As enchentes do Nilo (em árabe: عيد وفاء النيل) têm sido ao longo da História um importante acontecimento cíclico natural no vale do rio Nilo e no seu delta, no Egito, desde a época antiga. São celebradas pelos egípcios com festividades que duram duas semanas iniciadas a 15 de agosto, conhecidas de imersão da relíquia de um mártir a Nilo, e daí o nome de Esba` al-shahīd (dedo do mártir). Os antigos egípcios acreditavam que as cheias do rio Nilo se deviam às lágrimas de Ísis pelo seu falecido irmão-marido Osíris.

O festival do Nilo, obra de Fréderic Louis Norden em Voyage d'Egypte et de Nubie

Estudos editar

Os antigos não tinham uma teoria aceita para explicar as enchentes do Nilo.

Diodoro Sículo, na Biblioteca Histórica, apresenta várias diferentes teorias, rejeitando quase todas, exceto a teoria de Agatárquides de Cnido: as enchentes seriam causadas por chuvas nas montanhas da Etiópia que ocorrem entre o solstício de verão e o equinócio de outono.[1]

Referências

  1. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro I, 41.4