Cajueiro de Pirangi

O cajueiro de Pirangi é uma árvore gigante localizada na praia de Pirangi do Norte no município de Parnamirim, a doze quilômetros ao sul de Natal, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Norte.

Cajueiro de Pirangi
Cajueiro de Pirangi
Tipo árvore monumental
Geografia
Coordenadas 5° 58' 26.37" S 35° 7' 44.47" O
Mapa
Localização Parnamirim - Brasil

A árvore cobre uma área de aproximadamente 8 500 m²,[1] com um perímetro de aproximadamente 500 m e produz cerca de 70 a 80 mil cajus na safra, o equivalente a 2,5 toneladas.[2] E seu tamanho é o equivalente a 70 cajueiros.[2] O cajueiro teria sido plantado em 1888 por um pescador chamado Luís Inácio de Oliveira; o pescador morreu, com 93 anos de idade, sob as sombras do cajueiro.

Crescimento da árvore editar

 
Galhos do cajueiro, produzindo novas raízes.

O crescimento da árvore é explicado pela conjunção de duas anomalias genéticas. Primeiro, em vez de crescer para cima, os galhos da árvore crescem para os lados; com o tempo, por causa do próprio peso, os galhos tendem a se curvar para baixo, até alcançar o solo. Observa-se, então, a segunda anomalia: ao tocar o solo, os galhos começam a criar raízes, e daí passam a crescer novamente, como se fossem troncos de uma outra árvore. A repetição desse processo causa a impressão de que existem vários cajueiros, mas na realidade trata-se de dois cajueiros. O maior, que sofre da mencionada anomalia, cobre aproximadamente 95% da área do parque; existe também um outro cajueiro, plantado alguns poucos anos antes, que não sofre da anomalia.

O tronco principal divide-se em cinco galhos; quatro desses galhos sofreram a alteração genética, e criaram raízes e troncos que deram origem ao gigantismo da árvore. Apenas um dos galhos teve comportamento normal, e parou de crescer após alcançar o solo; os habitantes do local apelidaram esse galho de "Salário Mínimo". As raízes do cajueiro podem chegar a 10m de profundidade.

Em 1955, a histórica revista O Cruzeiro batizou o cajueiro de "O Polvo" e definiu o fenômeno como uma "sinfonia inacabada" de "galhos lançados em progressão geométrica". À época, a planta tinha 2.000 m² de área. Em 1994, o cajueiro entrou para o Guinness Book.[3]

Existe um mirante no próprio cajueiro que é muito frequentado por turistas. Dele, se tem uma visão panorâmica do cajueiro e da praia de Pirangi do Norte.

Controvérsias editar

Poda editar

 
O cajueiro invadindo a pista da Rota do Sol.

Questão polêmica, a poda do cajueiro divide a opinião da população.[4]

Há os que são a favor, com o principal argumento de que com a poda realizada, o trânsito da Rota do Sol (um dos acessos ao litoral sul) iria fluir melhor, já que o cajueiro está invadindo a pista e criando congestionamento de transito em horários de pico. Além disso, moradores que têm suas casas próximas ao cajueiro temem que a árvore avance em direção às residências.[4]

Há também os que são contra, pois defendem que se a poda for realizada, o cajueiro poderá ter comportamento inesperado e morrer, causando prejuízos à natureza e ao turismo do estado.[4]

Em 15 de dezembro de 2012, foi inaugurado um caramanchão ao longo da Av. Dep. Márcio Marinho, que irá fazer com que os galhos da árvore fiquem suspensos por cima da avenida.[5]

Disputa do título editar

Atualmente o título de maior cajueiro do mundo está ameaçado pois recentemente surgiu a concorrência do Cajueiro-rei do Piauí[6], localizado no município de Cajueiro da Praia, no estado do Piauí.[7] Um estudo divulgado pela secretaria estadual de Turismo do Piauí em fevereiro de 2016 afirma que o cajueiro piauiense tem 8 800 m², enquanto o do Rio Grande do Norte tem 8 500 m², o piauiense sendo portanto 300 m² maior que o potiguar, tornando-se possivelmente o "maior cajueiro do mundo".[8]

Ver também editar

Referências

Ligações externas editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Cajueiro de Pirangi