Os carboxissomos são microcompartimentos bacterianos que contêm enzimas implicados na fixação do carbono.[1] São constituídos por uma cobertura proteínica poliédrica de aproximadamente 80 a 140 nanómetros de diâmetro. Pensa-se que estes compartimentos concentram CO2 para superar a ineficiência da RuBisCo (a enzima limitante da actividade do ciclo de Calvin, que é o principal na fixação do carbono, e funciona melhor com concentrações altas de CO2). Estes organelos encontram-se em todas as cianobactérias e em muitas bactérias quimiotróficas que fixam dióxido de carbono.[2] Em concreto, encontramos carboxissomas em todas as cianobactérias, algumas bactérias nitrificantes e tiobacilos.[2]

Os carboxisomas são organelos bacterianos limitados por uma cobertura proteica. À esquerda uma imagem de microscópio electrónico de carboxissomos, e à direita um modelo da sua estrutura.

Os carboxissomos são um exemplo dum amplo grupo de microcompartimentos proteínicos com diferentes funções, mas com estruturas similares baseadas na homologia das duas famílias de proteínas das cuberturas proteicas.[3]

Referências

  1. Badger MR, Price GD (Fevereiro de 2003). «CO2 concentrating mechanisms in cyanobacteria: molecular components, their diversity and evolution». J. Exp. Bot. 54 (383): 609–22. PMID 12554704. doi:10.1093/jxb/erg076. Consultado em 29 de outubro de 2015. Arquivado do original em 29 de maio de 2012 
  2. a b Yeates TO, Kerfeld CA, Heinhorst S, Cannon GC, Shively JM (Agosto de 2008). «Protein-based organelles in bacteria: carboxysomes and related microcompartments». Nat. Rev. Microbiol. 6 (9): 681–691. PMID 18679172. doi:10.1038/nrmicro1913 
  3. Cannon GC, Bradburne CE, Aldrich HC, Baker SH, Heinhorst S, Shively JM (2001). «Microcompartments in prokaryotes: carboxysomes and related polyhedra». Appl. Environ. Microbiol. 67 (12): 5351–61. PMC 93316 . PMID 11722879. doi:10.1128/AEM.67.12.5351-5361.2001 

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