Os Gautas ou Gotas (em sueco: Götar ou Göter; [ˈjøːtar]; em nórdico antigo: Gautar; em germânico comum: gautoz*) foram uma tribo germânica, composta por uma amálgama de grupos e clãs com diversos líderes, que habitou parte da atual Gotalândia, na Suécia. Tinham como base territorial a bacia do rio Gota e as férteis planícies da Gotalândia Ocidental junto aos grandes lagos Veter e Vener, de onde teriam expandido para a Gotalândia Oriental, Dalslândia e Varmlândia. Foi na Gotalândia que se desenvolveram inicialmente as instituições monárquicas, clericais e administrativas da futura Suécia.[1][2][3][4][5][6][7]

A Suécia no século XII
  Gautas (Götar)
  Suíones (Svear)
  Gutas (Gutar)

O nome editar

A historiografia moderna sueca vê o termo proto-histórico Götar como uma designação dos antigos habitantes das províncias históricas suecas da Västergötland e da Östergötland, e até mesmo da Dalsland e da Värmland. Mais do que um povo, no sentido moderno do termo, dispondo de identidade étnica, língua e território comuns, o termo pode indicar grupos populacionais dispersos na região à volta do rio Gota, organizados em clãs com relações de soberania baseadas em fidelidade e sujeição aos "grandes senhores". Os nomes götar, göter, gautar, gutar e goter podem ter uma raiz comum germânica, significando "os homens". Como comparação, o nome do outro povo da Suécia - os Svear - poderiam significar inicialmente "os próprios".[6][8][9][10][11][12]

Nos tempos medievais, göt-göte-göta podia designar alguém ou algo com uma conotação à tribo dos götar ou alguém ou algo da Gotalândia. Um rei gauta (götakung) podia ser um rei conotado à tribo dos gautas ou um rei com base na Gotalândia. Por ex.: Siggeir (rei lendário da Gotalândia na Saga dos Volsungos) e Gizur (rei lendário da Gotalândia na Saga de Hervör).[13] Nos tempos modernos, göt-göte-göta é usado para designar algo com ligação à Gotalândia ou até a toda a Suécia. Por ex.: Göta hovrätt (tribunal de apelação da maior parte da Gotlândia), Göta kanal (canal através da Gotalândia), Göta livgarde (antigo regimento de infantaria sediado em Estocolmo), Göta artilleriregemente (antigo regimento de artilharia em Gotemburgo).[6]

Gautas e Godos editar

Apesar da semelhança das palavras, não há motivos históricos comprovados para associar os Gautas da Suécia aos Godos da Europa Continental (em gótico: Gut-þiuda). Um ou outro grupo da Escandinávia pode ter feito parte dos exércitos dos godos, mas que os godos como povo ou "comunidade de povos" tivesse uma origem na Escandinávia parece ser uma ideia sem suficiente fundamento histórico. [14][15][16][17][18][19][20][21]

Por consequência, não há evidência histórica, arqueológica ou linguística que sustente a lenda dos "Godos da Escandinávia". Há todavia um mito de origem cultivado desde a Idade Média até ao século XIX, desenvolvido pelo movimento cultural patriótico do Goticismo, segundo o qual os Godos seriam originários da região histórica da Gotalândia e da ilha da Gotlândia.[14][22][5][23]

Gautas e Geatas editar

Igualmente, foi objeto de mito a biografia fantasiosa do lendário rei Beovulfo, protagonista do poema anglo-saxão homônimo. Nesta obra de ficção, Beovulfo é apresentado como membro da tribo dos Geatas (em inglês antigo: Geátas), um povo de marinheiros, de difícil identificação, fazendo lembrar os Jutos da Dinamarca, os Gutas da ilha da Gotlândia, ou os olandeses da ilha da Olândia, mas não os continentais Gautas da Gotalândia na Suécia.[24]

Diferentes teorias propõem que estes Geatas poderiam ter sido os Jutos (ou mesmo os Danos) da Dinamarca, os Gautas da Gotalândia na Suécia (tanto Gotas Ocidentais - Västgötas, como Gotas Orientais - Östgötas), os Gutas da ilha da Gotlândia, os olandeses da ilha da Olândia, ou até mesmo os Getas da Europa Oriental. Não há uma resposta a esta questão, mas não seria impossível que o autor inglês, não conhecendo muito bem a geografia e os povos da Escandinávia, tivesse criado um personagem, de um povo inventado, numa região inventada, embora com bastantes semelhanças com a Escandinávia.[25]

Os Gautas, os Suíones e a Suécia editar

O significado dos termos gautas e suíones (götar e svear) variou através dos tempos e das fontes referenciais. Tanto podiam designar vagamente comunidades étnicas e linguísticas, como clãs de líderes dominantes, como ainda todos os habitantes daquilo que mais tarde recebeu o nome de Suécia. Igualmente, está rodeado de incertezas o relacionamento destes grupos com os termos usados por viajantes e cronistas estrangeiros. O cenário desta épocas era protagonizado por uma série de pequenos reinos, com autonomias e dependências variadas, evoluindo à mercê de poderios e alianças militares variáveis e instáveis.[26][27][28]

Não se sabe como foi o processo de unificação entre os suíones e os gautas, pois não há documentos contemporâneos e as fontes históricas existentes são tardias e estrangeiras. Antigamente pensava-se que o processo tinha sido violento, caracterizado por hostilidades entre os dois povos. Hoje em dia, os historiadores inclinam-se para uma integração fundamentalmente pacífica, com um ou outro conflito armado, mas principalmente através de relações comerciais e casamentos, e através da introdução do cristianismo e da cultura medieval europeia na região.[29][28]

Quando e como teve lugar a fundação do estado sueco, quem foi o primeiro rei, são duas perguntas sem resposta definitiva, embora haja opiniões e conjeturas mais ou menos fundamentadas.[28][30][31]

 
A Suécia após o Tratado de Rosquilda, 1658.

História editar

Referências históricas aos Gautas editar

  • O naturalista romano Plínio, o Velho, menciona na História Natural do século I, escrita em latim, um povo designado pelo termo latino gutões (gutones).[32]
  • O geógrafo grego Ptolemeu (em Alexandria, no século II, na sua obra "Geografia") cita um povo de uma pequena ilha a leste da península dinamarquesa da Jutlândia pelo nome grego gutas (goutai). Talvez uma referência aos gautas da Gotalândia, talvez uma referência aos gutas da ilha da Gotlândia.[33][5][34][35][36]
  • O historiador bizantino Procópio, no século VI, cita pelo termo grego gautos (gautoi) o povo mais numeroso da ilha de Thule - talvez a Escandinávia, e localiza-os no sul da ilha.[37][38]
  • O historiador bizantino Jordanes, no século VI, escreve na sua obra Gética que havia 28 tribos, algures na Escandinávia, entre os quais os gauthigoth, os ostrogoth e os vagoth, possivelmente com conotação aos gautas ocidentais (habitantes da Gotalândia Ocidental), gautas orientais (habitantes da Gotalândia Oriental) e gutas (habitantes da ilha da Gotlândia), e hipoteticamente correspondendo a três povos chamados gautigodos (gautigoth), ostrogodos (ostrogothae) e valagodos (vagoth).[39][40]
  • O historiador alemão Adão de Brema, no século XI, na sua obra Gesta Hammaburgensis Ecclesiae Pontificum, diz que os gotos (gothi) viviam junto ao rio Gota, e que eles eram cristãos, ao contrário dos suíones. Além disto, Adão refere a povoação de Skara na Gotalândia Ocidental.[41]
  • O historiador dinamarquês Saxão Gramático, no século XII, escreve sobre os gautas da Gotalândia e sobre o rei dos gautas, na sua obra Feitos dos Danos.[42]

Gotalândia - A Terra dos Gautas editar

Embora de impossível demarcação a partir das referências históricas, podemos concluir que os Gautas viviam no interior da Gotalândia - as terras ao redor do rio Gota, tanto na Västergötland como na Östegötland, e possivelmente em outras zonas adjacentes da Värmland, Dalsland e Småland.[41][43]

Não há notícia de ter havido uma unidade política na Gotalândia. Enquanto que Pontus Fahlbeck pensa que nunca houve uma união entre a Gotalândia Ocidental e Gotalândia Oriental, Knut Stjerna julga que o reino dos Gautas incluía as duas regiões. Na Idade Média havia duas leis provinciais distintas - a Lei da Gotalândia Ocidental e a Lei da Gotalândia Oriental, e duas dioceses distintas - em Skara e em Lincopinga.[44]

Idade do Ferro editar

As referências aos gautas da Idade do Ferro até a Era Viquingue são poucas, vagas e incertas. O historiador Jordanes e a obra Beovulfo citam grupos étnicos com possível associação aos gautas. Algumas poesias escáldicas noruego-islandesas apontam os gautas, suíones e danos como adversários dos noruegueses.[45][46]

Era Viquingue editar

No início da Era Viquingue (800–1050), os gautas estavam confinados ao interior da Gotalândia, tendo um carácter continental. Habitavam particularmente a região situada entre os lagos Veter e Vener, com concentração apreciável nas áreas de Falcopinga e Husaby, e não tinham acesso ao mar, devido à presença dos Danos na faixa costeira.[30]

Possíveis referências aos Gautas podem ser encontradas em:

Idade Média editar

No início da Idade Média da Suécia (1050-1521), os suíones eram os habitantes do "país de Nordanskog", as terras a norte das florestas assustadoras e impenetráveis de Tiveden e Kolmården, e os gautas eram os habitantes do "país de Sunnanskog", as terras a sul dessa duas florestas. Enquanto os suíones ainda eram pagãos, os gautas já tinham adotado o cristianismo e a cultura feudal da Europa continental. Nesses tempos conturbados, gautas e suíones ainda tinham por vezes os seus respetivos reis. Vários investigadores veem precisamente as lutas dinásticas do início da Idade Média em termos de conflitos com conotações a gautas e suíones. Na batalha de Sparrsätra em 1247, os rebeldes, conotados aos suíones, teriam sido derrotados pelas forças reais, conotadas aos gautas, tendo então os camponeses da Uplândia, conotados aos suíones, "perdido a sua liberdade e isenção de impostos".[47][48]

Os Gautas viviam, tradicionalmente, divididos em pequenos reinos sem importância, que tinham suas próprias assembleias populares independentes e suas leis. O maior desses distritos era Gotalândia Ocidental, e que era onde deu-se o maior dos redutos ou centros de reuniões dos Gautas, que tinha seu corpo de decisão, formado dentre os cidadãos, renovado a cada ano em Skara. Ao contrário dos Suíones, que se organizaram em centenas, os Gotas se dividiam, a exemplo dos noruegueses e dinamarqueses, em pequenos grupos. Surpreendentemente, ele seria (o nome "Geata") que se tornaria comum no reino sueco. Esta possibilidade é relacionada com o fato de que vários reis suecos na Idade Média, provinha, dos Gautas e que viviam, por vezes, principalmente em Gotalândia.[carece de fontes?]

No século XI, a dinastia sueca Casa de Munsö foi extinta com Emundo, o Velho. Surgiu a Casa de Estenquilo com a eleição de Estenquilo, um Geata, Rei da Suécia, os Gautas tornam-se então um grupo ainda mais influente no reino nascente da Suécia, agora como um reino cristão. No entanto, esta eleição mergulhou o reino em conflitos entre cristãos e pagãos, entre Gautas e Suíones. Os Gautas tendiam cada vez mais para o cristianismo, e os suíones pendiam para o retorno ao paganismo, isto se dava porque o rei cristão Ingo I da Suécia fugiu para Gotalândia Ocidental, quando ele foi derrubado e substituído no trono por Sueno I, um rei mais favorável o paganismo nórdico, no início de 1080. Inge I retornou para retomar o trono e reinou até à sua morte por volta de 1100.[carece de fontes?]

Os Gautas não foram tratados como iguais pelos Suíones. Em seu Feitos dos Danos (livro 13), do século XII, o cronista dinamarquês Saxão Gramático relata que não foram levados em conta ao escolher um rei, com apenas os Suíones podendo escolher. Quando a Lei da Gotalândia Ocidental foi transcrita para o papel no século XIII, fora recordado que os Gautas haviam aceitado a eleição dos Suíones conforme mencionado na Pedra de Mora. [nota 2][carece de fontes?]

A distinção entre Gautas e Suíones foi mantida durante Idade Média, mas os Gautas passaram a ter uma crescente importância nas reivindicações de grandeza nacional no Reino Sueco. Acreditava-se que godos e gautas tinham uma mesma tribo originária, e os gautas faziam parte do Reino da Suécia, isto significa que os suecos tinham derrotado o Império Romano. A primeira menção desta avaliação surgiu no Concílio de Basileia, em 1434, durante o qual, a delegação sueca discutiu com os espanhóis sobre quem, entre eles eram os autênticos godos. Os espanhóis argumentaram que era melhor ser descendente dos visigodos que de seus parentes que permaneceram na Escandinávia.[carece de fontes?]

Idade Moderna editar

Após o século XV e a União de Calmar, os Gautas e Suíones começaram a se ver [em conjunto] como uma nação, o que se refletiu no uso de svensk como um topônimo comum e que tornou-se, originalmente, um adjetivo usado para se referir àqueles pertencentes às tribos suecas, que se autodenominavam swear. Desde o início de seu emprego no século IX, o termo swear (jurar) era impreciso já que era usado quando em referência às tribos suecas originais e às vezes era empregado como um termo coletivo com o qual se incluía também os Godos, e neste último caso, no trabalho de Adão de Brema, os Godos aparecem como uma nação própria, a qual fazia parte do reino sueco. No entanto, a assimilação das duas nações levou um longo tempo. No início do século XX, a enciclopédia Nordisk familjebok mencionava que a palavra "svensk" havia quase substituído a palavra "Svear" usada para nomear o povo sueco.[carece de fontes?]

Informações contíguas editar

Sobre a tradução do poema épico Beovulfo, os Godos foram confundidos, em vários momentos, com os jutos da Dinamarca. Embora o mesmo poema faz uma distinção entre os jutos aos quais Beovulfo ia acudir, na primeira parte [do poema] e os Godos. Destes últimos [os Godos] era originário o herói épico e a eles se encontra ele governando, na segunda parte do poema, quando enfrenta um dragão. O parafonia entre godos, gautas, gutas (guter, Gotar, göttar) e jutos (juther, Jyl (lander)) e a contiguidade dos primeiros territórios que estes grupos étnicos habitaram na Escandinávia, assim como a filologia de suas respectivas línguas, assinalam uma clara proximidade e uma provável origem comum, antes das invasões bárbaras que ocorreram entre os séculos III e V.[carece de fontes?]

Vínculo entre gautas, gutas e godos editar

Diferentes opiniões imperam entre historiadores, arqueólogos e linguistas sobre se há ou não um vínculo entre os Gautas, os Gutas e os Godos.[16][49] A primeira referência histórica aos Godos (goter) é feita na obra Germânia do historiador romano Tácito, no século I, que os coloca na região do Vístula na atual Polónia.[50] 400 anos mais tarde, o historiador bizantino Jordanes afirma na sua obra Gética, datada do século VI, que os godos eram originários da Escandza, uma ilha do Mar Báltico ao norte do rio Vístula na Polónia - referindo-se talvez à ilha da Gotlândia ou à região da Gotalândia da Escandinávia.[51][52]

O documento medieval gotlandês Saga dos Gutas – redigido no século XIII, conta que um terço da população da Gotlândia migrou para o sul numa época distante e remota.[53] Num documento medieval islandês - Sögubrot Af Nokkrum Fornkonungum Í Dana Ok Svíaveldi - são designados de gotas os habitantes da Gotlândia, e igualmente de gotas os Godos da Europa Continental.[54]

O historiador sueco contemporâneo Dick Harrison afirmou na História da Suécia: Idade Média (Sveriges Historia), publicada em 2009, que não há nenhuma conexão historicamente comprovada entre os Godos e os suecos antigos, sendo "este mito impossível de verificar".[49] Lars Gahrn, um historiador sueco, afirmou, em 1988, na sua obra O Reino dos Suíones, fontes e descrição histórica (Sveariket i källor och historieskrivning), que considera "muito fraca a motivação de uma migração dos Godos da Escandinávia para a Polónia".[17] O investigador sueco Tore Janson constata no seu livro Os Germanos (Germanerna) que, apesar dos esforços feitos, não foram encontrados vínculos históricos ou arqueológicos entre Godos e Gotas.[55] O germanista sueco Lars Hermodsson considera, no seu livro Os Godos (Goterna) que não há motivos históricos comprovados para associar os gotas da Suécia aos godos da Europa Continental.[16]

Ver também editar

Notas

  1. Jarl Ottar ou Ottar Jarl (-? 970) foi um jarl (conde) de Gotalândia que aparece no Heimskringla (a Saga de Olavo Tryggvasson) e na Saga do Viquingue de Jomsburgo, nesta última é dito que Otar foi o avô materno do viquingue de Jomsburgo, Palnetoke. No Heimskringla, Snorri Sturluson relata que Haakon Sigurdsson, durante um ataque a Gotalândia, a mando de Haroldo Dente-Azul, matou o conde Otar.
  2. "Sveær egho em taka ok sva konong vrækæ, o que significa dizer São os Suíones os que têm o direito de eleger e depor o rei.", possivelmente no sentido de que os Suíones tinham direito de veto, numa altura em que os reis eleitos tinham curiosamente as suas raízes na "Terra dos Gautas" (Gotalândia).

Referências

  1. Gahrn 1988, p. 73.
  2. Melin 2006, p. 28; 55.
  3. Kraft 2015, p. 200.
  4. Ljungqvist 2015, p. 118-119.
  5. a b c Lund 2017.
  6. a b c DAC 1929.
  7. Harrison 2002, p. 62.
  8. Harrison 2002, p. 55-59.
  9. Larsson 1999, p. 50-52.
  10. Burenhult 2000, p. 289-291.
  11. Hellquist 1922.
  12. Hellquist 1922a.
  13. Dalström 1905, p. 47.
  14. a b Harrison 2010.
  15. Enciclopédia Nacional Sueca.
  16. a b c Hermodsson 1993, p. 23-26.
  17. a b Gahrn 1988, p. 82.
  18. Harrison 2009, p. 25.
  19. Janson 2013, p. 23.
  20. Stenroth 2002, p. 16.
  21. Johansson 2010.
  22. Larsdotter 2001.
  23. Wessén 1969, p. 22; 25.
  24. Moberg 1944, p. 168-170.
  25. Gillingstam 1996.
  26. Lindkvist 2006, p. 32-35.
  27. Welinder 2009, p. 445.
  28. a b c Larsson 2004, p. 140.
  29. Fahlbeck 1884.
  30. a b Melin 2006, p. 38.
  31. Larsson 1999, p. 9-57.
  32. Wessén 1969, p. 21; 36.
  33. Gahrn 1988, p. 60.
  34. Davis 2001.
  35. Larsson 2002, p. 12-13.
  36. Hermanson 2004, p. 12.
  37. Gahrn 1988, p. 61.
  38. Wessén 1969, p. 15.
  39. Gahrn 1988, p. 61-64.
  40. Christensen 2002, p. 285; 289.
  41. a b Gahrn 1988, p. 65-66.
  42. Gahrn 1988, p. 67.
  43. Andersson 1996, p. 33-45.
  44. Gahrn 1988, p. 73-75.
  45. Hyenstrand 2007, p. 23.
  46. Sawyer 1991, p. 12-13.
  47. Lindström 2006.
  48. Thorbjörnsson 2016.
  49. a b Harrison 2002, p. 25.
  50. Janson 2013, p. 22.
  51. Janson 2013, p. 22-23.
  52. Jordanes 1997, III.16-24; IV.25; V.30-36; XVII.94-96; XXIV.121.
  53. Gannholm 1994, p. 98-99.
  54. Borovsky 2000.
  55. Janson 2013, p. 23; 239.

Bibliografia editar

  • Andersson, Thorsten (1996). «Götar». Från götarna till Noreens kor (em sueco). Upsália: Ortnamnsarkivet i Uppsala 
  • Burenhult, Göran (2000). «Europa och Norden». Arkeologi i Norden. 2 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. 540 páginas. ISBN 91-27-07823-X 
  • Christensen, Arne Søby (2002). Cassiodorus, Jordanes and the History of the Goths: Studies in a Migration Myth. Copenhague: Museum Tusculanum Press. ISBN 8772897104 
  • «Goter» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca 
  • Gahrn, Lars (1988). «Västgötaskolan». Sveariket - i källor och historieskrivning (em sueco). Gotemburgo: Kompendietryckeriet, Kållered. 358 páginas. ISBN 91-7900-550-0 
  • Gannholm, Tore (1994). Guta lagh med gutasagan. Stånga: Ganne Burs. ISBN 91-972306-1-8 
  • Gillingstam, Hans (1996). «Ottar "vendelkråka"» (em sueco). Riksarkivet - Svenskt biografiskt lexikon (Arquivo Nacional da SuéciaDicionário Biográfico Sueco) 
  • Harrison, Dick (2002). Sveriges historia medeltiden (em sueco). Estocolmo: Liber. 384 páginas. ISBN 91-47-05115-9 
  • Harrison, Dick (2009). «Medeltiden». Sveriges historia: 600-1350 (em sueco). Estocolmo: Norstedt. ISBN 978-91-1-302377-9 
  • Hellquist, Elof (1922). «Göt eller Göte» (em sueco). Projekt Runeberg - Svensk etymologisk ordbok (Projeto Runeberg - Dicionário etimológico sueco - Arquivo Nacional da Suécia) 
  • Hellquist, Elof (1922a). «Svear» (em sueco). Projekt Runeberg - Svensk etymologisk ordbok (Projeto Runeberg - Dicionário etimológico sueco - Arquivo Nacional da Suécia) 
  • Hermodsson, Lars (1993). «Om goternas urhem». Goterna: Ett krigarfolk och dess Bibel (em suco). Estocolmo: Atlantis. ISBN 91-7486-060-7 
  • Hyenstrand, Åke; Svanberg, Jan; Hyenstrand, Eva Bergström (2007). Arns rike - bäst utan Arn. Skara: Västergötlands fornminnesförening isbn=978-91-633-2031-6 
  • Janson, Tore (2013). «Myten; Historien». Germanerna. Myten – Historien - Språken (em sueco). Estocolmo: Norstedts. 239 páginas. ISBN 9789113032863 
  • Kraft, John (2015). «Sveariket». Svearnas land (A terra dos Suíones). Bosättning och samhällsorganisation i Mälardalen under yngre järnåldern (População e organização social no Vale do Malar no início da Idade do Bronze) (em sueco). Västerås: P. O. Flodbergs förlag. ISBN 9789198276305 
  • Larsson, Hans Albin (1999). «Medeltiden». Boken om Sveriges historia (em sueco). Estocolmo: Forum. 344 páginas. ISBN 9789137114842 
  • Larsson, Mats G. (2002). «Den lilla ön vid världens utkant». Götarnas riken (Os reinos dos gautas) (em sueco). Estocolmo: Atlantis. ISBN 91-7486-641-9 
  • Lindkvist, Thomas; Sjöberg, Maria (2006). «Götar och svear». Det svenska samhället 800-1720 (em sueco). Lund: Studentlitteratur. 476 páginas. ISBN 91-44-01181-4 
  • Lindström, Fredrik; Lindström, Henrik (2006). «De äkta folkungarna» (em sueco). Populär Historia 
  • Ljungqvist, Fredrik Charpentier (2015). «Sociala och rättsliga förhållanden (Condições sociais e jurídicas)». Den långa medeltiden (A longa Idade Média) (em sueco). Estocolmo: Dalogos. ISBN 978-91-7504-279-4 
  • Lund, Niels (2017). «Göter». Den Store Dansk – Grande Enciclopédia Dinamarquesa (em dinamarquês). Copenhague: Gyldendal 
  • Melin, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (2006). «Vikingatiden». Sveriges Historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. ISBN 9789151846668 
  • Moberg, Ove (1944). «Svenska rikets uppkomst». Fornvännen (Journal of Swedish Antiquarian Research) (em sueco). 39 
  • Sawyer, Peter; Sawyer, Birgit (1991). När Sverige blev Sverige. Alingsås: Viktoria Bokförlag. ISBN 91-86708-12-0 
  • Stenroth, Ingmar (2002). «Sveriges själ». Myten om goterna. Från antiken till romantiken (em sueco). Estocolmo: Atlantis. 203 páginas. ISBN 91-7486-614-1 
  • Welinder, Stig (2009). «Götarna och svearna». Sveriges Historia 13 000 a.C.-600 d.C. (em sueco). Estocolmo: Norstedts. 502 páginas. ISBN 978-91-1-302376-2