Hizb ut-Tahrir (em árabe: حزب التحرير; em português: Partido da Libertação) é uma organização internacional sunita[1][2][3] pan-islamista e fundamentalista cujo objetivo é unificar os países muçulmanos em um único Estado Islâmico ou califado, regido por lei islâmica e com um califa chefe de Estado eleito por muçulmanos.[4] O grupo chamou atenção ao condenar os bombardeios ao Estado Islâmico no ano de 2014.[5]

Origens editar

 
Manifestação do grupo na Europa

A organização foi fundada no ano de 1953 em Jerusalém por Taqiuddin al-Nabhani, estudioso islâmico e juiz[6] na aldeia palestina de Ijzim. Desde então, Hizb ut-Tahrir se espalhou para mais de 40 países e segundo uma estimativa, tem cerca de um milhão de membros.[7] Apesar de ser proibida por alguns governos, a organização é muito ativa na Ásia e Europa, particularmente no Reino Unido e também em vários países árabes e da Ásia Central.

Hizb ut-Tahrir acredita que nas regiões predominantemente muçulmanas do mundo, a criação de um califado proporcionaria estabilidade e segurança, tanto para muçulmanos como para não-muçulmanos.[8]

A organização promove um programa detalhado:

  • Para a instituição de um califado que implementaria a Lei islâmica (Xaria);
  • Para a divulgação dos ensinamentos do Islã no mundo (Dawa).[9][10]

A organização acredita que essa transformação política providenciaria uma liderança honesta, protegendo e cuidando de seus cidadãos, e lutaria contra a "política externa colonial" dos Estados Unidos e de outras nações ocidentais, que levaram a intervenções por parte dos Estados Unidos, guerras por petróleo e a criação de Estados-fantoches muçulmanos e de valores ocidentais compelidos por meio de poderio bélico.[11]

Hizb ut-Tahrir também tem caráter significativamente antissionista e apela para o Estado de Israel ser extinto, o reconhecendo como uma entidade ilegal que fere os princípios islâmicos.[12]

Alguns observadores acreditam que Hizb ut-Tahrir é vítima de falsas acusações de ligações com o terrorismo, salientando que a organização explicitamente compromete-se com uma não-violência entre os povos.[13]

Outros pensadores postulam que a não-violência do grupo é uma tática temporária[14] e que ele trabalha para criar um ambiente politicamente propício à violência.[15][16][17]

Objetivos, métodos e organização editar

 
Bandeira do grupo Hizb ut-Tahrir

Hizb ut-Tahrir declara que seu objetivo é a unificação de todas as nações muçulmanas em um único Estado Islâmico ou califado, dirigido por um califa eleito.[4] "Isto é um dever religioso, uma obrigação que Deus tem decretado para os muçulmanos e ordenou-lhes cumprir". O grupo alerta para a punição que aguarda àqueles que negligenciam esse dever.[18]

O analista Michael Whine[19], no entanto, cita o trabalho de Taqiuddin al-Nabhani, fundador da organização[20], para sugerir que, uma vez que Hizb ut-Tahrir conseguir criar um Estado Islâmico transnacional unificado, pressionaria para ampliar este Estado em áreas não-muçulmanas. Segundo a obra de al-Nabhani sobre o Estado Islâmico, os muçulmanos que vivem no exterior, em países onde o Islã não é implementado, deveriam trabalhar no sentido de implementar o Islã neles, transformando o que é considerado Dar Cafir (territórios incrédulos) em Dar al-Islam (territórios islâmicos).[21]

De acordo com o analista Dosym Satpayev[22], no Cazaquistão, onde o grupo está proscrito, o Hizb ut-Tahrir planeja seu progresso político em três etapas: "Primeiro eles convertem novos membros. Em segundo lugar, estabelecem uma rede de células secretas e, finalmente, tentam se infiltrar no governo e trabalhar para legalizar o partido e os seus objetivos".[23] Uma descrição menos arbitrária dessa estratégia é que Hizb ut-Tahrir trabalha para:

  • Estabelecer uma comunidade de membros do Hizb ut-Tahrir, que trabalham juntos da mesma forma que os companheiros do profeta Muhammad. Os membros devem aceitar os objetivos e métodos da organização e estar prontos para trabalhar a fim de cumprir essas metas;[24]
  • Criar, entre as massas muçulmanas, o incentivo para a criação do califado e dos outros conceitos islâmicos, que levará a um renascimento do pensamento islâmico;[24]
  • Uma vez que, através do debate e conciliação, a opinião pública for favorável, o grupo tentaria obter o apoio do alto comando das forças armadas, líderes políticos e outros organismos influentes, para forçar a mudança de governo. O governo seria então substituído por um que implemente o Islã, levando o pensamento islâmico para as pessoas em todo o mundo.[25]

De acordo com um programa da BBC sobre as atividades do grupo na Indonésia, ao contrário de muitos outros movimentos islâmicos, Hizb ut-Tahrir parece mais interessado em um pequeno núcleo mais comprometido de membros, muitos deles oriundos e educados na classe-média da Indonésia, do que em uma grande massa de seguidores.[25] Zeyno Baran descreve o partido como um "partido de vanguarda", ao afirmar que está interessado em chegar ao poder através de centenas de simpatizantes em posições críticas ao invés de milhares de soldados a pé.[26]

No entanto, pelo menos um de seus líderes, na Indonésia, Jalaluddin Patel, afirma que essa é uma falsa caracterização do grupo.[27]

Papel da Mulher editar

O projeto de constituição do Hizb ut-Tahrir afirma que o principal papel de uma mulher é de ser mãe e esposa, sendo essa uma honra que deve ser protegida.[28] Ao contrário de alguns tradicionalistas muçulmanos, Hizb ut-Tahrir defende alguns direitos das mulheres, como por exemplo;

  • da livre escolha de um parceiro muçulmano (as mulheres muçulmanas não podem se casar com homens não-muçulmanos);
  • da livre procura e escolha de um emprego, podendo servir nas forças armadas;
  • da guarda dos filhos após o divórcio[30];
  • do exercício da política, podendo disputar eleições.

No entanto, Hizb ut-Tahrir, citando tradições proféticas, acredita que o Islã proíbe as mulheres de posições dominantes, como califa, juiz de direito,[31] governador de província, ou prefeito.

O Artigo 109.º do Projeto de Constituição prescreve a segregação sexual nas atividades públicas, tais como escola, atividades esportivas, etc.

As mulheres muçulmanas seriam obrigadas a "esconder seus encantos",[32] isto é, esconder seu corpo, com exceção das mãos e face, vestida assim de acordo com um Hijab e o Jilbab,[33] embora não necessariamente com o Niqab, que é favorecido por alguns movimentos fundamentalistas.[34][35]

O Artigo 114.º do Projeto de Constituição especifica que as mulheres não podem estar em privado com outros homens, a não ser com seu marido ou membros da sua família imediata (pai, irmão, filho). O Artigo 116.º estipula que, uma vez casada, a mulher é obrigada a obedecer ao seu marido.[36]

Enquanto os adversários podem considerar este estatuto desigual, Hizb ut-Tahrir mantém que as mulheres não são consideradas cidadãos de classe inferior ou segunda classe, pois o Islã deu às mulheres o direito à riqueza, direitos de propriedade, direitos sobre casamento e divórcio, bem como um lugar na sociedade.

O Islã estabeleceu um código de vestimentas públicas para as mulheres: o Hijab e o Jilbab, a fim de estabelecer uma sociedade produtiva, livre do tipo de relações negativas e prejudiciais prevalente no mundo ocidental.[37]

Posição sobre a violência editar

Hizb ut-Tahrir afirma, em seu site britânico, que adota os métodos empregados pelo profeta Maomé, o qual limitou sua luta para o estabelecimento do Estado Islâmico ao trabalho intelectual e político, tendo estabelecido o Estado Islâmico sem recorrer à violência.[38]

Além disso, sete dias após os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, Hizb ut-Tahrir emitiu um comunicado: "As regras da nossa mensagem proíbe qualquer agressão contra civis não-combatentes. Elas proíbem assassinato de crianças, idosos e mulheres não-combatentes, mesmo no campo de batalha. Elas proíbem o sequestro de aviões civis que transportasse civis inocentes e proíbe a destruição de casas e escritórios que contêm civis inocentes. Todas essas ações são tipos de agressão que o Islã proíbe e os muçulmanos não devem empreender".[39]

Segundo a Organização Não-Governamental americana GlobalSecurity.org, o governo dos EUA não encontrou ligações claras entre o Hizb ut-Tahrir e atividades terroristas. E não foi provado, até o presente momento, ter a Hizb ut-Tahrir envolvimento ou ligações diretas com quaisquer atos recentes de violência ou terrorismo. Tampouco foi comprovado que a organização já deu apoio financeiro a grupos envolvidos em atos considerados terroristas.[40]

Em contraposição aos dados apresentados, a oposição do Hizb ut-Tahrir à violência tem sido questionada por organizações e indivíduos conservadores norte-americanos. A GlobalSecurity.org afirma que Hizb ut-Tahrir não é contra a violência como tal, e sim apenas contra o uso de violência no presente momento.[41] Da mesma forma, em 2007, importantes membros da Hizb ut-Tahrir foram citados condenando o Hamas, alegando que o envio de palestinos mal armados contra o exército israelense é inútil, e que as operações militares contra Israel e sua ocupação de terras palestinas deverão aguardar um califado unido e os exércitos combinados do islamismo.[42] No entanto, esse posicionamento não difere dos já conhecidos comunicados da organização contra a formação do Estado de Israel, o qual consideram ilegítimo.

O escritor e radialista conservador Ziauddin Sardar escreveu, em 2005, que a intolerância do Hizb ut-Tahrir e seus objetivos foi e é um precursor natural do convite para a violência.[43] Ele acrescentou que, no longo prazo, a violência é central para a meta de um califado islâmico.[16] Zeyno Baran, do Centro Nixon, e Ariel Cohen, da Heritage Foundation[7], influente organização conservadora norte-americana, têm argumentado que, embora Hizb ut-Tahrir não promova ou se envolva em violência, ela age como um "tapete rolante" para jovens muçulmanos, usando seu status legal para doutriná-los, antes de eles deixarem o Hizb ut-Tahrir para participarem de grupos mais radicais que possam se envolver em violência.[44]

Um jornalista investigativo especializado em terrorismo britânico, Shiv Malik simpatiza com a posição da organização, afirmando que ela não é sem fundamento.[7][45] Em apoio a essa perspectiva, Malik afirma que Abu Musab al-Zarqawi, antigo Emir da al-Qaeda no Iraque, e Khalid Sheikh Mohammed, o líder internacional da al-Qaeda, são ambos ex-membros do Hizb ut-Tahrir.[7] A União Nacional dos Estudantes da Grã-Bretanha pediu a proibição nas universidades do Hizb ut-Tahrir, acusando o grupo de apoio ao terrorismo e publicação de material que incita ao ódio racial.[46]

Reação da comunidade islâmica editar

Os grupos muçulmanos do Reino Unido condenaram o posicionamento, tanto da União Nacional dos Estudantes quanto do governo, alegando que eles se aproximavam de uma "caça às bruxas" anti-islâmica. Os membros do Hizb ut-Tahrir, que já foram banidos de diversos países, assinaram essa declaração após serem revelados planos do Ministério do Interior do governo do Reino Unido para a punição de indivíduos que "feriam os valores britânicos", considerando que essa declaração incluiu os muçulmanos que viviam em território britânico.[47][48] A declaração feita pela comunidade islâmica rejeita a visão de que os muçulmanos representam uma ameaça à segurança e afirmam que esse posicionamento do governo foi feito para agradar a população conservadora pouco antes das eleições gerais.[47]

Jahangir Mohammed, empresário e político americano de origens islâmicas, alegou que tais medidas "antiterroristas" ameaçam toda a população islâmica, uma vez que culpa todos os grupos, organizações e indivíduos pelas atitudes de outros que reagiram de maneira mais extrema aos avanços americanos na cultura oriental. As atitudes que a população e o governo tomaram contra grupos como o Hizb ut-Tahrir iriam contra as políticas de inclusão e igualdade promovidas pelos governos ocidentais.[47]

A organização, nessa declaração, também recebeu o apoio das jornalistas britânicas Yvonne Ridley e Lauren Booth, irmã de Cherie Blair, advogada casada com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido. Além disso, também foi apoiada por Shakeel Begg, influente na comunidade islâmica do Reino Unido e líder do Lewisham Islamic Centre, organização que visa ajudar o futuro da comunidade islâmica mundial e promove a coalizão de diferentes comunidades e grupos étnicos.[47][49]

Antissionismo editar

O programa televisivo inglês "Panorama", da BBC, mostrou um discurso de agosto de 2006 no qual Ata Abu al-Rashtah, líder global do Hizb ut-Tahrir, pregava contra a permanência dos hindus na Caxemira, dos russos na Chechênia e dos judeus que vivem em Israel.[17] A alegação do grupo é de que todos esses movimentos têm caráter anti-islâmico e, portanto, devem ser enfrentados pela juventude muçulmana.

Em janeiro de 2003, Hizb ut-Tahrir foi impedido de atividade pública na Alemanha; o ministro do Interior alemão, Otto Schily, afirmou que o grupo estava divulgando violência e ódio e incentivando a matança de judeus.[50] As acusações são originárias de uma conferência na Universidade Técnica de Berlim, organizada por uma sociedade de estudantes supostamente filiados ao Hizb ut-Tahrir. O furor foi causado porque a conferência foi assistida por membros do Partido Nacional Democrata da Alemanha (NPD), de caráter neonazista, o que provocou temores de uma aliança entre grupos neonazistas e radicais islâmicos.

Hizb ut-Tahrir foi proibida dentro de território alemão três meses depois, por ir contra o conceito de "compreensão internacional", contido na Constituição Alemã, uma acusação que tem sido utilizada no passado contra grupos neonazistas. No entanto, a filiação ao partido ainda é permitida, demonstrando um direcionamento seletivo por parte das políticas anti-extremistas do governo alemão. O porta-voz do Hizb ut-Tahrir, Assem Shaker respondeu que o grupo não era antissemita, e sim antissionista. Ele acrescentou: "Nós não dizemos para matar os judeus. O nosso apelo é dirigido ao povo muçulmano para se defender contra a agressão sionista na Palestina. E eles têm o direito de fazê-lo".

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Hizb ut-Tahrir».

Bibliografia editar

Referências

  1. http://www.foreignaffairs.com/articles/61200/zeyno-baran/fighting-the-war-of-ideas
  2. http://www.foxnews.com/story/0,2933,533880,00.html
  3. http://www.lebanonwire.com/1104MLN/11042223DP.asp
  4. a b [1] Article 16
  5. Islamic State: Hizb ut-Tahrir spokesman says allied mission in Iraq and Syria 'infinitely greater in barbarity'
  6. Hizb ut Tahrir al Islami
  7. a b c d Malik, Shiv. For Allah and the caliphate Arquivado em 20 de setembro de 2011, no Wayback Machine., New Statesman, 13 September 2004
  8. Hizb ut-Tahrir article: Israeli aggression is the root cause of this disaster[ligação inativa]
  9. Taqi al-Din al-Nabhani and the Hizb ut-Tahrir Party
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  12. «Hizb ut-Tahrir article: The Zionist Hatred». Consultado em 1 de junho de 2010. Arquivado do original em 1 de junho de 2010 
  13. «Pakistan's Tableeghi Jamaat and Hizb-ut-Tahrir in Central Asia». Consultado em 31 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2007 
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  17. a b Tom Harper (30 de setembro de 2007). «Islamists 'urge young Muslims to use violence». London: The Telegraph. Consultado em 11 de agosto de 2010 
  18. The Islamic State, p. 9
  19. Michael Whine, Government and International Affairs Director at the Community Security Trust (the defense agency of the UK Jewish community)
  20. Is Hizb ut-Tahrir changing strategy or tactics?
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  22. Dosym Satpayev, director of a Kazakh Assessment Risks Group
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  24. a b Untitled Arquivado em 26 de janeiro de 2007, no Wayback Machine. Hizb ut-Tahrir
  25. a b BBC: Stadium crowd pushes for Islamist dream
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  30. «Draft Constitution Article 118 declara "A custódia dos filhos é um dever e obrigação de uma mãe"». Consultado em 29 de março de 2017. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  31. literally judge of the 'Court of Unjust Acts'
  32. Hizb ut-Tahrir draft constitution, art. 114
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  34. images of women's section: hizb Tahrir women Google Images
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  37. what is the khilafah caliphate
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