Robert Kenneth "Bobby" Beausoleil (Santa Barbara, 6 de novembro de 1947) é um músico, ator e homicida norte-americano, ex-integrante da Família Manson, condenado à prisão perpétua por assassinato.

Bobby Beausoleil
Nome Robert Kenneth Beausoleil
Data de nascimento 6 de novembro de 1947 (76 anos)
Local de nascimento Santa Barbara, CA, EUA
Nacionalidade(s) norte-americano
Crime(s) Assassinato do músico Gary Hinman
Pena
Morte
comutada para prisão perpétua
Situação Cumpre a pena, preso desde 1969

Beausoleil participou de bandas de rock de menor expressão ainda na adolescência, em 1965-66, e de alguns filmes menores, entre eles um erótico, onde conheceu Catherine Share, apelidada de ‘Gipsy’, que com ele viria a ser uma das integrantes mais proeminentes da ‘família’ de Charles Manson. Este filme foi rodado num local chamado Spahn Ranch, que tempos depois seria o local de moradia de Manson e seus seguidores.

Em 27 de julho de 1969, Beausoleil, então integrando o grupo de Manson, foi a casa do músico Gary Hinman cobrar uma dívida de drogas, e com a recusa do músico em pagá-la ele o manteve em cárcere privado por dois dias, ajudado por Mary Brunner e Susan Atkins, outra das mulheres da ‘família’, que alguns dias depois assassinaria Sharon Tate. Na primeira noite de cativeiro de Hinman, Charles Manson foi até a casa do músico e o feriu à faca no rosto. No dia seguinte, Beausoleil, ajudado por Atkins, assassinou Hinman a facadas, escrevendo “Porco Político’ com o sangue da vítima na parede da casa. O ato de escrever mensagens com sangue nas paredes e portas das casas de suas vítimas, seria uma constante dos próximos assassinatos da Família Manson. No dia 6 de agosto, Beausoleil foi preso enquanto dormia dentro do carro roubado de Hinman.[1]

Em 18 de abril de 1970, uma corte superior de justiça de Los Angeles condenou Beausoleil, então com 22 anos, à morte por assassinato em primeiro grau. A sentença, entretanto, foi comutada para prisão perpétua no início de 1972, enquanto ele aguardava a execução, quando a Suprema Corte da Califórnia declarou a pena de morte inconstitucional no estado.

No fim de década de 1970, ele compôs e gravou, com permissão do sistema correcional, a trilha sonora do filme Lucifer Rising, e dois álbuns de música instrumental. Em 2005, teve uma seleção de seu trabalho artístico na prisão exposto numa galeria de arte de Los Angeles, que, anteriormente à sua exposição, tinha sediado uma mostra de fotos de Sharon Tate.[2]

Preso desde 1969, Beausoleil tem visto ser negadas todas as suas petições, através das décadas, do benefício da liberdade condicional, assim como todos os outros membros da Família Manson condenados à prisão perpétua pelos assassinatos Tate-LaBianca.

Referências

  1. Bugliosi, Vincent. Helter Skelter: The True Story of the Manson Murders. New York: Norton, 2001. ISBN 0393322238
  2. Clair Obscur Gallery Exhibit.

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