Forsterite (ou forsterita) é um mineral da classe dos nesossilicatos pertencente ao chamado grupo da olivina. Foi descoberto em 1824 em rochas recolhidas nas imediações do Monte Vesúvio, na Campânia (Itália). A origem do nome é controversa, pois segundo alguns autores foi dado em honra de Adolarius Jacob Forster (1739-1806), um recolector inglês de minerais do século XVIII, e segundo outros em honra de Johann Forster, um naturalista alemão. Sinónimos pouco usados são: boltonite, peridoto branco e olivina branca.

Forsterite
Forsterite
Categoria Minerais nesossilicatos
Cor Verde, amarelo pálido ou branco, incolor em secção fina
Fórmula química Mg2SiO4
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalino Ortorrômbico, dipiramidal
Hábito cristalino Massivo-cristalino fino ou tabular
Classe de simetria 9.AC.05 (Strunz)
Propriedades ópticas
Transparência Transparente, translúcido
Propriedades físicas
Densidade 3,27
Dureza 7 (Mohs)
Fratura Concoide
Tenacidade Quebradiço
Estrutura cristalina da forsterite

Características químicas e formação editar

A forsterite é um mineral constituído por silicato de magnésio, trimorfo com a ringwoodita e a wadsleyita, os três conhecidos pela sua presença em meteoritos.

Pertence ao grupo da olivina, um agrupamento de ortossilicatos simples, sendo a forsterite o equivalente com magnésio de outros minerais do referido grupo como sejam a faialite ((Fe2+)2SiO4), tefroíte ((Mn2+)2SiO4) e a olivina-cálcica ((Ca2+)2SiO4).

Forma duas séries de solução sólida, uma delas com a faialite, na qual a substituição gradual do magnésio por ferro vai produzindo os distintos minerais da série. Uma segunda série é formada com a tefroíte, na qual o magnésio vai sendo substituído por manganês. Para além desta composição química básica, apresente frequentemente ferro como principal impureza.

O mineral aparece com frequência em rochas ígneas do tipo ultramáfico, mas também ocorre em rochas metamórficas do grupo dos mármores dolomíticos. Ocorre em associação com outros minerais como a enstatite, plagioclase, flogopite, magnetite, cromite, antigorite, dolomite, brucite, diópsido, corindon, anfíbolas, calcite, espinela e augite.

A forsterite tem sido encontrada no interior de meteoritos e nas poeiras que se libertam dos cometas.[1]

A variedade de forsterite chamada peridoto é uma gema usada em joalharia.

Referências

  1. Ds. Lauretta; L. P. Keller; S. Messenger (2005). «Supernova olivine from cometary dust». Science. 309 (5735): 737–741. PMID 15994379 

Ligações externas editar

 
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