salvaterra de Magos e 6 vereadores.[41][42]

Nas eleições legislativas portuguesas de 2002, obteve 149 543 votos, 2,75% e 3 deputados, dois por Lisboa e um pelo Porto.[43]

Na iminência da invasão do Iraque por uma coligação dirigida pelos EUA, o Bloco de Esquerda empenha-se na organização das grandes manifestações contra a guerra, a maior delas a 15 de fevereiro de 2003.[44] A 1 de março, Francisco Louçã representa o Bloco de Esquerda num comício na Aula Magna, em Lisboa, que junta vários setores políticos contra a Guerra, incluindo oradores como Mário Soares, Odete Santos, Maria de Lourdes Pintassilgo ou Diogo Freitas do Amaral.[45]

O Bloco elegeu o seu primeiro deputado europeu, Miguel Portas, nas eleições de 2004, obtendo 167 313 votos e 4,91% do total.[46][47]

A 17 de outubro de 2004, o Bloco de Esquerda elegeu Paulo Martins como deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, conseguindo 3,66% do total e 5035 votos, na sua primeira candidatura a este órgão.[48]

 
Francisco Louçã e Fernando Rosas durante a campanha para as eleições autárquicas de 2005

Nas eleições legislativas de 20 de fevereiro de 2005, teve oito deputados eleitos. Nas autárquicas do mesmo ano, foi eleita a candidata independente apoiada pelo Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. Na sua IV Convenção Nacional, o Bloco de Esquerda oficializou Francisco Louçã como porta-voz da Comissão Política.[32]

Já em 2005, foi aprovado pela convenção um conjunto de estatutos, que incluem um código de conduta e prevêem um quadro disciplinar, que anteriormente não existia.

Em janeiro de 2006, nas eleições presidenciais, Francisco Louçã obtém 5,3%, um total de 288 756 votos.[49]

Um partido consolidado

Em fevereiro de 2007, dá-se o segundo referendo pela despenalização da IVG. No ano anterior, os deputados do Bloco de Esquerda haviam votado favoravelmente à realização deste referendo.[50] O Sim à despenalização ganha por uma importante margem, 59,25% contra 40,75% do Não. O Bloco de Esquerda integrou ativamente as várias plataformas unitárias que fizeram campanha pelo Sim.[51]

Em 2007, na V convenção, foram apresentadas três moções de orientação política e uma quarta moção crítica apenas em relação ao funcionamento interno do Bloco. Na eleição, por voto secreto, da mesa nacional, a lista encabeçada por Francisco Louçã e que incluía as sensibilidades do PSR, da UDP e da PXXI obtém 77,5% dos eleitos, a lista B, encabeçada por Teodósio Alcobia, 5%, a lista C, encabeçada por João Delgado e integrando sindicalistas e membros da Ruptura/FER, 15%, e a lista D, encabeçada por Paulo Silva, 2,5%. Nesta convenção foi reafirmada uma orientação de oposição ao Governo de José Sócrates, do PS, ao mesmo tempo que foi destacada uma reafirmação programática ecologista.[52] Nesse momento, o partido aprofundou um perfil político e programático que combinava a afirmação de uma proposta socialista e anticapitalista com a resposta ambiental e ecológica de transformação social.[9]

Ainda no mesmo ano, em eleições intercalares, o Bloco elege um vereador à Câmara Municipal de Lisboa, o independente José Sá Fernandes, que encabeçou um movimento cidadão alargado em que o Bloco de Esquerda era a única força partidária.[53]

Em fevereiro de 2009, dá-se a VI Convenção em que é aprovada a política de construção de uma «Esquerda Grande», apresentada como uma «esquerda grande a partir de baixo» contra um «Governo Sócrates clamorosamente falhado».[10]

Nas eleições europeias de 2009, Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares foram eleitos para o Parlamento Europeu pelo bloco. Tavares viria a romper com o bloco em 2011, juntando-se ao Grupo Europeu dos Verdes.[54]

Nas eleições legislativas de 27 de setembro de 2009, o Bloco de Esquerda viu o seu número de deputados eleitos crescer para 16, conseguindo assim a maior votação até então e tornando-se na 4.ª força política do país.[55][56]

Em 2011, em plena campanha eleitoral das eleições legislativas de 2011, Francisco Louçã afirmou que o Bloco teve a sua maior vitória política desde a sua fundação, ao conseguir um consenso sobre a renegociação da dívida contraída durante a crise da dívida pública da Zona Euro.[57]

O resultado das eleições legislativas de 2011 contrariou o, até então, linear aumento de expressão, dado que o partido reduziu para metade a sua representação na Assembleia da República.[58][59]

A 24 de abril de 2012 morre Miguel Portas, vítima de cancro no pulmão. Miguel Portas foi fundador da Política XXI, e do Bloco de Esquerda. No momento do seu falecimento, foram prestadas homenagens vindas de um amplo espectro político para lá do Bloco de Esquerda.[60]

Novas Lideranças

Em novembro de 2012, na VIII Convenção do partido, foram eleitos João Semedo e Catarina Martins para a liderança do Bloco de Esquerda, sucedendo a Francisco Louçã.[61]

 
Catarina Martins coordenadora de 2014 até 2023.

Entre 2012 e 2014, clivagens entre os movimentos e tendências que compunham o partido dão origem a novos projectos políticos. Concretizou-se a desvinculação da Ruptura/FER,[62] e do Fórum Manifesto[63] dando origem a um partido, o Movimento Alternativa Socialista, e a uma "candidatura cidadã"[64] a Tempo de Avançar, que se associou ao partido Livre. O Bloco, após uma queda eleitoral, recuperaria o seu espaço político.[65]

Em março de 2013, Daniel Oliveira, fundador do partido por via da Política XXI, anunciou a sua demissão do Bloco de Esquerda, indicando como motivos o "sectarismo interno, que enfraqueceu o partido e o seu debate democrático" e o "sectarismo externo, que tem impedido o Bloco de ser, como sempre quis ser, um fator de convergência e reconfiguração da esquerda portuguesa".[66]

 
Catarina Martins, Francisco Louçã e Fernando Rosas durante uma homenagem a João Semedo

Daniel Oliveira também apontou como motivação para o seu abandono a criação de uma corrente partidária interna dominante por João Semedo, José Manuel Pureza e Francisco Louçã, denominada Socialismo, que "cristaliza as divergências da última Convenção, exclui dos principais debates e decisões pelo menos um quarto dos militantes e cria um cordão sanitário entre 'poder' e 'oposição', afirmando uma lógica de fidelidades que só pode ser prejudicial ao Bloco".[66]

A 12 de Julho de 2014, os militantes da corrente Fórum Manifesto anunciam a sua desvinculação do Bloco de Esquerda.[67] A corrente Fórum Manifesto apontou como causa da sua desvinculação o resultado da liderança do partido, tendo anunciado "as derrotas que o BE teve nos últimos anos e que o conduziram à magra expressão eleitoral obtida nas últimas eleições europeias, não são um reflexo de fatores externos. São fruto da acumulação de erros não corrigidos, inscritos numa orientação política que divorciou crescentemente o Bloco do seu potencial eleitorado".[67]

Durante o mesmo período, ocorreram em Portugal grandes mobilizações, convocadas por movimentos sociais como a plataforma «Que se Lixe a Troika», além de greves gerais e setoriais. Nesse contexto, o Bloco apostou na mobilização social dando voz à exigência da demissão do governo PSD-CDS encabeçado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.[68]

 
Cartaz do Bloco de Esquerda na manifestação «Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas vidas» de 2 de março de 2013.

Na IX Convenção, em novembro de 2014, houve cinco moções que se apresentaram a votação. Na resolução aprovada é desenvolvida a política antes enunciada como «Esquerda Grande», sendo aprovada uma orientação que preconizava uma política de unidade das várias esquerdas de forma a construir uma alternativa ao chamado Bloco Central (PS e PSD). Adicionalmente, eram enumeradas as bases programáticas na qual se podia basear essa convergência, que incluíam o abandono da política dita de austeridade, a reestruturação das dívidas pública e externa, a nacionalização do sistema bancário e a saída de Portugal da NATO.[10]

A 30 de novembro de 2014, na sequência da IX Convenção do Bloco, é alterado o modelo de liderança e passa a vigorar uma nova Comissão Permanente composta por seis membros, com Catarina Martins como porta-voz.[32]

«Da Geringonça à oposição»

Nas eleições legislativas de 4 de outubro de 2015, o Bloco de Esquerda viu o seu número de deputados eleitos crescer para 19. Consegue assim a maior votação da sua história e torna-se a terceira força política do país, sendo o partido que mais cresceu.[69] Após negociações, o Bloco de Esquerda formaliza um acordo histórico para influenciar um governo do Partido Socialista, apoio parlamentar dado também pelo PEV e PCP. O governo liderado por António Costa toma posse a 25 de novembro de 2015. Foi a legislatura da chamada «Geringonça». O XXI Governo Constitucional, apoiado por toda a esquerda parlamentar, que viabilizou os quatro Orçamentos do Estado entre 2015 e 2019, viria a aumentar sucessivamente o salário mínimo, aumentar pensões e devolver subsídios de férias, repor feriados nacionais e ainda descongelar carreiras, ao mesmo tempo que assegurou o rigor das contas públicas.[70][71]

A 26 de junho de 2016, após a X Convenção do Bloco, Catarina Martins passou a ser a coordenadora do partido.[72]

 
Marisa Matias em comício com Pablo Iglesias, no âmbito das Eleições Presidenciais de 2016.

Em 2016, Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, é candidata à Presidência da República, alcançando 10% dos votos e sendo a mulher mais votada de sempre, até então, em eleições presidenciais.[73]

Nas eleições autárquicas de 2017, o Bloco de Esquerda aumentou a sua representação autárquica, aumentando o número de vereadores eleitos de 8 para 12, de deputados municipais de 100 para 125 e passou de 138 para 213 o número de eleitos em assembleias freguesias.[74]

Na sequência das eleições autárquicas de 2017, Ricardo Robles assume o cargo de vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Em 2018, Ricardo Robles demite-se da vereação na sequência da polémica em torno dos seus investimentos imobiliários em Lisboa em edifícios destinados a alojamento local.[75]

No mesmo período, começam a ganhar espaço movimentos sociais como as «Greves Feministas» e as «Greves climáticas estudantis», assim como lutas laborais na educação, na saúde ou entre os trabalhadores do estado com vínculo precário.[76] A XI Convenção, realizada em novembro de 2018, assinalava a importância das lutas sociais em setores como a educação e a saúde, os movimentos sociais ambientalistas e também greves em empresas estratégicas como a Autoeuropa ou a PT/Altice.[77] Na moção aprovada, afirmava-se a pretensão de envolver a militância bloquista nesses processos de contestação social.

Nas eleições europeias de 2019, o Bloco de Esquerda consolidou a posiçao de terceiro partido do país ao conseguir eleger José Gusmão como segundo eurodeputado, juntamente com a primeira candidata Marisa Matias.[78] Nas eleições legislativas de 2019, o partido manteve-se como a terceira força eleitoral, com os mesmos 19 deputados na Assembleia da República.[79]

Na sequência destes resultados, tendo o Partido Socialista obtido uma maioria relativa na Assembleia da República, Catarina Martins desafia o primeiro-ministro António Costa a assinar um acordo escrito assente em alterações à lei laboral e no reforço do Serviço Nacional de Saúde de forma a garantir o apoio ao Governo por parte do Bloco.[80] Tendo sido recusada a proposta, o Bloco de Esquerda viabilizou o Orçamento de Estado para 2020, mas votou contra os dois orçamentos seguintes por não ter sido alcançado um acordo que protegesse o SNS e alterasse as leis laborais do tempo da troika. Em novembro de 2021, com o voto contra dos eleitos da CDU a somar-se aos do Bloco, o Orçamento foi chumbado. Perante esse voto de rejeição e a demissão do Governo, o Presidente da República decidiu antecipar as eleições para janeiro de 2022.[81]

Nas eleições presidenciais de 2021, Marisa Matias volta a candidatar-se com o apoio do Bloco, ficando desta feita pelos 164 741 votos, 3,95% do total.[82]

Nas eleições legislativas de 2022, o Bloco obteve 4,4% dos votos e desceu de 19 para 5 deputados à Assembleia da República, passando ao estatuto de sexta força política.[83][84] A 30 de abril de 2022, realiza-se a III Conferência do partido uma orientação resumida como «da geringonça à oposição, sem arrependimentos».[85] Em fevereiro de 2023, tem lugar o 1º Fórum LGBTQI+ sob o mote «Orgulho contra o conservadorismo»,[86] dando corpo à presença de ativistas do Bloco nas marchas pelo orgulho em todo o país. Em julho do mesmo ano, organiza-se o acampamento «Liberdade», retomando esta iniciativa de jovens do Bloco interrompida nos anos anteriores devido à pandemia e aos incêndios florestais.[87]

Em maio de 2023, sob o mote «Levar o país a sério», realiza-se a XIII Convenção, centrada na oposição à maioria absoluta do PS e em que Mariana Mortágua é apontada como nova coordenadora.[88] A resolução aprovada vai no mesmo sentido, afirmando que o Bloco de Esquerda se centraria na oposição ao Governo de António Costa, acentuando a luta contra a desigualdade e o desígnio ecossocialista.[89]

Já em setembro do mesmo ano, nas eleições legislativas regionais da Madeira, o Bloco regressa ao parlamento regional, após não ter eleito nenhum representante em 2019, subindo a sua votação e percentagem para 3036 e 2,24%, respectivamente.[90]

Já no início de 2024, houve eleições antecipadas para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, realizadas a 4 de fevereiro. O Bloco de Esquerda manteve-se como quarta força no arquipélago, com 2,54% da votação e passando de dois para apenas um deputado.[91]

Novo ciclo

Em novembro do mesmo ano, quando o primeiro-ministro António Costa se demite na sequência das buscas policiais no Palácio de S.Bento, no âmbito da Operação Influencer, o Bloco é o primeiro partido de esquerda a exigir a realização de eleições antecipadas.[92]

Após, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições para 10 março e na sequência da eleição de um novo secretário-geral do PS, Mariana Mortágua declara a disponibilidade do partido para fazer parte de uma solução maioritária pós-eleitoral que mantenha a direita em minoria na Assembleia da República.[93] O Bloco apresenta a habitação, os salários, os serviços públicos, os cuidados e o clima como aspectos programáticos centrais para a constituição dessa maioria.[93]

A 10 de março, ocorrem as eleições e o Bloco aumenta a sua votação e mantém o mesmo número de deputados de 2022.[94]

Do programa do Bloco de Esquerda, apresentado e levado a votos nas eleições de março de 2024,[95] fazem parte as seguintes medidas:

  • Habitação: imposição de tetos para as rendas; limitação dos juros bancários; proibir a venda de casas a estrangeiros não residentes;[96]
  • Trabalho e salários: Aumento do salário mínimo e médio; introdução de leques salariais que diminuam a desigualdade entre salários; fim da caducidade da contratação coletiva; reconhecimento dos direitos laborais do trabalho em plataformas; fim do outsourcing abusivo;[97][98]
  • Serviços públicos: autonomia dos Centros de Saúde e Hospitais para contratar profissionais; criação de uma rede nacional de creches públicas; devolução do tempo de serviço dos professores; contratação de 20 mil pessoas para a função pública para responder às necessidades;[99][100][101]
  • Justiça Fiscal: proibição de transferências para offshores; fim dos benefícios fiscais injustificados; simplificação das regras fiscais sobre o trabalho e o consumo de bens essenciais.[102]

Deputados

 
Arruada do Bloco de Esquerda em Setúbal durante a campanha para as eleições legislativas de 2019

Assembleia da República[103]

XVI Legislatura (2024 – presente)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua Coordenadora do B.E. [104]
Fabian Figueiredo Presidente do Grupo Parlamentar [105]
Porto Marisa Matias [106]
José Soeiro [107]
Setúbal Joana Mortágua [108]

XV Legislatura (2022 – 2024)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua Coordenadora do B.E. (desde 2023) [104]
Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar [109]
Porto Catarina Martins
renunciou em 2023
Coordenadora do B.E. (2012-2023) [110][111]
José Soeiro [107]
Isabel Pires
desde 2023
[112][111]
Setúbal Joana Mortágua [108]

XIV Legislatura (2019 – 2022)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua [104]
Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar [109]
Beatriz Gomes Dias [113]
Jorge Costa [114]
Isabel Pires [112]
Porto Catarina Martins Coordenadora do B.E. [110]
José Soeiro [107]
Luís Monteiro [115]
Maria Manuel Rola [116]
Braga José Maria Cardoso [117]
Alexandra Vieira [118]
Setúbal Joana Mortágua [108]
Sandra Cunha
renunciou em 2021
[119][120]
Diana Santos
desde 2021
[121][120]
Aveiro Moisés Ferreira [122]
Nelson Peralta [123]
Leiria Ricardo Vicente [124]
Coimbra José Manuel Pureza Vice-presidente da Assembleia da República [125]
Faro João Vasconcelos [126]
Santarém Fabíola Cardoso [127]

XIII Legislatura (2015 – 2019)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua [104]
Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar [109]
Jorge Costa [114]
Isabel Pires [112]
Jorge Falcato Simões [128]
Porto Catarina Martins Coordenadora do B.E. [110]
José Soeiro [107]
Luís Monteiro [115]
Domicília Costa
renunciou em 2017
[129][130]
Jorge Campos [131]
Maria Manuel Rola
desde 2017
[116][130]
Braga Pedro Soares [132]
Setúbal Joana Mortágua [108]
Sandra Cunha [119]
Aveiro Moisés Ferreira [122]
Leiria Heitor de Sousa [133]
Coimbra José Manuel Pureza Vice-presidente da Assembleia da República [125]
Faro João Vasconcelos [126]
Santarém Carlos Matias [134]
Madeira Paulino Ascensão
renunciou em 2018
[135][136]
Ernesto Ferraz
desde 2018
[137][136]

XII Legislatura (2011 – 2015)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Francisco Louçã
renunciou em 2012
Coordenador do B.E. (1999-2012) [138][139]
Ana Drago
renunciou em 2013
[140][141]
Luís Fazenda Presidente do Grupo Parlamentar (2011-2012) [142]
Helena Pinto
desde 2012
[143][139]
Mariana Mortágua
desde 2013
[104][141]
Porto João Semedo
renunciou em 2015
Coordenador do B.E. (2012-2014) [144]
Catarina Martins Coordenadora do B.E. (2012-2023) [110]
José Soeiro
desde 2015
[107]
Setúbal Mariana Aiveca [145]
Aveiro Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar (desde 2012) [109]
Faro Cecília Honório
renunciou em 2015
[146][147]
Eugénia Taveira
desde 2015
[148][147]

XI Legislatura (2009 – 2011)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Francisco Louçã Coordenador do B.E. [138]
Ana Drago [140]
Luís Fazenda Vice-presidente da Assembleia da República [142]
Helena Pinto [143]
Rita Calvário [149]
Porto João Semedo [144]
José Soeiro [107]
Catarina Martins [110]
Braga Pedro Soares [132]
Setúbal Fernando Rosas
renunciou em 2010
[150][151]
Mariana Aiveca [145]
Jorge Costa
desde 2010
[114][151]
Aveiro Pedro Filipe Soares [109]
Coimbra José Manuel Pureza Presidente do Grupo Parlamentar [125]
Leiria Heitor de Sousa [133]
Santarém José Gusmão [152]
Faro Cecília Honório [146]

X Legislatura (2005 – 2009)

IX Legislatura (2002 – 2005)

VIII Legislatura (1999 – 2002)

Parlamento Europeu

VIII Legislatura (2019–presente)

VIII Legislatura (2014–2019)

VII Legislatura (2009–2014)

VI Legislatura (2004–2009)

Resultados eleitorais

 
Arruada do Bloco de Esquerda em Lisboa com Catarina Martins e Mariana Mortágua durante a campanha para as eleições legislativas de 2022

Eleições legislativas

Data Líder CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
1999 Francisco Louçã 5.º 132 333
2,44 / 100,00
2 / 230
Oposição
2002 5.º 153 877
2,81 / 100,00
 0,37
3 / 230
 1 Oposição
2005 5.º 364 971
6,35 / 100,00
 3,54
8 / 230
 5 Oposição
2009 4.º 558 062
9,82 / 100,00
 3,47
16 / 230
 8 Oposição
2011 5.º 288 973
5,17 / 100,00
 4,65
8 / 230
 8 Oposição
2015 Catarina Martins 3.º 550 892
10,19 / 100,00
 5,02
19 / 230
 11 Apoio parlamentar
2019 3.º 500 017
9,52 / 100,00
 0,67
19 / 230
  Oposição
2022 5.º 244 603
4,40 / 100,00
 5,12
5 / 230
 14 Oposição
2024 Mariana Mortágua 5.º 282 314
4,36 / 100,00
 0,04
5 / 230
  Oposição
Resultados por círculo eleitoral

Açores

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 993
1,1 / 100,0
0 / 5
2002 4.º 1 269
1,4 / 100,0
 0,3
0 / 5
 
2005 4.º 2 636
2,9 / 100,0
 1,5
0 / 5
 
2009 4.º 6 965
7,3 / 100,0
 4,4
0 / 5
 
2011 4.º 3 966
4,4 / 100,0
 2,9
0 / 5
 
2015 3.º 7 330
7,8 / 100,0
 3,5
0 / 5
 
2019 3.º 6 661
8,0 / 100,0
 0,2
0 / 5
 

Aveiro

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 677
1,3 / 100,0
0 / 15
2002 5.º 6 647
1,8 / 100,0
 0,5
0 / 15
 
2005 4.º 19 846
5,1 / 100,0
 3,3
0 / 15
 
2009 4.º 35 183
9,0 / 100,0
 3,9
1 / 16
 1
2011 4.º 19 338
5,0 / 100,0
 4,0
1 / 16
 
2015 3.º 35 327
9,6 / 100,0
 4,6
1 / 16
 
2019 3.º 35 068
10,0 / 100,0
 0,4
2 / 16
 1

Beja

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 6.º 1 314
1,6 / 100,0
0 / 3
2002 6.º 1 554
1,9 / 100,0
 0,3
0 / 3
 
2005 4.º 4 144
4,7 / 100,0
 2,8
0 / 3
 
2009 4.º 8 264
10,1 / 100,0
 5,4
0 / 3
 
2011 5.º 3 890
5,2 / 100,0
 4,9
0 / 3
 
2015 4.º 6 105
8,2 / 100,0
 3,0
0 / 3
 
2019 4.º 7 330
9,1 / 100,0
 0,9
0 / 3
 

Braga

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 5 164
1,2 / 100,0
0 / 17
2002 5.º 7 654
1,7 / 100,0
 0,5
0 / 18
 
2005 5.º 22 179
4,6 / 100,0
 2,9
0 / 18
 
2009 4.º 38 898
7,8 / 100,0
 3,2
1 / 19
 1
2011 5.º 20 488
4,2 / 100,0
 3,6
0 / 19
 1
2015 3.º 41 745
8,8 / 100,0
 4,6
1 / 19
 1
2019 3.º 41 331
8,9 / 100,0
 0,1
2 / 19
 1

Bragança

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 679
0,8 / 100,0
0 / 4
2002 5.º 789
0,9 / 100,0
 0,1
0 / 4
 
2005 4.º 2 044
2,5 / 100,0
 1,6
0 / 4
 
2009 4.º 5 211
6,2 / 100,0
 3,7
0 / 3
 
2011 5.º 1 738
2,3 / 100,0
 3,9
0 / 3
 
2015 3.º 3 858
5,5 / 100,0
 3,2
0 / 3
 
2019 3.º 3 833
6,0 / 100,0
 0,5
0 / 3
 

Castelo Branco

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 522
1,2 / 100,0
0 / 5
2002 5.º 1 798
1,5 / 100,0
 0,3
0 / 5
 
2005 5.º 4 660
3,7 / 100,0
 2,2
0 / 5
 
2009 3.º 10 668
9,1 / 100,0
 5,4
0 / 4
 
2011 5.º 4 614
4,2 / 100,0
 4,9
0 / 4
 
2015 3.º 10 450
10,0 / 100,0
 5,8
0 / 4
 
2019 3.º 10 352
11,1 / 100,0
 1,1
0 / 4
 

Coimbra

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 536
2,0 / 100,0
0 / 10
2002 5.º 5 664
2,4 / 100,0
 0,4
0 / 10
 
2005 3.º 15 444
6,3 / 100,0
 3,9
0 / 10
 
2009 3.º 25 508
10,8 / 100,0
 4,2
1 / 10
 1
2011 5.º 13 033
5,8 / 100,0
 5,0
0 / 9
 1
2015 3.º 21 780
9,9 / 100,0
 4,1
1 / 9
 1
2019 3.º 22 808
11,2 / 100,0
 1,3
1 / 9
 

Évora

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 6.º 1 392
1,5 / 100,0
0 / 4
2002 5.º 1 611
1,8 / 100,0
 0,3
0 / 3
 
2005 4.º 4 463
4,6 / 100,0
 2,8
0 / 3
 
2009 4.º 10 167
11,1 / 100,0
 6,5
0 / 3
 
2011 5.º 4 230
4,9 / 100,0
 6,2
0 / 3
 
2015 4.º 7 328
8,6 / 100,0
 3,7
0 / 3
 
2019 4.º 6 624
9,0 / 100,0
 0,4
0 / 3
 

Faro

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 129
2,3 / 100,0
0 / 8
2002 5.º 5 168
2,8 / 100,0
 0,5
0 / 8
 
2005 3.º 15 316
7,7 / 100,0
 4,9
0 / 8
 
2009 3.º 31 017
15,4 / 100,0
 7,7
1 / 8
 1
2011 5.º 16 414
8,2 / 100,0
 7,2
1 / 9
 
2015 3.º 26 922
14,1 / 100,0
 5,9
1 / 9
 
2019 3.º 21 255
12,3 / 100,0
 1,8
1 / 9
 

Guarda

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 088
1,1 / 100,0
0 / 4
2002 5.º 1 231
1,2 / 100,0
 0,1
0 / 4
 
2005 4.º 3 452
3,4 / 100,0
 2,2
0 / 4
 
2009 4.º 7 730
7,6 / 100,0
 4,2
0 / 4
 
2011 5.º 3 102
3,3 / 100,0
 4,3
0 / 4
 
2015 3.º 6 341
7,4 / 100,0
 4,1
0 / 4
 
2019 3.º 5 990
7,8 / 100,0
 0,4
0 / 3
 

Leiria

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 3 848
1,7 / 100,0
0 / 10
2002 5.º 5 289
2,2 / 100,0
 0,5
0 / 10
 
2005 4.º 13 788
5,5 / 100,0
 3,3
0 / 10
 
2009 4.º 23 519
9,5 / 100,0
 4,0
1 / 10
 1
2011 4.º 13 351
5,4 / 100,0
 4,1
0 / 10
 1
2015 3.º 23 034
9,7 / 100,0
 4,2
1 / 10
 1
2019 3.º 20 925
9,4 / 100,0
 0,3
1 / 10
 

Lisboa

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 55 340
4,9 / 100,0
2 / 49
2002 5.º 53 092
4,7 / 100,0
 0,2
2 / 48
 
2005 4.º 103 944
8,8 / 100,0
 4,1
4 / 48
 2
2009 4.º 124 244
10,8 / 100,0
 2,0
5 / 47
 1
2011 5.º 66 868
5,7 / 100,0
 5,1
3 / 47
 2
2015 3.º 125 071
10,9 / 100,0
 5,2
5 / 47
 2
2019 3.º 106 944
9,7 / 100,0
 1,2
5 / 48
 

Madeira

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 481
1,2 / 100,0
0 / 6
2002 4.º 3 911
3,1 / 100,0
 1,9
0 / 6
 
2005 4.º 5 265
3,8 / 100,0
 0,7
0 / 6
 
2009 4.º 8 446
6,1 / 100,0
 2,3
0 / 6
 
2011 4.º 5 567
4,0 / 100,0
 2,1
0 / 6
 
2015 3.º 13 342
10,7 / 100,0
 6,7
1 / 6
 1
2019 5.º 6 806
5,2 / 100,0
 5,5
0 / 6
 1

Portalegre

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 6.º 876
1,2 / 100,0
0 / 3
2002 5.º 1 072
1,6 / 100,0
 0,4
0 / 3
 
2005 4.º 3 216
4,6 / 100,0
 3,0
0 / 2
 
2009 4.º 7 019
10,8 / 100,0
 6,2
0 / 2
 
2011 5.º 2 743
4,6 / 100,0
 6,2
0 / 2
 
2015 4.º 5 427
9,2 / 100,0
 4,6
0 / 2
 
2019 4.º 4 166
8,1 / 100,0
 1,1
0 / 2
 

Porto

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 21 374
2,3 / 100,0
0 / 37
2002 5.º 25 195
2,7 / 100,0
 0,4
1 / 38
 1
2005 4.º 66 912
6,7 / 100,0
 4,0
2 / 38
 1
2009 4.º 92 929
9,2 / 100,0
 2,5
3 / 39
 1
2011 5.º 50 985
5,1 / 100,0
 4,1
2 / 39
 1
2015 3.º 106 954
11,1 / 100,0
 6,0
5 / 39
 3
2019 3.º 94 553
10,1 / 100,0
 1,0
4 / 40
 1

Santarém

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 800
2,0 / 100,0
0 / 10
2002 5.º 6 760
2,8 / 100,0
 0,8
0 / 10
 
2005 5.º 16 590
6,5 / 100,0
 3,7
0 / 10
 
2009 3.º 29 379
11,9 / 100,0
 5,4
1 / 10
 1
2011 5.º 13 747
5,8 / 100,0
 6,1
0 / 10
 1
2015 3.º 24 489
10,8 / 100,0
 5,0
1 / 9
 1
2019 3.º 21 141
10,2 / 100,0
 0,6
1 / 9
 

Setúbal

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 13 806
3,5 / 100,0
0 / 17
2002 5.º 18 213
4,6 / 100,0
 1,1
0 / 17
 
2005 4.º 43 862
10,3 / 100,0
 4,7
1 / 17
 1
2009 4.º 58 827
14,0 / 100,0
 3,7
2 / 17
 1
2011 5.º 29 620
7,0 / 100,0
 7,0
1 / 17
 1
2015 4.º 55 276
13,1 / 100,0
 6,1
2 / 18
 1
2019 4.º 47 863
12,1 / 100,0
 1,0
2 / 18
 

Viana do Castelo

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 689
1,2 / 100,0
0 / 6
2002 5.º 2 485
1,8 / 100,0
 0,6
0 / 6
 
2005 4.º 6 415
4,5 / 100,0
 2,7
0 / 6
 
2009 4.º 12 098
8,6 / 100,0
 4,1
0 / 6
 
2011 5.º 5 925
4,4 / 100,0
 4,2
0 / 6
 
2015 3.º 10 225
8,0 / 100,0
 3,6
0 / 6
 
2019 3.º 10 320
8,5 / 100,0
 0,5
0 / 6
 

Vila Real

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 995
0,8 / 100,0
0 / 5
2002 5.º 1 113
0,9 / 100,0
 0,1
0 / 5
 
2005 5.º 3 019
2,4 / 100,0
 1,5
0 / 5
 
2009 4.º 6 958
5,5 / 100,0
 3,1
0 / 5
 
2011 5.º 2 801
2,3 / 100,0
 3,2
0 / 5
 
2015 3.º 5 707
5,2 / 100,0
 2,9
0 / 5
 
2019 3.º 6 078
6,1 / 100,0
 0,9
0 / 5
 

Viseu

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 2 400
1,2 / 100,0
0 / 9
2002 5.º 3 049
1,4 / 100,0
 0,2
0 / 9
 
2005 4.º 7 149
3,3 / 100,0
 1,9
0 / 9
 
2009 4.º 13 971
6,5 / 100,0
 3,2
0 / 9
 
2011 5.º 5 786
2,9 / 100,0
 3,6
0 / 9
 
2015 3.º 12 816
6,7 / 100,0
 3,8
0 / 9
 
2019 3.º 13 956
7,9 / 100,0
 1,2
0 / 8
 

Europa

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 7.º 145
0,6 / 100,0
0 / 2
2002 6.º 250
1,1 / 100,0
 0,5
0 / 2
 
2005 5.º 535
2,3 / 100,0
 1,2
0 / 2
 
2009 3.º 794
4,7 / 100,0
 2,4
0 / 2
 
2011 5.º 602
3,4 / 100,0
 1,3
0 / 2
 
2015 4.º 785
5,8 / 100,0
 2,4
0 / 2
 
2019 3.º 6 106
5,7 / 100,0
 0,1
0 / 2
 

Fora da Europa

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 7.º 63
0,4 / 100,0
0 / 2
2002 6.º 60
0,4 / 100,0
 
0 / 2
 
2005 6.º 92
0,7 / 100,0
 0,3
0 / 2
 
2009 4.º 177
2,0 / 100,0
 1,3
0 / 2
 
2011 4.º 165
1,1 / 100,0
 0,9
0 / 2
 
2015 6.º 229
1,6 / 100,0
 0,5
0 / 2
 
2019 6.º 1 404
3,5 / 100,0
 1,9
0 / 2
 

Eleições europeias

Data Cabeça de Lista Votos % +/- Deputados +/-
1999 Miguel Portas 5.º 61 920
1,79 / 100,00
0 / 25
2004 5.º 167 313
4,91 / 100,00
 3,12
1 / 24
 1
2009 3.º 382 667
10,72 / 100,00
 5,81
3 / 22
 2
2014 Marisa Matias 5.º 149 628
4,56 / 100,00
 6,16
1 / 21
 2
2019 3.º 325 450
9,82 / 100,00
 5,26
2 / 21
 1
 
Comício da campanha de Marisa Matias durante as eleições presidenciais de 2021

Eleições presidenciais

Data Candidato
apoiado
1.ª Volta
CI. Votos %
2001 Fernando Rosas 4.º 129 840
3,00 / 100,00
2006 Francisco Louçã 5.º 292 198
5,32 / 100,00
2011 Manuel Alegre 2.º 831 838
19,76 / 100,00
2016 Marisa Matias 3.º 469 321
10,12 / 100,00
2021 5.º 164.731
3,95 / 100,00

Eleições autárquicas

Câmaras Municipais

Data CI. Votos % +/- Presidentes CM +/- Vereadores +/- Deputados

Municipais

+/- Deputados de

Freguesia

+/-
2001 9.º 61 789
1,18 / 100,00
Novo
1 / 308
Novo
6 / 2 044
Novo
28 / 6 876
Novo
46 / 34 627
Novo
2005 6.º 159 254
2,95 / 100,00
 1,77
1 / 308
 
7 / 2 046
 1
114 / 6 876
 107
229 / 34 627
 183
2009 7.º 167 101
3,02 / 100,00
 0,07
1 / 308
 
9 / 2 078
 2
139 / 6 946
 25
235 / 34 672
 6
2013 7.º 120 982
2,42 / 100,00
 0,60
0 / 308
 1
8 / 2 086
 1
100 / 6 487
 39
138 / 27 167
 97
2017 6.º 170 027
3,29 / 100,00
 0,87
0 / 308
 
12 / 2 074
 4
125 / 6 461
 25
213 / 27 019
 75
2021 7.º 137 521
2,75 / 100,00
 0,54
0 / 308
 
5 / 2 074
 7
94 / 6 461
  31
162 / 27 019
 51
Câmaras Municipais com representação do Bloco de Esquerda
Municípios 2001 2005 2009 2013 2017 2021
Abrantes
0 / 7
0 / 7
 
0 / 7
 
0 / 7
 
1 / 7
 1
1 / 7
 
Almada
0 / 11
0 / 11
 
1 / 11
 1
0 / 11
 1
1 / 11
 1
1 / 11
 
Amadora
0 / 11
0 / 11
 
0 / 11
 
0 / 11
 1
1 / 11
 1
0 / 11
 1
Entroncamento
1 / 7
1 / 7
 
1 / 7
 
1 / 7
 
1 / 7
 
0 / 7
 1
Lisboa
0 / 17
1 / 17
 1
0 / 17
 1
0 / 17
 
1 / 17
 1
1 / 17
 
Moita
0 / 9
1 / 9
 1
1 / 9
 
1 / 9
 
1 / 9
 
0 / 9
 1
Olhão
1 / 7
1 / 7
 
0 / 7
 1
0 / 7
 
Portimão
0 / 7
0 / 7
 
0 / 7
 
1 / 7
 1
1 / 7
 
0 / 9
 1
Porto
0 / 13
0 / 13
 
0 / 13
 
0 / 13
 
0 / 13
 
1 / 13
 1
Salvaterra de Magos
5 / 7
4 / 7
 1
4 / 7
 
2 / 7
 2
2 / 7
 
1 / 7
 1
Seixal
0 / 11
0 / 11
 
1 / 11
 1
1 / 11
 
1 / 11
 
0 / 11
 1
Torres Novas
0 / 7
0 / 7
 
0 / 7
 
1 / 7
 1
1 / 7
 
0 / 7
 1
Vila Franca de Xira
0 / 9
0 / 9
 
0 / 9
 
0 / 11
 
1 / 11
 1
0 / 11
 1

Eleições regionais

Região Autónoma dos Açores

Data CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
2000 5.º 1 387
1,4 / 100
0 / 52
Extra-parlamentar
2004 4.º 1 022
1,0 / 100
 0,4
0 / 52
  Extra-parlamentar
2008 4.º 2 972
3,3 / 100
 2,3
2 / 57
 2 Oposição
2012 4.º 2 428
2,3 / 100
 1,0
1 / 57
 1 Oposição
2016 4.º 3 410
3,7 / 100
 1,4
2 / 57
 1 Oposição
2020 5.º 3 962
3,8 / 100,0
 0,1
2 / 57
  Oposição
2024 4.º 2 936
2,5 / 100,0
 1,3
1 / 57
 1 Oposição

Região Autónoma da Madeira

Data CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
2004 5.º 5 035
3,7 / 100,0
1 / 68
Oposição
2007 5.º 4 186
3,0 / 100,0
 0,7
1 / 47
  Oposição
2011 9.º 2 512
1,7 / 100,0
 1,3
0 / 47
 1 Extra-parlamentar
2015 6.º 4 850
3,8 / 100,0
 2,1
2 / 47
 2 Oposição
2019 6.º 2 489
1,7 / 100,0
 2,1
0 / 47
 2 Extra-parlamentar
2023 8.º 3 036
2,2 / 100,0
 0,5
1 / 47
 1 Oposição

Coordenadoria

O coordenador nacional do Bloco de Esquerda é a figura política mais importante do Bloco de Esquerda. O cargo é atualmente ocupado por Mariana Mortágua desde 2023.

Funções

O/a coordenador/a nacional do Bloco de Esquerda é, ex-officio, membro da Comissão Política e do Secretariado Nacional.[153]

De acordo com a Lei das precedências do Protocolo do Estado Português, o/a Coordenador/a Nacional do Bloco de Esquerda, tal como os líderes de outros partidos com assento parlamentar, é o 16º ordem de precedência no Protocolo de Estado Português.[154]

Coordenadores nacionais

# Coordenador/a
(Nascimento-Morte)
Retrato Círculo eleitoral Início do mandato Fim do mandato Cargos enquanto líder Outros cargos Afiliação partidária anterior Primeiro-Ministro (mandato)
1 Francisco Anacleto Louçã
(1956–)
  Lisboa 24 de março de 1999 11 de novembro de 2012 Deputado à Assembleia da República (1999-2012) Dirigente do PSR (1979-1999)
Conselheiro de Estado (2015-2022)
PSR   António Guterres 1995-2002
  Durão Barroso 2002-2004
  Pedro Santana Lopes 2004-2005
  José Sócrates 2005-2011
  Pedro Passos Coelho 2011-2015
2 João Pedro Furtado da Cunha Semedo
(1951–2018)
  Porto 11 de novembro de 2012 30 de novembro de 2014 Deputado à Assembleia da República (2006-2015) - PCP
Catarina Soares Martins
(1973–)
  Porto 28 de maio de 2023 Deputada à Assembleia da República (2009-2023) - -
3
  António Costa 2015-2024[155]
4 Mariana Rodrigues Mortágua
(1986–)
  Lisboa 28 de maio de 2023 presente Deputada à Assembleia da República (2013-...) -
  Luís Montenegro 2024-presente

Lista de ex-coordenadores nacionais vivos

Nome Mandato(s) Idade
Francisco Louçã 1999-2012 67 anos e 165 dias
Catarina Martins 2012-2023 50 anos e 231 dias

Referências

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