O Foro de Avilés (em asturiano: Fueru d'Avilés) é um documento escrito em língua asturiana. Foi ratificado no século XI pelo rei Afonso VI de Leão, que atribuiu privilégios políticos, económicos e comerciais à cidade de Avilés. É considerado junto ao Documento de Kesos, o primeiro documento escrito em asturiano, e é o primeiro documento jurídico nesta língua e o mais antigo das Astúrias. O foro foi aceite pelo rei Afonso VII, neto de Afonso VI, em 1155, dando origem ao nascimento da cidade de Avilés.[1][2][3]

Foro de Avilés
(em asturiano: Fueru d'Avilés)
Tipo foral
Local de assinatura Avilés, Reino de Leão
Signatário(a)(s) Afonso VI de Leão
Criado século XI

O foro foi dado por Afonso VI, quando era monarca do Reino de Castela. Em Avilés haviam povoamentos humanos desde a romanização. O foro de Avilés atribuiu a categoria de vila de reguengo à povoação, e durante a Idade Média apoiou sempre a coroa, a quem pagava impostos. Avilés nunca foi feudo, nem possuiu outro tribunal competente que não fossem os reais.[3]

O documento serviu para o desenvolvimento económico da povoação, convertendo-a na primeira vila do antigo Reino das Astúrias e um dos principais ancoradouros da Europa atlântica da época. Após a ratificação do foro, a construção da muralha da cidade foi iniciada, e com o impulso do seu novo estatuto, a cidade tornou-se a segunda das Astúrias.[3]

Referências

  1. «El fueru d'Avilés, una "xoya del nuestru archivu y de la nuestra historia"» (em asturiano). Radiotelevisión del Principado de Asturias. 5 de maio de 2018 
  2. Santos, Miguel SolÍs (5 de dezembro de 2012). «El Fueru d'Avilés y los insultos medievales». La Nueva España (em asturiano) 
  3. a b c Puerta, Miguel Calleja (2012). «Certezas y dudas sobre la tradición textual del fuero de Avilés de 1155». Universidade de Oviedo. Revista de filoloxía asturiana (em espanhol). 9 (9-10): 215-226. ISSN 2341-1147 
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