A Cervejaria Ritter foi uma cervejaria brasileira, fundada em Pelotas, em 1876, pelo filho de imigrantes alemães, Carlos Ritter. Localizada inicialmente na Rua Tiradentes, sobre a margem do canal de Santa Bárbara, foi mais tarde transferida para a Rua Marechal Floriano, em frente à praça do Pavão. Instalada numa área de 3.054 metros quadrados, possuía nessa época cerca de 80 operários, três maquinistas e três foguistas, além de outros pequenos cargos, com uma produção de 4 500 000 garrafas de cerveja anualmente.[1]

Especializou-se na produção de cervejas, gasosas, água mineral, siphon e refrescos.[1]

Na virada do século XIX era uma das maiores cervejarias do Brasil, produzindo, 4.5 milhões de garrafas por ano. Nessa época já havia obtido prêmios internacionais, devido à qualidade garantida pela importação de equipamentos e técnicos alemães. Em 1911, era responsável pela metade da arrecadação da Mesa de Rendas de Pelotas.[2]

Seus porões são os mais impressionantes do subsolo de Pelotas, tendo sido usados para estoque e fermentação da cerveja produzida na fábrica.

A cervejaria fundiu-se, em 1889, com a Cervejaria Sul-Riograndense, fundada pelo imigrante alemão Leopoldo Haertel.

Suas atividades foram encerradas na década de 1940 quando foi comprada pela Cervejaria Brahma, não tendo sido utilizada mais para a produção de cerveja ou outros produtos, apenas como depósito e distribuidora.[3] A compra teve como finalidade fechar a cervejaria de Pelotas e acabar definitivamente com a concorrência que esta fazia. [3]

Produtos editar

A Cervejaria Ritter produzia entre outros produtos:[1]

  • Cerveja Pilsen
  • Cerveja Pelotense
  • Cerveja Ritter Bräu
  • Cerveja Maerzen
  • Cerveja Americana
  • Gasosa Espumantina

Referências

  1. a b c BRITTO, Natalia Daniela Soares Sá (2011). «Industrialização e desindustrialização do espaço urbano na cidade de Pelotas (RS)». Rio Grande: Dissertação( Mestrado em Geografia)-Universidade Federal do Rio Grande. 108 páginas 
  2. FONSECA, Maria Angela Peter da (2007). «Estratégias para a preservação do germanismo (Deutschtum) - gênese e trajetória de um collegio teutobrasileiro urbano em Pelotas (1898-1942)» (PDF). Pelotas: Ufpel.edu.br. 158 páginas 
  3. a b KREMER, A. As indústrias de Pelotas. Série do Jornal Diário da Manhã, Pelotas, set 1992.