Hanns Eisler (Leipzig, 6 de julho de 1898Berlim, 6 de setembro de 1962) foi um compositor alemão.

Hanns Eisler
Hanns Eisler
Nascimento 6 de julho de 1898
Leipzig
Morte 6 de setembro de 1962 (64 anos)
Berlim Leste
Sepultamento Dorotheenstädtischer Friedhof
Cidadania Áustria-Hungria, República de Weimar, Estados Unidos, Alemanha Oriental
Progenitores
  • Rudolf Eisler
Filho(a)(s) Georg Eisler
Irmão(ã)(s) Gerhart Eisler, Ruth Fischer
Alma mater
Ocupação compositor, roteirista, professor universitário, compositor de bandas sonoras, músico
Prêmios
  • Prêmio Nacional da Alemanha Oriental
Empregador(a) Escola Secundária de Música Hanns Eisler
Obras destacadas Auferstanden aus Ruinen, sinfonia
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio
Hanns Eisler en 1950

Com três anos de idade se transfere para Viena, onde passa a infância e a juventude, tendo sido discípulo de teoria e composição musical de Arnold Schönberg e de Anton Webern. A assim chamada Segunda Escola de Viena, ou Escola de Schönberg, é composta pelo mestre e seus três principais alunos: Webern, Alban Berg e Hanns Eisler, não obstante este último ter composto também em outros estilos ou poéticas musicais. Em 1925, Eisler se transfere para Berlim, e, em 1933, por sua militância política próxima ao Partido Comunista, se vê obrigado a fugir do nazismo e partir para o Exílio (tendo passado a maior parte do tempo no México e em especial na Califórnia, Estados Unidos). Em 1949, perseguido pelo macarthismo e tendo sido chamado de "Karl Marx da música" pelo seu inquisidor, é expulso dos EUA e regressa à Alemanha então ainda em ruínas, estabelecendo-se em Berlim Oriental (capital da recém fundada República Democrática Alemã - DDR ) até sua morte. Sua obra musical abrange repertório sinfônico, de câmara, cerca de 400 canções, e ainda vasta produção para cinema e teatro, destacando-se sua parceria com o grande poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Em 1949, com letra de Johannes R. Becher, então ministro da cultura, compôs o hino da antiga República Democrática Alemã.

Fases na carreira editar

1.ª fase (Viena, até 1923) editar

Obras de Juventude - São as primeiras tentativas de composição de Eisler. Caracteriza-se por uma linguagem tonal do romantismo tardio. Destacam-se as Cinco peças para piano, Três canções para orquestra - com textos de Li Tai-Pe e Klabund e uma série de canções para canto e piano.

2.ª fase (Viena, 1923-1925) editar

 
Hanns Eisler en 1917

Escola de Viena de Schönberg - São as obras compostas imediatamente após os quatro anos consecutivos de aulas com Schönberg (1919-1923). Embora Eisler tenha sido aluno também de Webern, sua linha de composição - principalmente na concepção temporal da forma - é de fato mais próxima ao próprio Schönberg. Caracteriza-se pelo atonalismo livre ou já pelo uso de técnicas seriais. Destacam-se as Sonata Nr. 1 Op. 1 (1923) e a Sonata Nr. 2 Op. 6 (1924) para piano, as Seis canções para canto e piano Op. 2 (1922-23), o Divertimento para quinteto de sopros Op. 4 (1923), Palmström Op. 5 (1924) - paródia do Pierrot Lunaire, Duo para Violino e Violoncelo Op. 7 (1924), as Quatro peças Op. 3 (1923) e as Oito peças Op. 8 (1925) para piano.

Obras de transição editar

Da fase schönbergiana para o neoclassicismo politicamente engajado, Eisler compõe 4 obras satíricas. A cantata Tagebuch Op. 9 (1926), as canções dos Recortes de Jornal Op. 11 (1925-27) - obras primas da modernidade musical - e duas obras corais: as Três peças para coro masculino Op. 10 (1925) e as Quatro peças para coro misto Op. 13 (1928-29). As duas primeiras estão, estilisticamente, ainda mais inseridas na 2a. fase e as duas últimas, na 3a. fase.

3.ª fase (Berlim, 1926-1933) editar

Neoclassicismo politicamente engajado - Na sua maior parte, são obras engajadas nos movimentos político-artísticos de esquerda. Caracteriza-se pela retomada do sistema tonal e pelo emprego do desenvolvimento temático como configuração formal. São desta fase suas melhores canções de luta. Início do trabalho como compositor para cinema e teatro. O trabalho conjunto com Bertolt Brecht torna-se uma importante referência. Destacam-se as obras: As cantatas Tempo do Tempo Op. 16 (1929) e A mãe Op. 25 (1931). As peças corais Para cantar na rua Op. 15 (1928) para coro misto, Dois Corais Masculinos Op. 17 (1929), Duas peças Op. 19 (1929) para coro masculino e as Duas peças para coro masculino Op. 21 (1930). As peças para canto e piano Seis baladas Op. 18 (1929-30), Quatro baladas Op. 22 (1930), a Balada do Soldado Op. 39 (1928) com texto de Brecht, Seis Canções Op. 28 (1929-31) e as Quatro Canções para uma mãe operária Op. 33 (1932). Suas peças para piano Dezoito pequenas peças para piano Op. 31 (1932) e as Sete peças para piano Op. 32 (1932). Inúmeras composições para teatro, como A medida Op. 20 (1930) e para cinema, que depois foram transformadas em suítes para orquestra, como a Suíte Nr. 2 Terra de ninguém Op. 24 (1931), Suíte Nr. 3 Kuhle Wampe Op. 26 (1931-32) e a Suíte Nr. 4 A juventude tem a palavra Op. 30 (1932). Paralelamente, Eisler continua compondo obras seriais. Exemplo disso é a Pequena Sinfonia Op. 29 (1932), esteticamente ainda ligada à sua 2a. fase.

4.ª fase (Exílio, 1933-1948) editar

Entre o Neoclassicismo e Escola de Schönberg - Eisler permanece vários anos sem residência fixa, passando por vários países da Europa e no México, até se estabelecer nos Estados Unidos, em 1938. Nesta fase, Eisler retoma a linha da Escola de Schönberg em algumas obras, prossegue no desenvolvimento de sua tendência neoclássica em outras, assim como através da composição de canções, redescobre a tradição do Lied alemão. É desta fase, a maior parte de sua produção camerística, ora ligada à Escola de Schönberg, onde frequentemente utiliza-se de técnicas seriais, ora com o emprego de formas neoclássicas. Destacamos: Prelúdio e Fuga sobre B-A-C-H Op. 46 (1934), Sonata para flauta, oboé e harpa Op. 49 (1935), Sonata para violino e piano - Sonata Viagem (1937), Quarteto de cordas (1938), Noneto Nr. 1 (1939), Septeto Nr. 1 Variações sobre canções infantis do folclore norte-americano Op. 92 (1940), Noneto Nr. 2 (1941), Quatorze maneiras de descrever a chuva Op. 70 (1941), Sonata para piano Nr. 3 (1943) e o Septeto Nr. 2 - O circo - (1947). Um destaque especial merecem ainda os ciclos de canções, como as Elegias de Hollywood (1942) - além de inúmeras outras canções com textos de Brecht - e os Fragmentos de Hölderlin (1943). Por causa destas obras, Eisler se confirma como um compositor de Lied no Séc. XX de grande importância. Destacam-se também as séries de cantatas de câmara escritas em 1937 e as obras sinfônicas Sinfonia Alemã Op. 50 (1935-59) - sua maior obra, as Cinco peças para orquestra (1938-40) e a Sinfonia de Câmara Op. 69 (1940).

5.ª fase (Berlim, RDA, 1949-1962) editar

 
Pedra sepulcral de Hanns Eisler na Berlin

Fase jdanovista - A maior parte das obras desta fase serão compostas diretamente sob influência do "Discurso" (1948) de Jdanov, a política oficial stalinista para a música caracterizada pela "luta contra o formalismo e pelo realismo na arte". Já a produção de Eisler nesta fase se torna conservadora, tonal-convencional, com a utilização de formas mais tradicionais de hinos e canções populares alemãs, sobretudo retomando práticas do folclore alemão do século XIX. Neste sentido, o neofolclorismo torna-se a palavra-chave. Como exemplo disto temos: Rapsódia de Goethe (1949), Hino da República Democrática Alemã (1949), Novas canções populares alemãs (1950), e as cantatas Meio do Século (1950), Das Vorbild (1951-52), Os tapeceiros de Kujan-Bulak (1957) e os Quadros de uma Cartilha de Guerra (1957). Destacaríamos suas Canções Infantis com textos de Brecht (1950-51) assim como A canção distante - que faz parte das Novas canções populares alemãs, como obras mais bem sucedidas ainda que dentro da linha jdanovista. E ainda a cantata Lenda do surgimento do livro Taoteking no caminho de Laotse para a imigração (1957), retomando o estilo de suas cantatas de exílio, as satíricas Canções com textos de Kurt Tucholsky (1959-61), retomando o estilo de suas canções políticas dos anos 20, antes do trabalho conjunto com Brecht e os Cantos Sérios (1961-62), sua última obra. Eisler, aqui, apresenta em versão unitária, para barítono e orquestra de cordas, uma coletânea de canções, algumas novas, outras de fases anteriores, como as extraídas do ciclo Fragmentos de Hölderlin, como se ele pretendesse, já ciente da morte próxima, refletir retrospectivamente sobre sua própria vida e obra.

Obras editar

  • ADORNO, T.W.; EISLER, H.; Komposition für den Film. Leipzig: Deutscher Verlag für Musik, 1977. (Gesammelte Werke III/4)
  • BUNGE, HANS; EISLER, HANNS. Gespräche mit Hans Bunge - Fragen Sie mehr über Brecht. Leipzig: Deutscher Verlag für Musik, 1975 (Gesammelte Werke III/7).
  • EISLER, HANNS; BUNGE, HANS. Gespräche mit Hans Bunge - Fragen Sie mehr über Brecht. Leipzig, Deutscher Verlag für Musik, 1975. (Gesammelte Werke III/7)
  • EISLER, HANNS. Johann Faustus. Berlim, Henschelverlag Kunst und Gesellschaft, 1983.
  • EISLER, HANNS. Musik und Politik - Schriften 1924-1948. Leipzig, Deutscher Verlag für Musik, 1973. (Gesammelte Werke III/1)
  • EISLER, HANNS. Musik und Politik - Schriften 1948-1962. Leipzig, Deutscher Verlag für Musik, 1982. (Gesammelte Werke III/2)
  • EISLER, HANNS. Musik und Politik - Schriften Addenda. Leipzig, Deutscher Verlag für Musik, 1983. (Gesammelte Werke III/3)

Bibliografia editar

  • BETZ, ALBRECHT. Hanns Eisler - Musik einer Zeit, die sich eben bildet. Munique: text + kritik, 1976.
  • BRECHT, BERTOLT. Thesen zur Faustus Diskussion. In: Sinn und Form V. Berlim: 1953. Pág. 194.
  • BRECHT, BERTOLT. Was ist Formalismus (1953). In: Schriften zur Literatur und Kunst. Berlim / Weimar: Aufbauverlag, 1966, Bd. V. Pág. 328-342.
  • DAHLHAUS, CARL. Thesen über engagierte Musik. In: KOLLERITSCH, OTTO. Musik zwischen Engagement und Kunst. Graz: Universal, 1972.
  • DÜMLING, ALBRECHT. Lasst euch nicht verführen - Brecht und die Musik. Munique: Kindler, 1985.
  • HARRY. Gedanken über Hanns Eisler. In: Musik und Gesellschaft 8/58. Berlim: Henschelverlag, 1958. Pág. 352.
  • MANFRED. Hanns Eisler Kompositionen - Schriften - Literatur - Ein Handbuch. Leipzig: Deutscher Verlag für Musik, 1984.
  • MANFRED. Über Hanns Eislers Kammerkantaten. In: Musik und Gesellschaft 7/68. Berlim: Henschelverlag, 1968.
  • HEISTER, H.-WERNER; MAYER, GÜNTER. Thesen Politische Musik - Musikpolitik. In: Musik und Gesellschaft 1/84. Berlim: Henschelverlag, 1984. Pág. 2-10.
  • HENNENBERG, FRITZ. Hanns Eisler. 1.ed. Leipzig: Bibliographisches Institut, 1986.
  • JUNGHEINRICH, HANS-KLAUS. Musik und Realismus - Aspekte bei Hanns Eisler. In: KOLLERITSCH, OTTO. (ed.) Musik zwischen Engagement und Kunst. Graz: Universal, 1972. Pág. 69-79.
  • KOLLERTISCH, OTTO. Musik zwischen Engagement und Kunst. In: KOLLERTISCH, OTTO. (ed.) Musik zwischen Engagement und Kunst. Graz: Universal, 1972. Pág. 92-99.
  • KLEMM, EBERHARDT. Bemerkungen zur Zwölftontechnik bei Eisler und Schönberg. In: Sinn und Form XXI. Berlim: 1964.
  • EBERHARDT. Hanns Eisler - Für Sie porträtiert. Leipzig: Deutscher Verlag für Musik, 1973.
  • KLEMM. EBERHARDT. Zum Tode von Hans Bunge. In: Musik und Gesellschaft 7/90. Berlim: Henschelverlag, 1990. Pág. 399.
  • LOMBARDI, LUCA. Musica della rivoluzione - Hanns Eisler. Milão: Feltrinelli, 1978.
  • JOACHIM. Impuls zu literarischer Produktion Bertolt Brechts Verhältnis zur Musik. In: Musik und Gesellschaft 6/85. Berlim: Henschelverlag, 1985. Pág. 309-313.
  • MARKOWISKI, LIESEL. Hanns Eislers theoretisches Erbe. In: Weimarer Beiträge Sonderdruck Heft 7/1988. Weimar: 1988. Pág. 1076-1101.
  • LIESEL. Wege zu einer universellen Öffentlichkeit. In: Musik und Gesellschaft 9/87. Berlim: Henschelverlag, 1987. Pág. 451-460.
  • MAYER, GÜNTER. Adorno und Eisler. In: KOLLERITSCH, OTTO. (ed.) Adorno und die Musik. Graz: Universal, 1979. Pág. 133-155.
  • MAYER, GÜNTER. Musik aus kapitalistischen Ländern. In: MAINKA, J. e WICKE, P. (ed.). Wegzeichen - Studien zur Musikwissenschaft. Berlim: Neue Musik, 1985. Pág. 289-307.
  • GÜNTER; HEISTER, H.-WERNER. Thesen Politische Musik - Musikpolitik. In: Musik und Gesellschaft 1/84. Berlim: Henschelverlag, 1984. Pág. 2-10.
  • MAYER, GÜNTER. Weltbild-Notenbild - Zur Dialektik des musikalischen Materials. Leipzig: Reclam, 1978.
  • MAYER, GÜNTER. Revolução na Música - As vanguardas de 1200 e 2000. Relação entre vanguarda política e musical. In: Revista Música. Vol. 1 Nr. 1 - maio de 1990. São Paulo, Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 1990. Pág. 9-17.
  • MEYER, ERNST H. Geleitwort zur Zeitschrift Musik und Gesellschaft e Realismus im Musikschaffen. In: Musik und Gesellschaft Nr. 1. Berlim, Henschelverlag, março de 1951. Pág. 1 e 22.
  • MITTENZWEI, WERNER. Über das Wagnis und die Folgen, für das deutsche Publikum einen neuen “Faust” zu schreiben, unternommen von dem Komponisten und Dichter Hanns Eisler im Jahre 1953. In: EISLER, H. Johann Faustus. Berlim: Henschelverlag Kunst und gesellschaft, 1983. Nachwort. Pág. 115-147.
  • MÜLLER, HANS-PETER. Ein Genie bin ich selber - Hanns Eisler in Anekdoten, Aphorismen und Aussprüchen. 2.ed. Berlim: Neue Musik, 1984.
  • UND GESELLSCHAFT. (Revista alemã) Ed. Comem. dos 90 anos de Eisler. Textos de GRABS; SCHEBERA; HENNENBERG; KLEMM; RICCIARDI; SCHÜTZ; ANDERS. Berlim: Julho de 1988.
  • PHLEPS, THOMAS. Hanns Eislers "Deutsche Sinfonie" - Ein Beitrag zur Ästhetik des Widerstands. Kassel: Bärenreiter, 1988. (Kasseler Schriften zur Musik 1)
  • REBLING, EBERHARDT. Ein Blick in ein grosses Werk - Zum Liedschaffen Hanns Eislers. In: Musik und Gesellschaft 7/57. Berlim: Henschelverlag, 1957.
  • RICCIARDI, RUBENS. Jdanov, Brecht, Eisler e a Questão do Formalismo. In: REVISTA MÚSICA. São Paulo: Departamento de Música da ECA-USP, Vol. 8 – Nr.1-2 – maio - novembro de 1997. p.167-205.
  • SANTANA, ILMA ESPERANÇA DE ASSIS. O cinema operário na República de Weimar. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993.
  • SCHEBERA, JÜRGEN. Hanns Eisler. Berlim: Henschelverlag. Kunst und Gesellschaft, 1981.
  • SCHEBERA, JÜRGEN. Hanns Eisler im USA-Exil. Berlim: Akademie-Verlag, 1978.
  • SCHNEIDER, FRANK. Vorwärts (und) nicht vergessen. In: Musik und Gesellschaft 8/84. Berlim: Henschelverlag, 1984. Pág. 398-403.
  • STEPHAN, RUDOF. Kleine Beiträge zur Eisler - Kritik. In: KOLLERITSCH, OTTO. (ed.) Musik zwischen Engagement und Kunst. Graz: Universal, 1972. Pág. 53-68.
  • STRELLER, FRIEDBERT. Revolte und Aufbruch - Musikhistorische Studien zum Expressionismus in Deutschland. Halle: 1988. 218p. - 1. volume e 367p. - 2. volume. Dissertação (Dr. sc. phil.). Universidade Martin Luther de Halle-Wittenberg.
  • ZANI, HELOISA H.F. Hanns Eisler: As pequenas peças para crianças ou como é importante falar sobre Napoleão. São Paulo: ECA-USP, 1993. 144p. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Cinema, Radio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
  • ZOBL, WILHELM. Hanns Eislers Verhältnis zur Tradition - Aspekte der Ausarbeitung einer marxistischen Erbetheorie in der Musik - dargestellt bis 1933. Berlim: 1978. 308p. Dissertação (Dr. phil.) - Universidade Humboldt de Berlim.
  • WILHELM. Kritik der westlichen Avantgarde und ihrer ökonomischen Widersprüche - ausgehend von Hanns Eislers Überlegungen. In: KOLLERITSCH, OTTO. (ed.) Musik zwischen Engagement und Kunst. Graz: Universal, 1972. Pág. 80-91.
  Este artigo sobre um(a) compositor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.