O Castelo de Tebra ou Torre de Tebra localiza-se no lugar do Outeiro, na paróquia de Santa María de Tebra, concelho de Tomiño, comarca de Vigo, província de Pontevedra, na comunidade autônoma da Galiza, na Espanha.

Castelo de Tebra. Espanha

Constitui-se num castelo medieval erguido no vale do rio Tebra, afluente do rio Minho.

História editar

A sua existência é conhecida desde 1211 e 1217.

Em 1345 pertencia a Alonso Gómez Churruchao; em 1353 foi autorizada a reedificação de um castelo no lugar de Samuelle.

Em 1468, Pedro Álvarez de Soutomaior (Pedro Madruga), apoderou-se deste castelo que teve que ser reedificado em 1477. Entre 1481 e 1486 Fernando de Acuña, Justiça Maior (?) do Reino da Galiza, fez arrasá-lo uma vez mais.

Em 1506 a Real Audiência de Galiza determinou entregar os restos da fortificação e seus domínios à família dos Suárez de Deza. Assim, em 1508, por sentença da Real Chancelería de Valladolid, Álvaro Suárez de Deza, conde de Caminha, tomou posse desses domínio e do cargo de meirinho do vale de Tebra. Ele solicitou e obteve da Rainha Joana a autorização para a reconstrução do edifício como um paço fortificado em 1532, e testou e fundou o morgado de Tebra (1566).

Em nossos dias encontra-se em mãos de particulares, fechada à visitação.

Características editar

Do antigo castelo apenas se conserva a torre de menagem que, atualmente, integra o edifício de um paço.

A torre, em estilo renascentista, apresenta planta quadrada, em aparelho de granito, com cerca de 8 metros de lado. A espessura média de seus muros é de 1,5 metros. No lado Sul inscreve-se o escudo de armas dos Suárez de Deza.

Atualmente encontra-se dividida internamente em quatro pavimentos. No superior conservam-se as janelas rematadas em arco conopial. Destaca-se o amplo miradouro, uma galeria com arcos semicirculares, um torreão alto e estreito, a chaminé da cozinha e uma capela.

É remadata com um ameado voante apoiado em mísulas. Nos vértices, situam-se quartos volantes sobre uma base cônica. É adornada com bolas, à semelhança das torres de Xunqueiras (Corunha) e Los Púlpitos (Cáceres)

Uma pequena muralha fecha o recinto, ao qual se acede por uma porta de arco de volta perfeita ou por uma escada.

Ligações externas editar