Meishō (imperatriz)

imperatriz do Japão
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Meishō (明正? 9 de janeiro de 16244 de dezembro de 1696) foi o 109.º imperatriz do Japão,[1] de acordo com a ordem tradicional de sucessão.[2] Seu reinado durou de 1629 a 1643.[3] Na história do Japão, Meishō foi a sétima de oito mulheres a se tornar imperatriz reinante.[4]

Meishō
Meishō (imperatriz)
Imperatriz do Japão
Reinado 22 de dezembro de 1629
a 14 de novembro de 1643
Entronamento 17 de outubro de 1630
Predecessor Go-Mizunoo
Sucessor Go-Kōmyō
Xogum Tokugawa Iemitsu
 
Nascimento 9 de janeiro de 1624
Morte 4 de dezembro de 1696 (72 anos)
Nome de nascimento Okiko (興子?)
Casa Casa Imperial do Japão
Pai Go-Mizunoo
Mãe Tokugawa Masako
Religião Xintoísmo

Vida editar

Antes de ascender ao Trono do Crisântemo, seu nome pessoal era princesa Okiko e era a segunda filha do imperador Go-Mizunoo. Sua mãe se chamava Tokugawa Masako, filha do xogum Tokugawa Hidetada.

Okiko tornou-se imperatriz após a abdicação de seu pai, Go-Mizunoo, em 1629. A sucessão foi recebida pela nova monarca e logo, em seguida, foi proclamada imperatriz Meishō.[5] Os anos do reinado de Meishō corresponderam ao desenvolvimento e crescimento do xogunato Tokugawa sob a liderança de Tokugawa Iemitsu. Quando seu reinado se iniciou a nova imperatriz tinha apenas 5 anos; e ela se tornaria a primeira mulher a ocupar o trono desde a imperatriz Shotoku, a 48ª soberana que morreu em 770.[6]

Em 1632, o ex-xogum Tokugawa Hidetada veio a falecer e Iemitsu começou a implementar de fato seu governo. Em 1634, Iemitsu visitou Quioto. No ano seguinte um embaixador do Rei Injo de Joseon foi recebido em Quioto. Em 1637 eclodiu a grande rebelião de Shimabara onde muitos cristãos estiveram envolvidos entre eles ex-vassalos do Clã Arima; forças doxogum são enviadas para reprimir a revolta que é esmagada no ano seguinte, resultando em 37.000 rebeldes mortos. Outra consequência é que a religião cristã foi proibida no Japão sob pena de morte.[5]

Em 6 de julho de 1640, um navio espanhol vindo de Macau trouxe uma delegação de 61 pessoas para Nagasaki. No dia 9 de agosto, todos foram decapitados e suas cabeças estavam presas em postes.[5] Em 1641, o príncipe Tsuguhit', foi nomeado príncipe herdeiro.[5] Em 14 de novembro de 1643, no 15º ano do reinado de Meishō, a imperatriz abdicou e a sucessão foi recebida pelo seu seu meio-irmão mais novo Tsuguhito.[5] Acredita-se que o pai de Meishō era realmente quem governava em seu nome até a data em que ela abdicou.

Em 4 de dezembro de 1696, a imperatriz aposentada veio a falecer aos 72 anos de idade e passou a ser consagrada no mausoléu imperial (misasagi) nomeado Tsukinowa no misasagi, que está localizado em Sennyu-ji no bairro Higashiyama-ku em Quioto.[7] Esse misasagi também é consagrado a seu pai, e a seus sucessores imediatos.

Referências

  1. Imperial Household Agency (Kunaichō): 明正天皇 (108)
  2. Ponsonby-Fane, Richard. (1959). The Imperial House of Japan, p. 115.
  3. Titsingh, pp. 411–412.
  4. «Emperors and Empresses Regnant of Japan». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 31 de maio de 2020 
  5. a b c d e Klaproth, Julius von (1834). Annales des empereurs du Japon (em francês). [S.l.]: Oriental Translation Fund, p. 411-412 
  6. Ponsonby-Fane, Richard Arthur Brabazon (1959). The Imperial House of Japan (em inglês). [S.l.]: Ponsonby Memorial Society, p. 115 
  7. Agência da Casa Imperial: Meisho-tennō (109) (em japonês)