Frecheirinha

município brasileiro do estado do Ceará

Frecheirinha é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na Mesorregião do Noroeste Cearense e pertence à Região Metropolitana de Sobral.

Frecheirinha
  Município do Brasil  
Igreja Matriz de Frecheirinha
Igreja Matriz de Frecheirinha
Igreja Matriz de Frecheirinha
Símbolos
Bandeira de Frecheirinha
Bandeira
Brasão de armas de Frecheirinha
Brasão de armas
Hino
Gentílico frecheirinhense
Localização
Localização de Frecheirinha no Ceará
Localização de Frecheirinha no Ceará
Localização de Frecheirinha no Ceará
Frecheirinha está localizado em: Brasil
Frecheirinha
Localização de Frecheirinha no Brasil
Mapa
Mapa de Frecheirinha
Coordenadas 3° 45' 36" S 40° 48' 57" O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte e Leste: Coreaú, Sul: Ubajara, Oeste: Tianguá
Distância até a capital 283 km
História
Fundação 25 de março de 1955 (69 anos)
Administração
Prefeito(a) Helton Luís Aguiar Júnior (PDT, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 181,240 km²
População total (IBGE/2010[2]) 12 991 hab.
Densidade 71,7 hab./km²
Clima Tropical Semiárido brando

Brando

Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,605 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 45 742,767 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 416,44

Toponímia editar

A história de “Frecheirinha” começou num olho d’água, habitada por uma tribo provavelmente descendente dos Tabajaras (Senhores das Serras) que habitavam os sertões e rios da Zona Norte do Ceará. A tribo era liderada por uma índia chamada “Flexeira” muito hábil no manejo da flecha. Flexeira deu à luz uma filha que em pouco tempo tornou-se muito mais hábil no manejo da flecha do que a própria mãe e logo ficou muito querida e respeitada na aldeia. Em homenagem à indiazinha a aldeia passou a ser chamada de “Flexeirinha”. Daí surgiu a toponímia Frecheirinha, ou seja, nome adaptado do diminutivo de flecheiras.

História editar

Os primeiros habitantes de Frecheirinha, segundo a crônica mais antiga, seriam as famílias Capitão Manuel Victor, Vicente Thomaz de Aguiar, Alexandre Silvério, Pacífico Carneiro e José Borges que, no início do século XX teriam deslocado-se para a zona, outrora pertencente ao município de Coreaú, atraídos pelas fertilidade do solo. Em 1903 é levantada uma pequena capela de taipa em devoção a Nossa Senhora da Saúde, padroeira do município, no local onde hoje é erigida a matriz, formando-se ao seu redor o povoado. Em 1933 Frecheirinha passou a integrar o município de Tianguá e, em 1937, retornou à jurisdição de Coreaú, então Palma. Foi elevado à categoria de Vila pelo Decreto-Lei nº 169, de 31 de março de 1938. Frecheirinha veio a emancipar-se politicamente pela lei de número 1.153, de 22 de novembro de 1951, elevada assim à categoria de município. A 25 de março de 1955 é instalada a nova comuna.

Geografia editar

 
Açude Angicos, entre Coreaú e Frecheirinha.

Relevo editar

Frecheirinha situa-se no sopé da Serra da Ibiapaba e possui formas de relevo suaves e pouco dissecadas da depressão sertaneja, produto da superfície de aplainamento no cenozoico. No extremo-oeste do município vê-se o planalto custiforme da Ibiapaba, com altitudes próximas de 700 metros. Solos litólicos, podzólicos e latossolos, encontram-se distribuídos na área, permitindo o crescimento da caatinga arbórea.

Hidrografia editar

O Município de Frecheirinha está inserido na Bacia hidrográfica de Coreaú (Caiçara) e tem como drenagens principais o próprio Rio Coreaú e os Riachos Ubajara, Palmeira e Jardim. Figuram como principais recursos hídricos do município o Açude Angicos, e pequenos açudes como o Barreira, o Campestre, o Pavão, o Roça Velha e a Lagoa da Seriema. O município ainda conta com 53 poços perfurados nas diversas localidades.

Clima editar

Varia de Tropical Quente Semiárido e Tropical Quente Semiárido Brando, com temperaturas entre 24 e 36Cº, com precipitação pluviométrica média de 1.139,2 mm, com chuvas concentradas de janeiro a maio.

Como unidade de conservação ambiental conta com parte de sua área incluída na zona de proteção do Parque Nacional da Ibiapaba.

Política editar

A história política do município teve início com a emancipação, quando foi desmembrada do município de Coreaú, e a eleição do primeiro prefeito, Abdias Pontes de Aguiar. Segue em ordem cronológica os prefeitos de Frecheirinha:

  • Abdias Pontes de Aguiar (1955 a 1959)
  • Raimundo Pereira de Sousa (1959 a 1963)
  • Antonio Custódio Sobrinho (1963 a 1967)
  • Patrício Pontes Filho (1967 a 1970)
  • Joaquim Rodrigues de Aguiar (1970 a 1971)
  • Francisco das Chagas Filho (1971 a 1973)
  • Benedito Lima de Aguiar (1973 a 1977)
  • Vandick Custódio de Azevedo (1978 a 1982)
  • José Maria de Albuquerque (1983 a 1988)
  • Vandick Custódio de Azevedo (1989 a 1992)
  • José Lealci de Azevedo (1993 a 1996)
  • Maria Jancila Junior de Azevedo (1997 a 2000)
  • José Lealci de Azevedo (2001 a 2004)
  • Helton Luís Aguiar Júnior (2005 a 2012)
  • Carleone Júnior de Araujo (2013 - 2018)
  • Adriano Aguiar Lima (2018 - 2018)
  • helton Luís Aguiar Júnior (2018 - atual)

Economia editar

Serviços públicos editar

O município apresenta um quadro sócio-econômico em constante crescimento e desenvolvimento devido possuir o maior polo de produção da moda íntima do Ceará, com mais de 20 fábricas e mini fábricas de lingerie. A população, segundo o Censo de 2000, é de 11.832 habitantes com população estimada de 12.924 habitantes no ano de 2004. A densidade demográfica é de 86,25 hab/km² apresentando uma taxa de urbanização de 54,62%. A Sede do Município dispõe de abastecimento de água (Cagece), fornecimento de energia elétrica (Enel), serviço telefônico (Oi), agência de correios e telégrafos (EBCT), serviço bancário (Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), hospitais, hotel, escolas de ensino fundamental e médio e campus avançado da Universidade Estadual Vale do Acaraú e ULBRA.

Atividades econômicas editar

A principal atividade econômica por muito tempo foi representada pela agricultura de subsistência, com a cultura de feijão, milho, arroz e mandioca, além de monoculturas de algodão, cana-de-açúcar e castanha de caju. Na pecuária extensiva destaca-se a criação de bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Na área de mineração, a extração de calcário para a fabricação da cal representa uma importante fonte de ocupação e renda para o Município. O mineral é muito utilizado na construção civil, na correção do PH do solo e como insumo na criação de camarão em cativeiro.

A produção industrial, por sua vez, hoje representa a principal fonte de renda e ocupação na cidade, sobretudo da mão-de-obra feminina. A cidade se destaca como um importante pólo produtor de lingerie de referenciada qualidade, exportada para vários mercados consumidores nacionais e internacionais. São mais de 20 empresas que geram cerca de 1500 empregos diretos e indiretos.

Indicadores sociais editar

Até 2012 Frecheirinha apresentava 96,25% de crianças de 7 a 14 anos na escola e 12% de evasão escolar, atendendo 68,55% de crianças de 4 a 6 anos com educação pré-escolar nas creches municipais. Nos indicadores de saúde, 81,4% das crianças de 0 a 11 meses com vacinação em dia, 8,51% das crianças de 0 a 11 meses apresentando desnutridas, 45,1% das crianças com até 4 meses de idade se alimentam exclusivamente da amamentação. O município apresentava até então uma taxa de mortalidade infantil de 56,54. Na área de assistência social, foram atendidas 300 (trezentas) crianças de 2 a 5 anos com o serviço de creche e pré-escola. No Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), foram atendidas 150 crianças com idade de 7 a 14 anos, residentes no Bairros Caeiral, numa ação conjunta entre os governos federal e municipal, com o auxílio de uma bolsa em dinheiro no valor de R$ 40,00 (quarenta reais) mensal possibilitando o acesso e a permanência da criança, o desenvolvimento de atividades sócio-educativas complementares à escola. Foram atendidos ainda 25 jovens com idade entre 15 e 17 anos residentes nos Bairros Lapa, Rua da Palha e Barril com o Programa Agente Jovem que possibilitou cursos de formação nas áreas de saúde, meio ambiente e cidadania. Para isso, os adolescentes receberam uma ajuda financeira de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais) mensais. Ainda na área da assistência social, o Projeto Conviver atendeu 98 (noventa e oito) idosos com ações de complementação alimentar e convivência grupal através de encontros semanais, realizados no Centro Comunitário do Município, às terças e sextas-feiras, durante 3 horas, com programação previamente escolhida com a participação dos idosos.

Turismo editar

Atrativos editar

Destaca-se como um importante pólo de moda íntima colocando-a na rota do turismo de negócios aliado ao turismo ecológico, tendo em vista que a cidade representa a porta de entrada para o Parque Nacional da Ibiapaba via sertão, situando-se a 10 km da entrada do Parque através de estrada asfaltada, com amplo contato com a natureza e a gente simples do lugar.

O município ainda oferece opções de trilhas, banhos e pescaria de açude.

Ligações externas editar

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
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