Eletroporação

Técnica de microbiologia

A eletroporação ou electro permeabilização, é uma técnica de microbiologia em que um campo eléctrico é aplicado nas células de modo a aumentar a permeabilidade da membrana celular, permitindo que produtos químicos, medicamentos ou DNA possam ser introduzidos na célula[1]. Quando um campo elétrico, suficientemente, intenso é aplicado na célula, há uma redução desta barreira[2][3]. Este fenômeno é chamado de eletroporação e permite a transferência de íons e moléculas solúveis em água para dentro da célula [4][5][6][7][8]. Na oncologia, a eletroquimioterapia utiliza a eletroporação para facilitar a entrada de quimioterápidos como a bleomicina e cisplatina [9][10]. A eletroporação pode ser caracterizada como reversível, fazendo com que os poros da membrana plasmática se feche após a aplicação de um campo elétrico ou pode ser descrita como irreversível, quando há morte celular após a aplicação de um campo elétrico relativamente de maior intensidade [11]. Em microbiologia, o processo de eletroporação é geralmente utilizado para transformar bactérias, leveduras[12] ou protoplastos vegetais através da introdução de uma nova codificação de DNA. Se as bactérias e os plasmídeos são misturados em conjunto, os plasmídeos podem ser transferidos para as bactérias após a eletroporação [1][13].

Recipiente (ou cuvette) usado em microbiologia para eletroporação de células em suspensão. Dentro, veem-se os eletrodos de metal para aplicação do campo elétrico através de equipamento chamado eletroporador.

Utilização editar

A eletroporação tem sido aplicada em vários campos da bioquímica, biologia molecular, medicina e oncologia[14]. É utilizada como forma de aumentar a eficiência das vacinas de DNA, para ativar a imunidade contra o câncer;[15] na eletroquimioterapia, na transferência de quimioterápicos (e.g., bleomicina, cisplatina[16][17][10]) para dentro de células tumorais cutâneas e sub-cutâneas;[18] na transferência de plasmídeos (DNA) e fusão de células, como ferramenta no melhoramento genético;[19][20] transporte de moléculas (e.g., vitamina C, lidocaina, entre outras) para a pele;[21] e inserção de proteínas na membrana celular.[22] Entretanto, ocorre um efeito indesejado da eletroporação na terapia de desfibrilação cardíaca. Este tratamento é necessário na reversão das arritmias cardíacas, mas causa eletroporação nas membranas e conseqüente desequilíbrio iônico nas células do coração [23]. As técnicas de aplicação da eletroporação no auxílio do tratamento do câncer ainda são muito novas e os equipamentos muito sofisticados, portanto poucos são os médicos que aplicam essa terapia. Entretanto, diversas pesquisas de engenharia biomédica na Europa, EUA e Brasil são feitas em universidades e institutos, com a finalidade de adquirirem cada vez mais informações consistentes para o desenvolvimento de novos equipamentos  e de baixo custo[24].

 
Primeira página do artigo de Stampfli nos Anais da Academia Brasileira de Ciências em 1958. Esta é considerada a primeira descrição do fenômeno da eletropermeabilização.

História editar

O primeiro artigo sobre o rompimento elétrico reversível da membrana celular é atribuído a Stampfli em 1958 e foi publicada nos Anais da Academia Brasileira de Ciências. Na década seguinte, Sale e Hamilton (1967) relatam a destruição de micro-organismos utilizando pulsos elétricos. Na década de 70, Neumann e Rosenhech (1972) mostram que a aplicação de campos elétricos aumenta a permeabilidade da membrana plasmática em vesículas. Kinosita e Tsong (1977) introduzem o conceito de formação de poros na membrana.[25] Nos anos 80, a eletroporação foi aplicada na introdução de DNA,[26] bleomicina,[27][28] sacarose, marcadores e íons. No início da década seguinte, os poros da membrana eletroporada são visualizados usando microscopia ótica.[29] Na última década, houve um aumento do número de trabalhos focados na eficiência da transferência de moléculas para dentro da célula, e conseqüentemente, nos estudos dos fatores que influenciam a eletroporação, como condutividade, temperatura, tempo e larguras de pulsos de corrente elétrica.[30][31][32][8][33][34][35][36]

Estudo editar

O entendimento dos mecanismos da eletroporação fornece subsídios para aplicação desta ferramenta de forma eficiente e segura. A dificuldade no entendimento da eletroporação está associada aos poros terem diâmetros da ordem de nanômetros (i.e. 0,000000001 metros) e sua dinâmica ocorrer na ordem de nano-microssegundos (i.e. 10-9[37]-10-6[8] segundos). A dinâmica de abertura e fechamento, bem como o tamanho e quantidade de poros sofrem a influência de fatores como: intensidade de campo elétrico aplicado, temperatura e propriedades do meio celular (e.g., raio da célula, condutividade interna e externa do meio)[38][39].

Portanto, as pesquisas atuais em eletroporação buscam encontrar informações mais precisas dos tecidos biológicos, como condutividade, intensidade de campo elétrico necessário a ser aplicado, duração e espaçamentos dos pulsos de corrente, para que o tratamento funcione e não ocorra a ressurgência do tumor [40]. Esses estudos são de suma importância, pois um tumor possui uma estrutura complexa, é constituído por diversos tipos de tecidos, ácidos, gorduras, e pode variar de tumor para tumor [41]. Algumas pesquisas de Engenharia Biomédica, como as realizadas na Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Estadual da Virgínia - EUA, efetuam experimentos com fígado e/ou língua de ratos eutanasiados, pois as propriedades elétricas do fígado e língua permanecem praticamente inalteradas durante algumas horas após a sua extração [42]. Esse fator tem demostrado um fator relevante para os pesquisadores/cientistas, pois diminui a quantidade de variáveis durante os experimentos, permite a realização de aplicações de diferentes intensidades de campo elétrico e proporciona um número de amostras adequado para resultados consideráveis.

Para citar um exemplo de experimento de eletroporação, poderíamos considerar que uma amostra é colocada em um molde de acrílico retangular de 4 mm de espessura e com um orifício no meio de área de 0,00031416 m2 e esse molde fica entre os eletrodos de placas paralelas, similar a um capacitor de placas. Desconsiderando os pulsos protocolares de eletroporação e aplicando apenas um único pulso para realizar uma análise prévia. Poderíamos calcular alguns parâmetros. O campo elétrico através da amostra é constante e pode ser calculado através de relações com a lei de Gauss em capacitores[43]:


 


Onde E é o campo elétrico, V a diferença de potencial e d a distância entre as placas paralelas. Suponhamos que no experimento quiséssemos realizar um estudo para uma eletroporação irreversível, na qual aplicaríamos uma tensão de 500 volts com um espaçamento entre as placas de 4 mm:


 


Com esses parâmetros, obtemos o campo elétrico de 125 quilovolt por metro.

Suponhamos que, na sequência, a corrente medida com um osciloscópio ou algum outro dispositivo na amostra fosse de 20 Ampères. Poderíamos encontrar a sua densidade de corrente através de relações com a lei de Ohm:


 


Em que J é a densidade de corrente, I a corrente e A a área [44]. Finalmente, poderíamos extrair mais um parâmetro fundamental, a condutividade elétrica relacionando a densidade de corrente com o campo elétrico:


 


Em que S/m é a condutividade medida em Siemens por metro.

Dessa maneira, os pesquisadores/cientistas podem extrair algumas informações de extrema relevância sobre os tecidos biológicos e proporcionar inovações em tratamentos de cânceres através da eletroporação.  

Vale ressaltar que esses são apenas alguns parâmetros de interesse a serem estudados sobre a eletroporação. As pesquisas que são feitas são inúmeras e englobam o assunto de maneira multidisciplinar, que podem envolver especialista desde a área de engenharia elétrica/eletrônica até a área médica, química, física, biológicas, entre outras.

Centros de pesquisa editar

Alguns dos principais centros de pesquisa no Brasil sobre teoria e aplicação da eletroporação:

Referências

  1. a b Neumann, E; Schaefer-Ridder, M; Wang, Y; Hofschneider, PH (1982). «Gene transfer into mouse lyoma cells by electroporation in high electric fields». The EMBO Journal. 1 (7): 841–5. PMC 553119 . PMID 6329708 
  2. Suzuki, D. O. H.; Ramos, A.; Ribeiro, M. C. M.; Cazarolli, L. H.; Silva, F. R. M. B.; Leite, L. D.; Marques, J. L. B. (Dezembro 2011). «Theoretical and Experimental Analysis of Electroporated Membrane Conductance in Cell Suspension». IEEE Transactions on Biomedical Engineering (em inglês). 58 (12): 3310–3318. ISSN 0018-9294. doi:10.1109/tbme.2010.2103074 
  3. Andrade, Daniella L. L. S.; Guedert, Raul; Pintarelli, Guilherme B.; Rangel, Marcelo M. M.; Oliveira, Krishna D.; Quadros, Priscila G.; Suzuki, Daniela O. H. (dezembro de 2022). «Electrochemotherapy treatment safety under parallel needle deflection». Scientific Reports (em inglês) (1). 2766 páginas. ISSN 2045-2322. PMC 8854592 . PMID 35177779. doi:10.1038/s41598-022-06747-x. Consultado em 22 de abril de 2022 
  4. CHANG, D. C.; CHASSY, B. M.; SAUNDERS, J. A.; SOWERS, A. E. Guide to Electroporation and Electrofusion. 1. ed. San Diego-California: Academic Press, 1992.
  5. WEAVER, J. C.; CHIZMADZHEV, Y. A. Theory of electroporation: A review. Bioelectrochemistry, v. 41, p. 135-160, 1996.
  6. TEISSIE, J.; GOLZIO, M.; ROLS, M. P. Mechanisms of cell membrane electropemeabilization: A minireview of our present (lack of ?) knowledge. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1724, p. 270-280, 2005.
  7. MIKLAVČIČ, D.; Puc, M. Electroporation. In:____. Wiley Encyclopedia of Biomedical Engineering. New York: John Wiley & Sons Inc., 2006. p. 1-11.
  8. a b c Suzuki, D. O. H.; Ramos, A.; Ribeiro, M. C. M.; Cazarolli, L. H.; Silva, F. R. M. B.; Leite, L. D.; Marques, J. L. B. (dezembro de 2011). «Theoretical and Experimental Analysis of Electroporated Membrane Conductance in Cell Suspension». IEEE Transactions on Biomedical Engineering (12): 3310–3318. ISSN 0018-9294. doi:10.1109/TBME.2010.2103074. Consultado em 22 de abril de 2022 
  9. Suzuki, Daniela O.H.; Anselmo, Jânio; de Oliveira, Krishna D.; Freytag, Jennifer O.; Rangel, Marcelo M.M.; Marques, Jefferson L.B.; Ramos, Airton (fevereiro de 2015). «Numerical Model of Dog Mast Cell Tumor Treated by Electrochemotherapy: Thoughts and Progress». Artificial Organs (em inglês) (2): 192–197. doi:10.1111/aor.12333. Consultado em 22 de abril de 2022 
  10. a b Rangel, Marcelo M.M.; Luz, Jean C.S.; Oliveira, Krishna D.; Ojeda, Javier; Freytag, Jennifer O.; Suzuki, Daniela O. (maio de 2019). «Electrochemotherapy in the treatment of neoplasms in dogs and cats». Austral journal of veterinary sciences (em inglês) (2): 45–51. ISSN 0719-8132. doi:10.4067/S0719-81322019000200045. Consultado em 22 de abril de 2022 
  11. Aycock, Kenneth N.; Davalos, Rafael V. (1 de dezembro de 2019). «Irreversible Electroporation: Background, Theory, and Review of Recent Developments in Clinical Oncology». Bioelectricity (em inglês) (4): 214–234. ISSN 2576-3105. PMC PMC8370296  Verifique |pmc= (ajuda). PMID 34471825. doi:10.1089/bioe.2019.0029. Consultado em 30 de junho de 2023 
  12. Pintarelli, Guilherme B.; Ramos, C. T. S.; Silva, J. R. da; Rossi, M. J.; Suzuki, D. O. H. (15 de maio de 2021). «Sensing of Yeast Inactivation by Electroporation». IEEE Sensors Journal (10): 12027–12035. ISSN 1530-437X. doi:10.1109/JSEN.2021.3066092. Consultado em 22 de abril de 2022 
  13. Sugar, I.P.; Neumann, E. (1984). «Stochastic model for electric field-induced membrane pores electroporation». Biophysical Chemistry. 19 (3): 211–25. PMID 6722274. doi:10.1016/0301-4622(84)87003-9 
  14. Martins Taques, Maurício; Guedert, Raul; Moreno, Kleber; Monte Mor Rangel, Marcelo; Ota Hisayasu Suzuki, Daniela (março de 2021). «Adjuvant electrochemotherapy after debulking in canine bone osteosarcoma infiltration». Artificial Organs (em inglês) (3): 309–315. ISSN 0160-564X. doi:10.1111/aor.13820. Consultado em 22 de abril de 2022 
  15. RICE, J.; OTTENSMEIER, C. H., STEVENSON, F. K. DNA vaccines: precision tools for activating effective immunity against cancer. Nature Reviews Cancer, v.8, p. 108-20, 2008.
  16. Suzuki, Daniela O. H.; Berkenbrock, José A.; Frederico, Marisa J. S.; Silva, Fátima R. M. B.; Rangel, Marcelo M. M. (março de 2018). «Oral Mucosa Model for Electrochemotherapy Treatment of Dog Mouth Cancer: Ex Vivo, In Silico, and In Vivo Experiments: ELECTROCHEMOTHERAPY TREATMENT OF DOG MOUTH CANCER». Artificial Organs (em inglês) (3): 297–304. doi:10.1111/aor.13003. Consultado em 22 de abril de 2022 
  17. Suzuki, Daniela O.H.; Berkenbrock, José A.; de Oliveira, Krishna D.; Freytag, Jennifer O.; Rangel, Marcelo M.M. (agosto de 2017). «Novel application for electrochemotherapy: Immersion of nasal cavity in dog: Thoughts and Progress». Artificial Organs (em inglês) (8): 767–773. doi:10.1111/aor.12858. Consultado em 22 de abril de 2022 
  18. SERSA, G.; MIKLAVČIČ, D.; CEMAZAR, M.; RUDOLF, Z., PUCHIHAR, G.; SNOJ, M. Electrochmeotherapy in treatment of tumours. European Journal of Surgical Oncology, v. 34, p. 232-240, 2008.
  19. NICKOLOFF, J. A.; 1995. Animal cell electroporation and electrofusion protocols. 1. ed. New Jersey: Humana Press Inc.
  20. NICKOLOFF, J. A.; 1995. Plant cell electroporation and electrofusion protocols. 1. ed. New Jersey: Humana Press Inc.
  21. DENET, A.; VANBEVER, R.; PREAT, V. Skin electroporation for transdermal and topical delivery. Advanced Drug Delivery, v. 56, p. 659-674, 2004.
  22. MOUNEIMME, Y; TOSI, P. F.; BARHOUMI, R.; NICOLAU, C. Electroinsertion: an electrical method for protein implantation into cell membranes. In:_____. Guide to Electroporation and Electrofusion. 1. ed. San Diego-California: Academic Press, 1992, p. 327-346.
  23. NIKOLSKI, V. P.; EFIMOV, I. R. Electroporation of the heart. Europeace, v. 7, p. S146-S154, 2005.
  24. Suzuki, Daniela O.H.; Anselmo, Jânio; de Oliveira, Krishna D.; Freytag, Jennifer O.; Rangel, Marcelo M.M.; Marques, Jefferson L.B.; Ramos, Airton (fevereiro de 2015). «Numerical Model of Dog Mast Cell Tumor Treated by Electrochemotherapy: Thoughts and Progress». Artificial Organs (em inglês) (2): 192–197. doi:10.1111/aor.12333. Consultado em 30 de junho de 2023 
  25. KINOSITA, K.; TSONG, T. Y. Formation and resealing of pores of controlled sizes in human erythrocyte membranes, Nature, v. 268, p. 438-443, 1977.
  26. Neumann, E.; Schaefer-Ridder, M.; Wang, Y; Hofschneider, P.H. Gene transfer into mouse lyoma cells by electroporation in high electric fields, European Molecular Biology Organization Journal, v. 1, p. 841-845, 1982.
  27. Okino, M.; Mohri, H. Effects of a high-voltage electrical impulse and an anticancer drug on in vivo growing tumors, Japanese Journal of Cancer Research, v. 78, p. 1319-1321, 1987.
  28. Mir L. M.; Banoun, H.; Paoletti, C. Introduction of definite amounts of nonpermeant molecules into living cells after electropermeabilization: direct access to the cytosol, Experimental Cell Research, v. 1988, p. 15-25, 1988.
  29. CHANG, D.C. Structure and dynamics of electric field induced membrane pores as revealed by rapid-freezing electron microscopy. In:_____. Guide to Electroporation and Electrofusion. 1. ed. San Diego-California: Academic Press, 1992, p. 9-27.
  30. Ramos, A.; Schneider, A. L. S.; Suzuki, D. O. H.; Marques, L. B. (outubro de 2012). «Sinusoidal Signal Analysis of Electroporation in Biological Cells». IEEE Transactions on Biomedical Engineering (10): 2965–2973. ISSN 0018-9294. doi:10.1109/TBME.2012.2212896. Consultado em 22 de abril de 2022 
  31. JAROSZESKI, M. J.; GILBERT, R.; HELLER, R. Electrochemotherapy, electrogenetherapy and transdermal delivery: electrically mediated delivery of molecules to cell. 1. ed. Totowa-New Jersey: Humana Press Inc., 1999.
  32. VALIČ, B.; GOLZIO, M.; PAVLIN, M.; SCHATZ, A.; FAURIE, C.; GABRIEL, B.; TEISSIE, J., ROLS, M. P. MIKLAVČIČ, D. Effect on electric field induced transmembrane potential on spheroidal cells: theory and experiments. European Biophysical Journal, v. 32, p. 519-528, 2003.
  33. KOTNIK, T.; MIR, L. M.; FLISAR, K.; PUC, M.; MIKLAVČIČ, D. Cell membrane electropermeabilization by symmetrical bipolar rectangular pulses. Part I. Increased efficiency of permeabilization, Bioelectrochemistry, v. 54, p. 83-95, 2001.
  34. BARRAU, C.; TEISSIÉ, J.; GABRIEL, B. Osmotically induced membrane tension facilitates the triggering of living cell electropermeabilization, Bioelectrochemistry, v. 63, p. 327-332, 2004.
  35. HUI, S. W. Effects of pulse length and strength on electroporation efficiency. In:_____. Plant cell electroporation and electrofusion protocols. 1.ed. New Jersey: Humana Press Inc., 1995. p. 29-40.
  36. GEHL, J. Electroporation: theory and methods, perspectives for drug delivery, gene therapy and research, Acta Physiologica Scandinavica, v.177, p. 437-447, 2003.
  37. Costa, Jorge A.; de Oliveira, Pedro X.; Pereira, Lucenara S.; Rodrigues, Jessica; Suzuki, Daniela O. H. (dezembro de 2021). «Sensitivity Analysis of a Nuclear Electroporation Model—A Theoretical Study». IEEE Transactions on Dielectrics and Electrical Insulation (6): 1850–1858. ISSN 1070-9878. doi:10.1109/TDEI.2021.009456. Consultado em 22 de abril de 2022 
  38. Ramos, A.; Suzuki, D.O.H.; Marques, J.L.B. (maio de 2006). «Numerical study of the electrical conductivity and polarization in a suspension of spherical cells». Bioelectrochemistry (em inglês) (2): 213–217. doi:10.1016/j.bioelechem.2005.08.001. Consultado em 22 de abril de 2022 
  39. SUZUKI, Daniela Ota Hisayasu. Estudo da condutividade elétrica de suspensões de eritrócitos de ratos durante aplicação de campos elétricos intensos : teoria, modelagem e experimentação. Florianópolis, 2009. xx, 81 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/teses/PEEL1317-T.pdf>
  40. Bhonsle, Suyashree; Lorenzo, Melvin F.; Safaai-Jazi, Ahmad; Davalos, Rafael V. (outubro de 2018). «Characterization of Nonlinearity and Dispersion in Tissue Impedance During High-Frequency Electroporation». IEEE Transactions on Biomedical Engineering (10): 2190–2201. ISSN 0018-9294. doi:10.1109/TBME.2017.2787038. Consultado em 30 de junho de 2023 
  41. Anderson, Nicole M.; Simon, M. Celeste (agosto de 2020). «The tumor microenvironment». Current Biology (16): R921–R925. ISSN 0960-9822. doi:10.1016/j.cub.2020.06.081. Consultado em 30 de junho de 2023 
  42. Bhonsle, Suyashree; Lorenzo, Melvin F.; Safaai-Jazi, Ahmad; Davalos, Rafael V. (outubro de 2018). «Characterization of Nonlinearity and Dispersion in Tissue Impedance During High-Frequency Electroporation». IEEE Transactions on Biomedical Engineering (10): 2190–2201. ISSN 0018-9294. doi:10.1109/TBME.2017.2787038. Consultado em 30 de junho de 2023 
  43. Jearl Walker, David Halliday (2014). Fundamentos de Física - Vol. 3 - Eletromagnetismo. Cleveland, EUA: Grupo Editorial Nacional S.A. p. 72. ISBN 9788521632092 
  44. SADIKU, Matthew N. O. Sadiku (2012). Elements of Electromagnetics. Prairie View, Texas: Bookman. p. 153. ISBN 9780199743001