Decio Azzolino (1623-1689)

 Nota: "Decio Azzolino" redireciona para este artigo. Este artigo é sobre o cardeal do século XVII. Para o seu tio-avô, veja Decio Azzolino (1549-1587).

Decio Azzolino (também Decio Azzolino, o Jovem) (11 de abril de 1623 - 8 de junho de 1689) foi um cardeal italiano católico, criptógrafo, investigador e líder do Squadrone Volante.

Decio Azzolino, o Jovem
Cardeal da Santa Igreja Romana
Secretário Emérito de Estado da Santa Sé
Info/Prelado da Igreja Católica
Decio Azzolino Juniore em um retrato de Jacob Ferdinand Voet
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Nomeação 25 de junho de 1667
Predecessor Dom Giulio Cardeal Rospigliosi
Sucessor Dom Frederico Cardeal Borromeu
Mandato 1667 - 1669
Ordenação e nomeação
Cardinalato
Criação 2 de março de 1654
por Papa Inocêncio X
Ordem Cardeal-diácono (1654-1683)
Cardeal-presbítero (1683-1689)
Título Santo Adriano no Fórum (1654-1668)
Santo Eustáquio (1668-1683)
Santa Maria além do Tibre (1683-1684)
Santa Praxedes (1684-1689)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Fermo
11 de abril de 1623
Morte Roma
8 de junho de 1689 (66 anos)
Nacionalidade italiano
Sepultado Santa Maria em Vallicella
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia editar

Azzolino nasceu em Fermo; filho de Pompeo Azzolino e Giulia Ruffo. Foi sobrinho-neto do cardeal Decio Azzolino, o Velho e, portanto, muitas vezes é conhecido como cardeal Decio Azzolino, o Jovem.

Recebeu doutorado em filosofia, direito e teologia na Universidade de Fermo.[1]

Essas habilidades, dentre outras, levaram Azzolino se tornar o principal decodificador do Vaticano; responsável por quebrar cifras usadas em correspondências. Foi também um competente investigador. Quando o Reino de Nápoles tomou conhecimento dos planos de invasão (via Reino de Espanha), foi Azzolino que (em fevereiro de 1654) concluiu que a violação deveria ter partido de Camillo Astalli, o cardeal-sobrinho do Papa. Embora provavelmente precisa, sua conclusão era conveniente - Astalli era um rival pelo poder da própria patrona de Azzolino, Olimpia Maidalchini[2]. O contemporâneo John Bargrave observou que havia muitos espiões dentro do Vaticano, mas nenhum se destacou nessa tarefa mais do que Azzolino.

Mais tarde em 1654, por causa desse serviço que prestou ao papa, Azzolino foi elevado a cardeal e foi feito cardeal-presbítero da Igreja de Sant'Adriano al Foro (Cúria Júlia), em Roma.

Participou do conclave de 1655 que elegeu o Papa Alexandre VII. Azzolino foi o líder do movimento liberal independente Squadrone Volante que desempenhou um papel importante na engenharia do resultado do conclave em favor de um candidato anti-nepotismo.[3] Acredita-se também que o Squadrone de Azzolino foi concebido para a eleição de Giulio Rospigliosi como Papa Clemente IX no conclave de 1667.[3] Rospigliosi, que tinha sido Cardeal Secretário de Estado recompensou Azzolino de imediato (uma noite de sua eleição, na verdade) nomeando-o para o cargo[2], dando ainda mais credibilidade ao rumor.

Azzolino foi designado pela Rainha Cristina da Suécia representante na Igreja Católica. Alguns têm especulado que ele e Cristina estavam apaixonados um pelo outro, embora o seu relacionamento nunca foi tornado público. [4]

Faleceu em Roma e está enterrado no oratório da Igreja de Santa Maria em Vallicella.

Referências