Estação Ferroviária de Valadares

estação ferroviária em Portugal

A estação ferroviária de Valadares,[1] ou apeadeiro de Valadares,[2] (nome anteriormente grafado como "Valladares"),[3][4] é uma interface da Linha do Norte, que serve a vila de Valadares, no concelho de Vila Nova de Gaia, em Portugal.

Valadares
Identificação: 39115 VAS (Valadares)[1]
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: Apeadeiro[2]
Tipologia: C [2]
Linha(s): Linha do Norte (PK 327+800)
Altitude: 50 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°5′56.53″N × 8°37′55.3″W

(=+41.09904;−8.63203)

Mapa

(mais mapas: 41° 05′ 56,53″ N, 8° 37′ 55,3″ O; IGeoE)
Município: border link=Vila Nova de GaiaVila Nova de Gaia
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Francelos
Lis-Apolónia
  R   Madalena
P-Campanhã
Espinho
Coimbra
    Gaia
P-Campanhã
Francelos
Ovar
Aveiro
  AV   Madalena
P-São Bento
Francelos
Ovar
    Madalena
P-Campanhã
Granja
Aveiro
    Gaia
P-São Bento
    Gaia
P-Campanhã

Coroa: VNG4 (S2)
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
45 901 ZF
Serviço de táxis
Serviço de táxis
VNG
Equipamentos: Bilheteiras e/ou máquinas de venda de bilhetesSala de espera Telefones públicosParque de estacionamento Lavabos Bar ou cafetaria Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Endereço: Largo da Estação, s/n
PT-4405-556 Vila Nova de Gaia
Inauguração: 8 de julho de 1863 (há 160 anos)
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Estação Ferroviária de Valado.
A estação de Valadares, em Janeiro de 2020.

Descrição editar

Localização e acessos editar

Situa-se junto ao Largo da Estação, na localidade de Valadares.[5]

Infraestrutura editar

Como apeadeiro numa linha de via dupla, esta interface apresenta-se nas duas vias de circulação[6] (I e II) cada uma acessível por plataforma — ambas com de 150 m de comprimento e 90 cm de altura.[2] O edifício de passageiros situa-se do lado nascente da via (lado direito do sentido ascendente, a Campanhã).[6][7]

Serviços editar

Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo urbano no serviço “Linha do Aveiro”, tipicamente com 31 circulações diárias em cada sentido entre Porto - São Bento ou Porto-Campanhã e Aveiro ou Ovar; passam sem parar nesta interface 40 circulações diárias do mesmo serviço.[8]

História editar

 Ver artigo principal: História da Linha do Norte

Durante o planeamento da Linha do Norte, na década de 1860, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses apresentou uma alteração ao percurso original da linha entre Miramar e o Porto, fazendo-a circular mais pelo interior, melhorando as condições de acesso à cidade e o local onde seria construída a estação de Vila Nova de Gaia, e ao mesmo tempo aproximando-a de várias povoações pelo caminho, incluindo Valadares.[9] A estação de Valadares situa-se no lanço da Linha do Norte entre Vila Nova de Gaia e Estarreja foi inaugurado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 8 de Julho de 1863.[10] Em 10 de Abril de 1864, foi inaugurado o lanço entre Estarreja e Taveiro, tendo a Companhia Real criado novos serviços mistos entre Vila Nova de Gaia e Coimbra, que paravam em diversas estações pelo caminho, incluindo a de Valadares.[11] Em finais de 1896, os comboios Lisboa-Porto passarem a ter paragens de 1 min. em Valadares.[12]

Em Dezembro de 1901, já tinha sido construída a segunda via além de Valadares, no âmbito da duplicação do troço entre Gaia e Espinho.[13] Em 1934, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses instalou um posto médico nesta estação.[14]

No XI Concurso das Estações Floridas, organizado em 1952 pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses e pela Repartição de Turismo do Secretariado Nacional de Informação, a estação de Valadares foi premiada com uma menção honrosa simples.[15] A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se em 11 de Maio do ano seguinte, sendo o chefe da estação Hermínio Pintão.[16] No XIII Concurso, em 1954, esta estação foi premiada com um diploma de menção honrosa especial.[17]

Em Janeiro de 2011, esta interface tinha ainda a classificação de estação, com três vias de circulação com 434, 300 e 401 m de comprimento e plataformas que apresentavam 200 e 256 m de extensão, e 70 a 35 cm de altura.[18] Mais tarde,[quando?] foi despromovida à classificação de apeadeiro.[2]

Ver também editar

CP Urbanos do Porto

(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Marco de Canaveses  Guimarães


(b) Ferreiros 
     
 Braga (b)
(b) Mazagão 
     
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
     
 Covas (g)
(b) Tadim 
     
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
     
 Vizela
(b) Arentim 
     
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
     
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
     
 Lordelo (g)
(m) Louro 
     
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
     
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
     
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
         
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
 
 
 
   
 Cabeda (d)
(m)(g) Lousado   Suzão (d)
(m) Trofa   Valongo (d)
(m) Portela   S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão   Terronhas (d)
(m) São Frutuoso   Trancoso (d)
(m) Leandro   Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem   Parada (d)
(m)(d) Ermesinde   Cête (d)
(m) Palmilheira 
 
 
 
     
 Irivo (d)
(m) Águas Santas 
 
 
 
     
 Oleiros (d)
(m) Rio Tinto   Paredes (d)
(m) Contumil   Penafiel (d)
(d)(n) P.-Campanhã   Bustelo (d)
 
       
 
 
 Meinedo (d)
(m) P.-São Bento 
     
 
       
 
(n) General Torres 
     
 
 
 Caíde (d)
(n) Gaia 
 
 
     
 Oliveira (d)
(n) Coimbrões 
         
 Vila Meã (d)
(n) Madalena 
         
 Recesinhos (d)
(n) Valadares 
         
 Livração (d)
(n) Francelos 
         
 M.Canaveses (d)
(n) Miramar 
         
 Aveiro (d)
(n) Aguda 
         
 Cacia (d)
(n) Granja 
         
 Canelas (n)
(n) Espinho 
         
 Salreu (n)
(n) Silvalde 
         
 Estarreja (n)
(n) Paramos 
         
 Avanca (n)
(n) Esmoriz 
         
 Válega (n)
(n) Cortegaça 
         
 Ovar (n)
 
         
 Carv.-Maceda (n)

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b c d e Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  3. Manoel Affonso d’Espargueira: “Tarifa especial n.º 11 : Madeira em bruto ou serradaDiario Illustrado 50 (1872.08.19)
  4. Chapuy: “Bilhetes por preços reduzidosGazeta dos Caminhos de Ferro 337 (1902.01.01)
  5. «Valadares». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 16 de Outubro de 2015 
  6. a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  7. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  8. Comboios Urbanos : Porto ⇄ Aveiro («horário em vigor desde 06 julho a 03 setembro de 2023»). Esta informação refere-se aos dias úteis; uma única destas circulações é um serviço regional, o comboio nouturno n.º 3400, Porto-Lisboa.
  9. ABRAGÃO, Frederico (16 de Setembro de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 65 (1650). p. 393-400. Consultado em 3 de Novembro de 2019 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 27 de Abril de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. «Escada Rolante: Há 104 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 81 (1931). 16 de Novembro de 1968. p. 152. Consultado em 27 de Abril de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. H. E. Boyer: “Aviso ao publicoDiario Illustrado 8455 (1896.10.03)
  13. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1536). 16 de Dezembro de 1951. p. 395. Consultado em 19 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  14. «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 27 de Abril de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  15. «Ao XI Concurso das Estações Floridas apresentaram-se 78 estações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 65 (1558). 16 de Novembro de 1952. p. 338. Consultado em 19 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  16. «XI Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 66 (1570). 16 de Maio de 1953. p. 112. Consultado em 19 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  17. «XIII Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1608). 16 de Dezembro de 1954. p. 365. Consultado em 3 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  18. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 

Leitura recomendada editar

  • QUEIRÓS, Amílcar (1976). Os Primeiros Caminhos de Ferro de Portugal: As Linhas Férreas do Leste e do Norte. Coimbra: Coimbra Editora. 45 páginas 
  • SALGUEIRO, Ângela (2008). A Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses: 1859-1891. Lisboa: Univ. Nova de Lisboa. 145 páginas 
 
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Ligações externas editar

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