Grete Waitz (Oslo, 1 de outubro de 195319 de abril de 2011) foi uma atleta e fundista norueguesa. Uma das maiores maratonistas do mundo, foi nove vezes campeã da Maratona de Nova York, campeã mundial em Helsinque 1983, vice-campeã olímpica em Los Angeles 1984 e quatro vezes recordista mundial da prova.

Grete Waitz
Grete Waitz
Informações pessoais
Modalidade Atletismo
Nascimento 1 de outubro de 1953
Oslo, Noruega
Nacionalidade Noruega norueguesa
Morte 19 de abril de 2011 (57 anos)
Oslo, Noruega
Compleição Peso: 54 kg • Altura: 1,72 m
Conquistas
Maratona de Nova York 1978 – 1983, 1984 – 1986, 1988
Maratona de Londres 1983, 1986
Medalhas
Jogos Olímpicos
Prata Los Angeles 1984 maratona
Campeonatos Mundiais
Ouro Helsinque 1983 maratona

Biografia editar

Nascida Grete Andersen, ela começou no atletismo internacional em provas de meio-fundo, correndo os 1500 metros nos Jogos Olímpicos de Munique, aos 19 anos, em 1972, depois de se tornar várias vezes campeã nacional juvenil da Noruega nos 800 metros e 1500 m. Em 1975, quebrou o recorde mundial adulto dos 3000 metros, com a marca de 8:46.6, em Oslo, marca que abaixou novamente no ano seguinte para 8:45.4.[1]

Passando para a maratona no final da década, disputou sua primeira prova nesta distância em Nova York, 1978, vencendo a corrida e quebrando em dois minutos o recorde mundial então vigente da alemã-ocidental Christa Vahlensieck e sendo a primeira mulher a baixar da marca de 2h30min no ano seguinte, iniciando um domínio que duraria por vários anos na maratona feminina, vencendo mais oito vezes em Nova York e a Maratona de Londres por duas vezes. Em 1983, conquistou a medalha de ouro no primeiro Campeonato Mundial de Atletismo, disputado em Helsinque, na Finlândia.[1]

Favorita destacada à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, depois do boicote feito pela Noruega aos Jogos de Moscou em 1980, Grete viu a medalha escapar com a vitória da norte-americana e amiga Joan Benoit, conquistando a medalha de prata, na única maratona que não venceu enquanto esteve no auge de sua carreira.[2] Em 1988 competiria novamente, em Seul 1988, mas já então sofrendo de várias contusões no joelho, teve que abandonar a corrida.

Após abandonar o atletismo de alto nível, Grete se dedicou a promover corridas femininas em todo o mundo e participou de seminários esportivos e sobre saúde. Heroína nacional de seu país, tem uma estátua na entrada do estádio de atletismo de Bislett, o mais famoso de Oslo e palco da quebra de diversos recordes internacionais, e já foi estampada em diversos selos.[2]

Em novembro de 2008, ela foi condecorada pelo rei Haroldo V com a Real Ordem Norueguesa de Santo Olavo, Primeira Classe, por sua carreira e por ser um importante modelo para outros atletas.[3]

Grete Waitz morreu em 19 de abril de 2011, aos 57 anos, vítima de um câncer.[4] Foi enterrada com honras de estado, a sexta mulher na história da Noruega a obter essa honraria.[5]

Citação editar

Nunca mais vou fazer essa estupidez de novo.
— Grete Waitz, jogando seus tênis de corrida no marido, que a incentivou a correr uma maratona durante a lua de mel dos dois nos Estados Unidos, após cruzar a linha de chegada da Maratona de Nova York de 1978, a primeira que correu na vida, quebrando o recorde mundial.[2]
Eu perdi uma mentora e um modelo.
— Joan Benoit, primeira campeã olímpica da maratona, sobre Grete Waitz[2]

Referências

  1. a b «Grete Waitz—Role Model, Friend, and Pioneer of Modern Day Women's Running». MagicStep. Consultado em 14 de julho de 2012 
  2. a b c d «Grete Waitz, Marathon Champion, Dies at 57». The New York Times. Consultado em 14 de julho de 2012 
  3. «Grete Waitz perfil». IAAF. Consultado em 14 de julho de 2012 
  4. «Morre ex-atleta norueguesa nove vezes campeã da Maratona de NY». GloboEsporte.com. 19 de abril de 2011. Consultado em 19 de abril de 2011 
  5. «Grete Waitz får begravelse på statens regning» (em Norwegian). Verdens Gang. 21 de abril de 2011. Consultado em 21 de abril de 2011 

Ligações externas editar

 
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