Flightplan

filme de 2005 dirigido por Robert Schwentke

Flightplan (Brasil: Plano de Voo / Portugal: Flightplan - Pânico a Bordo) é um filme teuto-estadunidense de 2005, dos gêneros suspense, mistério, drama e ação, dirigido por Robert Schwentke, escrito por Peter A. Dowling e Billy Ray, e estrelado por Jodie Foster, Peter Sarsgaard, Erika Christensen, Kate Beahan, Greta Scacchi, Sean Bean, e Matt Bomer (em seu primeiro filme). Uma co-produção dos Estados Unidos e da Alemanha, a narrativa do filme segue Kyle Pratt, uma engenheira aeronáutica estadunidense e uma viúva que vive em Berlim, que voa de volta para os Estados Unidos com a filha e o corpo do marido apenas para perder a filha durante o voo e deve lutar para encontrá-la enquanto prova sua sanidade ao mesmo tempo. A premissa básica da trama (embora com um desfecho muito diferente) é semelhante a um roteiro de Alfred Hitchcock Presents, de 1955, intitulado Into Thin Air, assim como o filme de 1938 The Lady Vanishes , de Hitchcock. É também uma reminiscência do filme britânico de 1950 So Long at the Fair.

Flightplan
Pânico a Bordo,[1] ou
Flightplan - Pânico a Bordo[2]
 (PRT)
Plano de Voo[3][4] (BRA)
Flightplan
 Estados Unidos
 Alemanha
2005 •  cor •  98 min 
Gênero ação
drama
mistério
suspense
Direção Robert Schwentke
Produção Robert DiNozzi
Brian Grazer
Charles J. D. Schlissel
Roteiro Peter A. Dowling
Billy Ray
Elenco Jodie Foster
Peter Sarsgaard
Erika Christensen
Kate Beahan
Greta Scacchi
Sean Bean
Matt Bomer
Música James Horner
Cinematografia Florian Ballhaus
Edição Thom Noble
Companhia(s) produtora(s) Touchstone Pictures
Imagine Entertainment
Distribuição Buena Vista Pictures
Lançamento Estados Unidos 23 de setembro de 2005
Idioma alemão
inglês
Orçamento US$ 50 milhões
Receita US$ 223 387 299[5]

Peter A. Dowling teve a ideia para o filme em 1999 em uma conversa telefônica com um amigo. Seu discurso original para o produtor Brian Grazer envolveu um homem que trabalhava na segurança do aeroporto fazendo uma viagem de negócios dos Estados Unidos para Hong Kong, e durante o voo seu filho desapareceu. Alguns anos mais tarde, Billy Ray assumiu o roteiro, eliminando os terroristas da história e colocando mais ênfase no protagonista, que se tornou uma mulher como Grazer pensou que seria um bom papel para Jodie Foster. A história, então, focou na personagem principal recuperando sua psique, e acrescentou tensão e paranóia após os ataques de 11 de setembro de 2001. Houve também uma tentativa de esconder a identidade do vilão, mostrando os diferentes personagens no avião. Tanto Dowling como Ray foram autorizados a visitar o interior de um Boeing 747 no Aeroporto Internacional de Los Angeles para desenvolver o espaço limitado em que a história se passa.[6]

Flightplan foi distribuído pela Touchstone Pictures e foi lançado mundialmente nos cinemas em 23 de setembro de 2005. Após o lançamento, o filme recebeu críticas mistas de críticos que aclamaram as performances de seu elenco, mas acharam o roteiro menos competente. O filme foi um grande sucesso comercial, arrecadando mais de US$223 milhões, com um orçamento de US$50 milhões. Durante seu lançamento, os sindicatos dos profissionais de bordo pediram um boicote oficial do filme, que eles dizem retratar os comissários de bordo como grosseiros, indiferentes, pouco prestativos e até mesmo terroristas.[7][8]

Enredo editar

Kyle Pratt, é uma engenheira aérea dos Estados Unidos empregada em Berlim, é viúva com uma filha de seis anos de idade, Julia, depois que seu marido David morre, após cair do telhado do seu edifício. Kyle decide enterrá-lo em sua cidade natal, nos Estados Unidos. Eles voam a bordo de um avião de passageiros, cujos motores Kyle ajudou a projetar. Depois de cair no sono, ela acorda e descobre que Julia desapareceu. Ela começa a entrar em pânico, e o capitão Marcus Rich é forçado a realizar uma pesquisa. Nenhum dos passageiros lembra de ter visto a sua filha, Julia não tem nem o cadastro no aeroporto de Berlim ou o manifesto dos passageiros, e Kyle não consegue encontrar cartão de embarque de Julia. Marcus e os outros membros da tripulação suspeitam que Kyle se tornou desequilibrada pela morte de seu marido, e imaginou levar sua filha a bordo. Confrontada com crescente ceticismo da tripulação referente à existência de sua filha, Kyle fica extremamente desesperada, fazendo o policial do avião, Gene Carson, algemá-la.

Marcus recebe uma ligação do hospital em Berlim, que diz que Julia estava com seu pai quando ele caiu do telhado e também morreu. Kyle furiosamente nega. A equipe acredita que ela é delirante. Uma terapeuta a bordo tenta consolá-la, fazendo Kyle duvidar de sua própria sanidade até que ela percebe que não é louca pois um coração que Julia tinha desenhado anteriormente na janela próxima ao seu lugar, ainda estava lá. Kyle convence a terapeuta deixá-la usar o banheiro. Lá dentro, ela sobe para o compartimento superior e sabota a eletrônica da aeronave, causando um caos para conseguir ir para o convés de carga inferior. Carson encontra-la, a coloca em algemas e acompanha-la de volta, anunciando que ela vai ser presa assim que desembarcar.

Kyle faz um apelo final para Carson, dizendo que precisa procurar no avião após o pouso. Carson diz que vai falar com o capitão, mas em vez, foge de volta para a plataforma de carga para remover dois explosivos e um detonador, em seguida, desce para a secção de aviónica, revelando Julia que está dormindo (presumivelmente drogada). Ele atribui os explosivos para o lado da plataforma. Neste ponto, é revelado que Carson e mais duas pessoas são parte de uma conspiração. Carson diz ao capitão que Kyle é uma sequestradora e está ameaçando explodir a aeronave a menos que receba uma transferência de 50.000 mil dólares em uma conta bancária. Os conspiradores realmente assassinaram David e sequestraram Julia, a fim de enquadrar Kyle. Carson diz a um dos conspiradores que ele tem a intenção de explodir o avião, matando Julia e Kyle.

Depois de fazer um pouso de emergência no aeroporto do Canadá, os passageiros saem da aeronave e a pista é cercada por agentes do FBI. Visto que o capitão está saindo, Kyle corre para falar com ele com Carson no desembarque. O capitão diz que os 50 milhões dólares exigidos por ela foram pagos. Percebendo a conspiração, Kyle decide tirar proveito do papel de sequestradora, exigindo que Carson permaneça a bordo e o resto desembarque. Carson percebe que se ele recusar-se, será pego.

Assim que a porta do avião se fecha, Kyle bate em Carson com um extintor de incêndio, algema-o a um trilho e leva o detonador. Carson recobra a consciência e vai atrás de Kyle, até que ela se tranca num compartimento. Carson não encontra Julia no lugar onde estava, ao virar-se, vê Kyle transportando-a para a escotilha do compartimento de carga, com o detonador na mão. Com as paredes do porão para protegê-las, ela detona os explosivos, matando Carson. Como Kyle leva a filha para fora para a pista, todos os passageiros estão chocados ao perceber que ela estava dizendo a verdade o tempo todo.

Elenco editar

Escolha do elenco editar

Schwentke disse que para tornar o filme o mais realista possível, ele queria performances naturalistas e subjugadas. Um exemplo foi Peter Sarsgaard, que ele descreveu como um ator "que pode, de repente, se tornar uma serpente desenrolando". Marlene Lawston se tornou a filha de Foster, Julia. Sean Bean foi escalado e enganou o público a pensar que ele era parte do enredo como vilão.[6] O diretor também escolheu cada um dos 300 passageiros por meio de audições.[9]

Referências

  1. Pânico a Bordo no SapoMag (Portugal)
  2. «Flightplan - Pânico a Bordo». no CineCartaz (Portugal) 
  3. Plano de Voo no CinePlayers (Brasil)
  4. Plano de Voo no AdoroCinema
  5. «Fightplan». Box Office Mojo (em inglês). IMDb. Consultado em 2 de junho de 2015 
  6. a b In-Flight Movie: The Making of Flightplan; Flightplan DVD
  7. Sindicatos boicotam Jodie Foster no Correio da Manhã (Portugal)
  8. «Flight attendants hope to ground 'Flightplan'». Today. 29 de setembro de 2005. Consultado em 30 de janeiro de 2015 
  9. Cabin Pressure: Designing the Aalto E-474; Flightplan DVD

Ligações externas editar