O Exxon Valdez foi um navio petroleiro que ganhou notoriedade internacional em 24 de março de 1989, quando ~ 40 900 a 120 000 (equivalente a 257 000 a 750 000 barris) de petróleo que transportava foram lançadas ao mar, após uma colisão contra rochas submersas, causando um rasgo no casco do petroleiro. O acidente aconteceu na costa do Alasca, depois de o navio encalhar na Enseada do Príncipe Guilherme (Prince William Sound) .

Exxon Valdez
Exxon Valdez
O Exxon Valdez em 1989.
Proprietário Hong Kong Bloom Shipping Ltd. (2008-2012)
SeaRiver Maritime (1989-2008)
Exxon (1986-1989)
Data de encomenda 1 de agosto de 1984
Estaleiro National Steel and Shipbuilding Company
San Diego, California
Lançamento 14 de outubro de 1986
Renomeado Exxon Valdez (1986-1989)
Exxon Mediterranean
(1990-1993)
Sea River Mediterranean (1993-2005)
S/R Mediterranean (1993-2005)
Mediterranean (2005-2008)
Dong Fang Ocean (2008-2011)
Oriental Nicety (2011-2012)
Estado Vendido para o desmantelamento
Destino 2 de agosto de 2012
Características gerais
Tipo de navio petroleiro, graneleiro
Classe VLCC
Deslocamento 214 861 t[1]
Tonelagem 240 291 t[1]
Largura 987 pé (300 m) total[1]
Boca 166 pé (51 m)[1]
Calado 88 pé (27 m)[1]
Propulsão Hélice
Velocidade 16,25 nós
Tripulação 21
Carga 1,48 milhões barris (235 000 m³) de óleo cru[1]
Notas
[2]

Continuam sendo estudadas as consequências do acidente sobre a fauna e flora marinha da região atingida. As indenizaçóes e custos com limpeza assumidos pela Exxon acumulam mais de quinhentos milhões de dólares.[3]

Desastre ambiental editar

 
Limpeza da costa, durante a maré negra provocada pelo Exxon Valdez.

Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes ao vazamento do óleo. De acordo com as estimativas, morreram 260 000 pássaros marinhos, 2 800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de bilhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derramamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.[4]

Graneleiro editar

Em 2002, a União Europeia proibiu a utilização de navios petroleiros de casco simples e o “Valdez”, renomeado “Mediterranean”, foi enviado para as águas da Ásia. O Mediterranean em 2007 foi convertido em navio graneleiro transportador de minérios e renomeado como “Dong Fang Ocean”. No ano de 2011, com o nome de “Oriental Nicety”, o navio foi vendido a uma companhia de sucata da Índia, Priya Blue Industries, e no ano seguinte foi desmantelado.[5]

Referências

  1. a b c d e f Marine Accident Report: Grounding of the U.S. Tankship Exxon Valdez on Bligh Reef, Prince William Sound Near Valdez, Alaska March 24, 1989, National Transportation Board, p. 15 (31 de julho de 1990)
  2. «ABS Record: Dong Fang Ocean». American Bureau of Shipping. 2010. Consultado em 29 de junho de 2010 
  3. Thomé, Romeu (2015). Manual de Direito Ambiental. Salvador: [s.n.] 40 páginas 
  4. «Exxon Valdez» (em inglês). Exxon Valdez Oil Spill Trustee Council. Consultado em 22 de abril de 2015. Cópia arquivada em 22 de abril de 2015 
  5. Adam Halliday (2 de agosto de 2012). «23 years after one of history's worst oil spills, Exxon Valdez 'rests' in Gujarat» (em inglês). The Indian Express. Consultado em 22 de abril de 2015. Cópia arquivada em 22 de abril de 2015 

Ligações externas editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Exxon Valdez