Um golpe palaciano é uma espécie de golpe de Estado pelo qual um governante ou um setor do governo é removido por forças pertencentes ao mesmo governo, sem seguir as normas legais estabelecidas para a substituição das autoridades. É bastante comum a existência de golpes palacianos em ditaduras decorrentes de golpes de Estados.

Origem editar

Como o próprio nome indica, a denominação provém das lutas internas dos governos monárquicos, para deslocar autoridades que ocupavam posições importantes nos "palácios".

Características editar

A característica principal de um golpe palaciano é a continuidade geral do regime, mesmo se o golpe resulte em uma mudança substancial na direção. O golpe palaciano geralmente mantem uma aparência de continuidade ou mudança produzida normalmente, muitas vezes com renúncias ou nomeações encobertas que aparecem como legais, mas que na verdade foram forçadas. Outra característica mais recente é o financiamento externo por parte de governos e empresas.[1]

Referindo-se aos golpes palacianos produzidos na Argentina sob os governos militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado, Pellet Lastra explica a diferença entre os dois conceitos:

Embora, geralmente, sejam movimentos realizados com a mínima exposição pública - isto é, restritos aos próprios membros do governo - os golpes palacianos algumas vezes podem contar com uma considerável participação cívica .[2]

Referências

Ver também editar