Nota: Não confundir com Galéria Fundana.

Galéria Valéria foi uma imperatriz-consorte romana, esposa do imperador romano Galério[1] a partir de 293, quando ele foi escolhido como césar e sucessor de Diocleciano. Ela era filha do imperador Diocleciano e sua esposa Prisca[2]. Ela não teve filhos[3] e faleceu em 315.

Galéria Valéria
Galéria Valéria
Fólis com efígie de Galéria Valéria
Augusta do Império Romano do Oriente
Reinado 1 de maio de 305311
Antecessor(a) Prisca
Sucessor(a) Fausta (Ocidente) Constância (Oriente)
 
Nascimento século III
Morte 315
  Salonica, Grécia
Cônjuge Galério
Descendência Candidiano (adotivo)
Pai Diocleciano
Mãe Prisca
Religião Paganismo

História editar

Diocleciano, um feroz adversário do cristianismo, obrigou Valéria e Prisca a sacrificarem para os deuses pagãos[2]. Galéria foi elevada aos títulos de augusta e mater castrorum em novembro de 308. Como Galério não teve filhos com ela, Galéria adotou o filho ilegítimo do marido, Candidiano, como seu.

Com a morte de Galério em 311,[carece de fontes?] Valeria recebeu uma proposta de casamento do novo imperador Maximino Daia[1]. Valéria respondeu que não poderia aceitar por vários motivos: porque ainda estava de luto pela mote de Galério, porque Daia era filho adotivo de Galério, porque Daia havia sugerido que ele livrar-se-ia da sua esposa para se casar com Valéria, o que, para ela, seria um ato ímpio e porque seria indecente para uma mulher da sua dignidade ter um segundo marido[1][a]. Daia, irritado, confiscou seus bens, removeu seus criados, torturou até a morte seus eunucos e baniu Valéria e sua mãe, Prisca, mas não apontou um lugar para onde elas deveriam ser banidas, forçando-as a mudar de lugar para lugar.[1] Valéria, refugiada em algum lugar da Síria, conseguiu informar Diocleciano das desgraças que aconteceram a ela por causa de Daia[4]. Licínio, filho de Galério com uma concubina e que fora adotado por Valéria como filho, massacrou a família de Daia após a morte dele[3].

Depois de quinze meses vagando pelas províncias, Valéria e sua mãe foram descobertas em Tessalônica, decapitadas e seus corpos foram jogados no mar[5].

Há diversas lendas sobre a fé de Valéria. Valéria seria, ao contrário do marido, uma defensora dos cristãos e foi canonizada juntamente com a mãe (vide Santa Alexandra de Roma). Segundo a lenda, ela também não teria sido a primeira escolha de esposa para Galério e só se casou com ele quando Santa Susana se recusou a fazê-lo (vide artigo).

Ver também editar

Títulos reais
Precedido por:
Prisca
(esposa de Diocleciano)
Imperatriz-consorte romana
305–311
com Flávia Maximiana Teodora (305–306)
Valéria Maximila (306–311)
Fausta (307–311)
Sucedido por:
Fausta (Ocidente)
Constância (Oriente)
Precedido por:
Eutrópia
(esposa de Maximiano)

Notas editar

[a] ^ A ideia de que uma viúva não deveria se casar de novo é uma influência dos cristãos.

Referências

  1. a b c d Lactâncio, Sobre a forma como os perseguidores morreram, Capítulo XXXIX [em linha]
  2. a b Lactâncio, Sobre a forma como os perseguidores morreram, Capítulo XV [em linha]
  3. a b Lactâncio, Sobre a forma como os perseguidores morreram, Capítulo L' [em linha]
  4. Lactâncio, Sobre a forma como os perseguidores morreram, Capítulo XLI [em linha]
  5. Lactâncio, Sobre a forma como os perseguidores morreram, Capítulo LI [em linha]

Ligações externas editar