Escala Rossi-Forel

A escala Rossi-Forel foi uma escala de avaliação da intensidade dos sismos desenvolvida por Michele Stefano de Rossi e François-Alphonse Forel em 1883 a partir de uma escala inicialmente apresentada por Rossi em 1873. A escala caiu em desuso, substituída pela escala de Mercalli e por outras escalas modernas de intensidade sísmica.

História e descrição editar

A escala de dez pontos desenvolvida por Michele Stefano de Rossi e François-Alphonse Forel, e por isso designada por escala Rossi-Forel,[1][2] foi a primeira escala de intensidade sísmica a recolher aceitação generalizada, sendo durante muitos anos, a escala mais usada para medir a intensidade dos sismos.

Foi substituída pela escala de Mercalli, com 12 termos, que assenta sobre a mesma base teórica e sobre o mesmo corpo de observações, podendo por isso ser considerada um desenvolvimento da escala de Rossi e de Forel. Ainda assim, a escala Rossi-Forel continua a ser utilizada pelos serviços oficias de alguns países, nomeadamente da Suíça[3] e das Filipinas.[4]

Escala Rossi-Forel (1883, 1906)
Grau Efeitos
I Apenas sentido por observadores treinados e atentos, registável com sismógrafos.
II Apenas algumas pessoas em repouso e bem localizadas notam o impulso.
III A maioria das pessoas em repouso notam o impulso.
IV O impulso é notado por pessoas ocupadas ou a trabalhar. Janelas, portas e outras partes soltas does edifícios tilintam, fazendo-se notar pelas pessoas em movimento.
V O sismo é notado por quase todas as pessoas. Grandes móveis e outras estruturas são sacudidas, sinetas soltas tilintam.
VI Acorda pessoas dormecidas. Grandes móveis e estruturas vacilam, os pêndulos dos relógios param. Todas as sinetas tilintam. Nota-se a oscilação das plantas, principalmente de árvores e arbustos. Algumas pessoas fogem das suas casas.
VII Comoção generalizada. Tombam móveis altos e estruturas pouco estáveis, os sinos das igrejas tilintam. Pequenos danos nos edifícios (queda de estuques e de tinta das paredes e tectos), sem dados significativos na estrutura dos imóveis.
VIII Danos nos edifícios como fissuras nas paredes e queda de chaminés.
IX Danos estruturais nos edifícios ou a sua destruição completa.
X Catástrofe, grandes alterações do relevo.

Notas

Referências editar

  • Götz Schneider, Erdbeben. Entstehung – Ausbreitung – Wirkung. 406 S., Ferdinand Enke Verlag, Stuttgart 1975 (ISBN 3-432-87601-7)
  • Herbert Tiedemann, Earthquakes and Volcanic Eruptions: A Handbook on Risk Assessment. Swiss Reinsurance Company, Zurich, 1992.