Império Tibetano

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O Império Tibetano ou Império do Tibete (em tibetano: བོད་ཆེན་པོ; Wylie: bod chen po, "Grande Tibete") existiu entre os séculos VII e IX (629 à 841) quando o Tibete foi unificado em um grande e poderoso império, e dominava uma área consideravelmente maior que o Planalto Tibetano, estendendo para partes do Leste Asiático, Ásia Central e sul da Ásia. Seu primeiro imperador foi Songtsen Gampo, que é considerado um antepassado de Gengis Cã.

Império Tibetano


བོད་
Bod • Tibete

618 — 842 
Bandeira
Bandeira
Bandeira

Mapa do Império Tibetano em sua maior extensão, entre os anos 780 e 790.
Continente Ásia
Região Ásia Central, Planalto do Tibete
Capital Lhasa

Língua oficial Línguas tibetanas
Religiões Budismo tibetano, Bön

Forma de governo Monarquia
Tsempo (imperador)
• 618–650  Songtsen Gampo (primeiro)
• 756–797  Trisong Detsen
• 815–838  Tritsuk Detsen (Ralpacan)
• 838–842  Ü Dumtsen (Langdarma, último)
Lönchen (primeiro-ministro)
• 652–667  Gar Tongtsen Yülsung
• 685–699  Gar Trinring Tsendro
• 782?–783  Nganlam Takdra Lukhong
• 783–796  Nanam Shang Gyaltsen Lhanang
Banchempo (ministro-monge)
• 798–?  Nyang Tingngezin Sangpo (primeiro)
• ?–838  Dranga Palkye Yongten (último)

Período histórico Antiguidade tardia
• 618  Fundado pelo imperador Songtsen Gampo
• 842  Morte de Ü Dumtsen (Langdarma)

Quando o Tibete foi unificado como um grande e poderoso império e se estendia da Mongólia à Baía de Bengala, e governou uma área consideravelmente maior do que o Planalto Tibetano, que se estendeu para partes do Leste Asiático, Ásia Central e Ásia do Sul. [1]

Namri Songtsen e a fundação da dinastia editar

O governo do Império Tibetano iniciou-se no castelo de Taktsé (em tibetano: Wylie: Stag-rtse), em Chingba (Phying-ba). Ali, de acordo com a Crônica Tibetana Antiga, um grupo convenceu Tagbu Nyazig (Stag-bu snya-gzigs) a se rebelar contra Gudri Zingpoje (Dgu-gri Zing-po-rje), o qual era um vassalo do império de Zhangzhung sob a dinastia de Lig myi.[2]

Exército editar

Os oficiais do Império Tibetano não eram empregados a todo momento, sendo convocados apenas para eventos específicos. Esses guerreiros tinham seu ofício denotado por uma flecha dourada de sete polegadas de comprimento. Eles se reuniam anualmente para jurar fidelidade, e a cada três anos para celebrar um banquete sacrificial.[3]

Referências

  1. Beckwith (1987)
  2. Beckwith (1987), p. 17.
  3. Bushell 1880, p. 410-411.

Bibliografia editar

  • Beckwith, Christopher I. The Tibetan Empire in Central Asia: A History of the Struggle for Great Power among Tibetans, Turks, Arabs, and Chinese during the Early Middle Ages' (1987) Princeton University Press. ISBN 0-691-02469-3
  • Bushell, S. W. (1880), The Early History of Tibet. From Chinese Sources, Cambridge University Press 
  • Lee, Don Y. The History of Early Relations between China and Tibet: From Chiu t'ang-shu, a documentary survey (1981) Eastern Press, Bloomington, Indiana. ISBN 0-939758-00-8
  • Pelliot, Paul. Histoire ancienne du Tibet (1961) Librairie d'Amérique et d'orient, Paris
  • Powers, John. History as Propaganda: Tibetan Exiles versus the People's Republic of China (2004) Oxford University Press. ISBN 978-0-19-517426-7
  • Schaik, Sam van. Galambos, Imre. Manuscripts and Travellers: The Sino-Tibetan Documents of a Tenth-Century Buddhist Pilgrim (2011) Walter de Gruyter ISBN 978-3-11-022565-5
  • Stein, Rolf Alfred. Tibetan Civilization (1972) Stanford University Press. ISBN 0-8047-0901-7
  • Walter, Michael L. (2009), Buddhism and Empire The Political and Religious Culture of Early Tibet, Brill 
  • Yamaguchi, Zuiho. (1996). “The Fiction of King Dar-ma’s persecution of Buddhism” De Dunhuang au Japon: Etudes chinoises et bouddhiques offertes à Michel Soymié. Genève : Librarie Droz S.A.
  • Nie, Hongyin. 西夏文献中的吐蕃[ligação inativa]

Ver também editar

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