Célestin Alfred Cogniaux

botânico belga

Célestin Alfred Cogniaux (Robechies (Chimay), 7 de abril de 1841Genappe, 15 de abril de 1916), também conhecido por Alfred Cogniaux, foi um botânico belga que se distinguiu no estudo das Orchidaceae (orquídeas), Cucurbitaceae e Melastomataceae e como um dos principais contribuintes para a Flora Brasiliensis.[1][2][3]

Célestin Alfred Cogniaux
Célestin Alfred Cogniaux
Nascimento 7 de abril de 1841
Robechies
Morte 15 de abril de 1916 (75 anos)
Genappe
Cidadania Bélgica
Ocupação botânico

Biografia editar

Em 1861, obteve o diploma de professor na Escola Normal de Nivelles e o de regente em 1862. Neste último ano, foi nomeado professor da Escola Secundária de Visé, transferindo-se em 1864 para Gosselies, em 1865 para Philippeville, em 1867 para Braine-le-Comte e em 1870 para Maaseik.[4] Em 1872, foi contratado como naturalista-ajudante e depois curador do herbário do Jardim Botânico Nacional da Bélgica, funções que exerceu até 1880.

Em 1880 foi nomeado professor de História Natural (e outras disciplinas) em Verviers, funções que exerceu até 1901. Foi também vice-cônsul do Brasil naquela cidade, de 1887 a 1902, nomeado pelo imperador Pedro II que conhecera o botânico durante uma visita à Europa e o admirava pelas contribuições feitas à Flora brasiliensis, obra dedicada pelos seus autores ao imperador.[5] As suas principais áreas de investigação foram a morfologia e taxonomia das Orchidaceae, Cucurbitaceae e Melastomataceae.

Em colaboração com o botânico Barthélemy Dumortier, foi um dos promotores da fundação da Société Royale de Botanique de Belgique.

Foi eleito membro honorário da Sociedade Imperial de Zoologia e de Botânica de Viena em 1880, membro do Botanical Club of New-York em 1894. Foi feito doutor honoris causa pela Universidade de Heidelberg em 1903.

Após a sua morte, em 1916, o seu herbário privado, que inclui 5251 espécimes, foi cedido ao Jardin botanique de l'État à Bruxelles (Nationale Plantentuin van BelgiëJardin botanique national de Belgique). Está sepultado no cemitério de Loupoigne.

O género de orquídeas Neocogniauxia foi assim designado em sua homenagem por Rudolf Schlechter (1872-1925). Henri Ernest Baillon denominou em sua honra o género Cogniauxia (Cucurbitaceae). Carl Ernst Otto Kuntze designou o género de fungos Biscogniauxia (Xylariaceae) em sua honra.[5] Também a espécie Gurania cogniauxiana, da família das Cucurbitaceae tem o seu nome como epónimo.

Publicações editar

Entre muitas outras, Alfred Cogniaux é autor das seguintes publicações:

Referências editar

  1. Pierre Jacquet (2003). "Un orchidologue belge digne de mémoire : Alfred Cogniaux (1841-1916)". L'Orchidophile, n.º 157 (2003).
  2. Walter Erhardt u. a.: Der große Zander. Enzyklopädie der Pflanzennamen. Band 2, Seite 1906. Verlag Eugen Ulmer, Stuttgart, 2008 (ISBN 978-3-8001-5406-7).
  3. IPNI
  4. Ghislaine Vanderick, Généalogie Cognieau, tome III. Charleroi, 2006.
  5. a b Lotte Burkhardt: Verzeichnis eponymischer Pflanzennamen. Erweiterte Edition. Botanic Garden and Botanical Museum Berlin, Freie Universität Berlin Berlin 2018. [1]

Bibliografia editar

  • Émile Auguste Joseph De Wildeman: "Alfred Cogniaux (1841–1916)". Bulletin du Jardin Botanique de l'État à Bruxelles 5:I–XXX, 1919
  • Pierre Jacquet (2003). "Un orchidologue belge digne de mémoire : Alfred Cogniaux (1841-1916)". L'Orchidophile, 157.
  • (em inglês) Biografia com foto
  • Susanne S. Renner, «C. A. Cogniaux (1841—1916» in Blumea, 35: p. 1–3, 1990.

Links editar