Estação Dom Bosco

Estação ferroviária no município de São Paulo, Brasil

A Estação Dom Bosco é uma estação metroviária pertencente à Linha 11–Coral da CPTM localizada no município de São Paulo. Recebeu esse nome por estar situada na área de atuação da Obra Social Dom Bosco.

Dom Bosco
Estação Dom Bosco
Trem chegando na estação.
Uso atual Estação de trens metropolitanos
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração CPTM
Linha Coral
Sigla DOB
Movimento em 2014 23,2 mil
Zona tarifária Única (R$ 5,00)
Serviços Acesso à deficiente físico Escada rolante Elevador Bicicletário
Informações históricas
Nome antigo Pêssego
Inauguração 27 de abril de 2000 (23 anos)
Projeto arquitetônico João Toscano e Odiléa Toscano[1][2]
Localização
Localização Estação Dom Bosco
Endereço Rua Sábbado D'Angelo, 1024
Itaquera
Próxima estação
Sentido Palmeiras Barra-Funda'
Sentido Estudantes
Dom Bosco

História editar

 
Entrada da estação Dom Bosco

Em meados de 1987 a Companhia do Metropolitano de São Paulo contratou um estudo de viabilidade para a expansão da Linha Leste-Oeste de Itaquera até Guaianases. Apesar dos estudos não recomendarem a mera extensão da linha, por risco de colapso causado por superlotação, a gestão Quércia iniciou as obras do trecho (chamado Extensão Leste) em novembro de 1987. As obras incluíam a construção das estações Pêssego, José Bonifácio e Guaianases e foram iniciadas pela construtora Andrade Gutierrez. Pouco tempo depois, as obras eram paralisadas pelo Metrô por falta de financiamento do BNDES (que alegara calote do Metrô no pagamento de outros financiamentos contraídos). As obras da Extensão Leste seguiram de forma lenta (embora previstas para conclusão em 1991) e com constantes paralisações até serem totalmente paralisadas em 1992 durante a gestão Fleury.[3][4][5] [6]

Enquanto isso, o Metrô contratou os arquitetos João e Odiléa Toscano para projetar a nova estação. Chamada de Pêssego, por conta de sua proximidade com o córrego homônimo, o projeto da estação previa o uso maciço de aço e vidro. A estrutura, de dois níveis ligadas por escadas e elevadores, formava uma cruz onde os pontos norte e sul eram formados pelo acessos, terminal linear de ônibus (integrado na futura avenida Avenida Jacu Pessego) mezanino e bilheterias e os pontos leste oeste ficavam localizadas as plataformas. O projeto da estação Pêssego recebeu o Grande Prêmio da 4ª Bienal Internacional de Arquitetura (1999).[7][2][8]

Em 1995, na gestão Covas, o governo de São Paulo renegocia o contrato das obras. A estação Pêssego agora é retomada pela construtora Constran, sendo a supervisão das obras transferida do Metrô para a CPTM. Em 25 de maio de 2000 a estação (rebatizada Dom Bosco-vide seção Toponímia) é inaugurada e integrada a malha da CPTM.[9][10]

Toponímia editar

Estudos toponímicos coordenados pelo Metrô-SP no final dos anos 1980 concluíram que a nova estação deveria se chamar Pêssego, por cruzar a antiga Estrada do Pêssego. Até 1998 o nome Pêssego era utilizado para denominar a estação. Em 1998 os deputados estaduais Walter Feldman, Roberto Gouveia, Ricardo Tripoli e Vitor Sapienza elaboraram projetos e indicações para mudar o nome da estação de Pêssego para Dom Bosco, sob alegação de homenagear a Obra Social Dom Bosco (e angariar futuros votos entre a comunidade católica local). O projeto de Feldman (0338 / 1998) foi aprovado e transformado na Lei estadual nº 10427/99.[11]

Tabela editar

Sigla Estação Inauguração Integração Plataformas Posição Notas
DBO Dom Bosco 27 de maio de 2000 Bilhete Único da SPTrans. Laterais Elevada Estação construída pelo Metrô de São Paulo para a CPTM

Obras de arte editar

  • Rastro Urbano (2015), do pintor irlandês James Concagh. Mural de 20 m x 2,5 m composto por cimento e cal;[12][13][14]

Referências

  1. «Estação Dom Bosco (Pêssego) - SP». Centro Brasileiro da Construção em Aço. Consultado em 6 de fevereiro de 2019 
  2. a b «4ª Bienal divulga projetos premiados». Folha de S. Paulo. 1 de dezembro de 1999. Consultado em 2 de abril de 2019 
  3. «Governo apressa metrô na Paulista em prejuízo de linha na periferia». Folha de S.Paulo, Ano 70, edição 22304, Caderno Cidades, página C1. 27 de abril de 1990. Consultado em 21 de abril de 2019 
  4. «Discurso proferido pelo Governador Orestes Quercia na estação do METRÔ de Itaquera, na solenidade em que autorizou o prolongamento da linha até Guaianases». Acervo Quércia/Projeto Nínive. 14 de outubro de 1987. Consultado em 21 de abril de 2019 
  5. MELLO, Karla Reis Cardoso de (2000). Transporte urbano de passageiros: as contradições do poder público. [S.l.]: Café Editora-São Paulo. 259 páginas 
  6. «Sem verba, metrô diz que vai começar obra». Folha de S. Paulo, página A-12. 19 de maio de 1998. Consultado em 21 de abril de 2019 
  7. «Estação Dom Bosco (Pêssego) - SP». Centro Brasileiro da Construção em Aço. Consultado em 21 de abril de 2019 
  8. ARTIGAS, Rosa Camargo (2003). João Walter Toscano. [S.l.]: Unesp. 187 páginas. ISBN 9788571394094 
  9. «Metrovias». Constran. Consultado em 21 de abril de 2019 
  10. Pedro Pereira Benvenuto (março de 2003). «Expresso Leste - um projeto de integração» (PDF). Revista de Transportes Públicos da ANTP- Ano 23, edição 90, páginas 17-26. Consultado em 21 de abril de 2019 
  11. «LEI Nº 10.427, DE 02 DE DEZEMBRO DE 1999». Diário Oficial do estado de São Paulo. 3 de dezembro de 1999. Consultado em 21 de abril de 2019 
  12. «​Artista irlandês faz mural de 20 metros na Estação Dom Bosco». CPTM. 7 de maio de 2015. Consultado em 6 de dezembro de 2019  zero width space character character in |título= at position 1 (ajuda)
  13. Tom Hennigan (21 de junho de 2015). «Urban trail: an Irish artist's take on the street art of São Paulo». Irish Times. Consultado em 6 de dezembro de 2019 
  14. «Expresso Leste 15 anos: Estação Dom Bosco recebe atrações e mural comemorativo». CPTM. 25 de maio de 2015. Consultado em 6 de dezembro de 2019 

Ligações externas editar