Nota: Este artigo é sobre a província. Para o condado, veja Escânia (condado).

A Escânia (em sueco Skåne; pronúncia; em latim: Scania) é uma província histórica (landskap) da Suécia localizada na região histórica (landsdel) da Gotalândia, no sul do país. [1][2]

Suécia Escânia

Skåne

 
  Província  
Símbolos
Brasão de armas de Escânia
Brasão de armas
Localização
Região Gotalândia
Condado Escânia
Características geográficas
Área total 11 368 km²
População total (2022) 1 411 084 hab.
Outras informações
Maior cidade Malmö
Maior lago Ivo
Flor Margarida
Animal Veado-vermelho
Peixe Enguia

É a província mais ao sul da Suécia. É uma península, cercada por água a oeste – com o estreito de Öresund em frente à Dinamarca e a a sul e a sudeste – com o Mar Báltico. Tem limite terrestre com a Halland e a Småland a norte e com Blekinge a nordeste. Ocupa 2% da área total do país, e tem uma população de 1 411 084 habitantes (2022). [1][3][4]


É conhecida como "celeiro da Suécia" (Sveriges kornbod) e associada a uma enorme planície com cultura intensiva de cereais, oleaginosas, beterraba açucareira, frutas e bagas. [1][5][6]

Como província histórica, não possui funções administrativas, nem significado político, mas está diariamente presente nos mais variados contextos, como por exemplo em Skånes universitetssjukhus (hospital universitário), Skånes Djurpark (jardim zoológico) e Skånska Dagbladet (jornal). [7] A província da Escânia faz parte do Condado da Escânia na sua totalidade.[8]

Etimologia e uso editar

O nome geográfico sueco Skåne deriva possivelmente de "Skadinawi", o termo em língua germânica primitiva designando ”terra junto ao mar”, talvez em referência à península de Falsterbo, onde existe hoje em dia uma povoação chamada Skanör. A província está mencionada como ”Sconeg”, em inglês no século IX, como "Skanø", em escrita rúnica do século XI, e como "Skáney", em islandês antigo. Aparece latinizado como Scadinavia pelo historiador romano Plínio, o Velho no século I.[9][10]

Em textos em português, costuma ser usada a forma aportuguesada Escânia.

Aspecto geral editar

A Escânia é constituída essencialmente por planícies, cortadas por uma cadeia de planaltos baixos de noroeste a sudeste. Está coberta por numerosas florestas de coníferas no norte, por faias e outras folhosas no sul, e por prados e urzeirais no sudeste. O sudoeste da província é a principal região agrícola do país, havendo uma grande produção de cereais, oleoginosas, beterrabas e legumes.[11]

História editar

A Escânia foi a primeira parte da Suécia em que derreteram os glaciares da última Idade do Gelo. Os primeiros habitantes chegaram à região há uns 13 000 anos, em plena Idade da Pedra.
A Escânia, a Halland e Blekinge foram parte integrante do Reino da Dinamarca, desde o século IX até ao XVII.
No século XVII, pelo Tratado de Roskilde em 1658, a Escânia passou a ser um território dependente da Suécia, até ser definitivamente integrado em 1719 no Reino da Suécia.
Depois de um período de de estagnação, com a chegada das vias férreas, a Escânia entrou de novo numa era de desenvolvimento económico. [1][12][13][8][14]

 
A Escânia no Reino da Dinamarca, em 1570


Geografia editar

A Escânia é uma grande península, rodeada de água por três lados. É constituída por planícies na sua maior parte, havendo todavia algumas montanhas bloco com cerca de 200 m de altitude e uma área ondulada no seu sudeste. [1][2]

Cidades tradicionais editar

As seguintes cidades têm mais de 10 000 habitantes: [15]

Património histórico, cultural e turístico editar

Comunicações editar

Galeria editar

Referências

  1. a b c d e Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Skåne». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 579. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8 
  2. a b «Skåne». Sveriges landskap. och Stockholm, Göteborg och Malmö (em sueco). Estocolmo: Almqvist & Wiksell. 1995. p. 34-35. 64 páginas. ISBN 91-21-14445-1 
  3. Malin Wedsberg (redatora) (1995). «Skåne». Sveriges landskap. Och StockholmGöteborg och Malmö (em sueco). Estocolmo: Almqvist & Wiksell. p. 34. 64 páginas. ISBN 91-21-14445-1 
  4. «Folkmängd i landskapen den 31 december 2022» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia. Consultado em 4 de maio de 2023 
  5. Bjarne Rydstedt, Georg Andersson, Torsten Bladh, Per Olof Köhler, Karl-Gustaf Thorén e Mona Larsson (1987). «Skåne». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. p. 36-37. 216 páginas. ISBN 91-27-62563-X 
  6. «Skåne». Norstedts uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts. 2007-2008. p. 903. 1488 páginas. ISBN 9789113017136 
  7. Ulf Sporrong. «Landskap» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 11 de junho de 2015 
  8. a b «Skåne». Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 23 de junho de 2012 
  9. Wahlberg, Mats (2003). «Skåne». Svenskt ortnamnslexikon (Dicionário dos nomes das localidades suecas) (em sueco). Uppsala: Språk- och folkminnesinstitutet e Institutionen för nordiska språk vid Uppsala universitet. p. 39. 289 páginas. ISBN 91-7229-020-X 
  10. Pamp, Bengt (1988). «Namn på länder och landskap – Skåne». Ortnamnen i Sverige (Nomes de localidades da Suécia) (em sueco). Lund: Studentlitteratur. p. 84. 199 páginas. ISBN 91-44-01535-6 
  11. Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Skåne». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 903. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6 
  12. Anders Hansson; et al. «Skåne» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Historia. Consultado em 6 de maio de 2023 
  13. Bent Valeur, Michael Bregnsbo e Ole Ventegodt. «Skåne» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi (Grande Enciclopédia Dinamarquesa). Tidlig historie; Krigene mellem Sverige og Danmark. Consultado em 6 de maio de 2023 
  14. «Scanie». Larousse Encyclopédie. Consultado em 23 de junho de 2012 
  15. «Skåne statistik». Consultado em 23 de junho de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016 

Bibliografia editar

 
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