Garcia II da Galiza

Rei da Galiza

Garcia II da Galiza (c.10401090) foi um dos três filhos e herdeiros de Fernando Magno de Leão e Castela. É também chamado Garcia I, visto que não houve mais nenhum rei Garcia a governar sobre a Galiza; esta numeração deve-se ao facto de já ter havido um rei Garcia, que, contudo, não chegou a governar a Galiza (foi rei de Leão).

Garcia II
Rei da Galiza
Garcia II da Galiza
Morte 22 de março de 1090
  Castelo de Vermoim

Garcia aparece pela primeira vez em um acordo de 11 de setembro de 1064 com Suero, Bispo de Mondoñedo, seu pai confirmando o acordo.[1]

Pela morte do pai (1065), coube-lhe em herança o Reino da Galiza, correspondente à faixa mais ocidental do grande reino que o pai detivera. Fez face ao separatismo crescente do conde de Portucale, Nuno Mendes, com cada vez mais desejos autonomistas, tendo-o derrotado na batalha de Pedroso em 18 de janeiro[nota 1] de 1071, e assumido para si o título de rei de Portucale ou "rei de Portugale", procurando assim diminuir a insubmissão dos rebeldes portucalenses.

Teve também que fazer face à guerra com os irmãos, Sancho II de Castela e Afonso VI de Leão; estes coligaram-se para lhe roubar a coroa, o que conseguiram nesse mesmo ano de 1071, tendo o reino da Galiza-Portucale sido reabsorvido pela coroa de Leão, e Garcia passou o resto dos seus dias confinado a um mosteiro, onde viria a falecer, já em 1090.

No seu funeral em San Isidoro estiveram presentes suas duas irmãs, as infantas Elvira de Toro e Urraca de Zamora. O Rei Garcia dispôs que desejava ser enterrado acorrentado, tal como havia vivido os últimos anos da sua vida, e de este modo, sobre a lápide do seu sepulcro de pedra se representou o rei acorrentado, achando-se no seu sepulcro a seguinte inscrição latina:

H. R. DOMINUS GARCIA REX PORTUGALLIAE ET GALLECIAE. FILIUS REGIS MAGNI FERDINANDI. HIC INGENIO CAPTUS A FRATRE SUO IN VINCULIS. OBIIT ERA MCXXVIII XIº KAL. APRIL.

Que traduzida para português, diz o seguinte:

Aqui jaz o rei García de Portugal e Galiza, filho do grande rei Fernando, que foi capturado pelo seu irmão com engano. Morreu preso a 22 de março de 1090.

Notas

  1. Embora em 17 de Fevereiro Nuno Mendes terá doado todos os seus bens ao Mosteiro de Barbudo, Vila Verde, um dia antes da batalha. Assim, ou a batalha teria ocorrido em Fevereiro ou essa escritura teria sido feita com ele já morto, pelos seus herdeiros para evitar, em vão, que o Rei Garcia lhe confiscasse os bens.

Referências

  1. Reilly, Bernard (1988). The Kingdom of León-Castilla under King Alfonso VI, 1065-1109. Princeton: Princeton University Press 

Ligações externas editar

Precedido por:
Fernando I
e Sancha I
 
Rei da Galiza

1065 - 1071
Sucedido por:
Afonso VI
Precedido por:
Nuno Mendes
(último conde da linhagem
de Vímara Peres)
Rei da Galiza e Portucale
1071
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