Innocence of Muslims

filme de 2012 dirigido por Nakoula Basseley Nakoula

Innocence of Muslims, previamente denominado Desert Warriors e Innocence of Bin Laden, é um curta de 13 minutos na forma de trailer (veja links nas referências ao final), publicado em diversos sites na internet, que apresenta uma opinião a respeito do Islã.[1][2][3][4][5]

Innocence of Muslims
Estados Unidos
Direção Nakoula Basseley Nakoula
Produção Nakoula Basseley Nakoula
Roteiro Nakoula Basseley Nakoula
Elenco Anna Gurji
Cindy Lee García
Gênero filme de sátira
Lançamento julho de 2012
Duração 14 minuto

O trailer gerou revoltas em diversas partes do mundo, principalmente no Oriente Médio.[6][7][8][5][9] Como resultado, em Singapura, após pedido do governo, o YouTube retirou o vídeo para acesso naquela região[10] e mais recentemente, o Egito bloqueou o acesso ao YouTube durante 1 mês.[11] No Brasil, o filme pode ser mantido mesmo após protesto das autoridades islâmicas no país.[12][13] Com as manifestações, houve a morte do embaixador americano e mais dois funcionários de embaixada na Líbia.[6][14] O pastor Terry Jones, divulgador, e mais sete, inicialmente foram condenados à morte pelo tribunal Egípcio do Cairo, depois o pastor teve redução de pena, mas a sentença nunca foi dada a cabo pois todos moram nos EUA.[15] Depois disto passou a ser bastante noticiado e tornou-se notório com a imprensa divulgando os acontecimentos em todo o mundo ocidental.

O professor de Relações Internacionais Diogo Costa, do RI Ibmec, mestre em Teoria Política pela Universidade de Colúmbia, no programa Rede Mídia, demonstra seu ponto de vista a respeito dos motivos que levaram à replicação do vídeo:

Alguns grupos aproveitam seu sentimento antiocidental para conseguir suas causas políticas […] eles precisam ter alimento, o fogo precisa de combustível. Esse combustível pode ser um cartoon num jornal, um ursinho que colocaram o nome de Maomé, ou pode ser um filme que ninguém assistiu, que foi colocado no YouTube. […] Não é tanto o vídeo em si, mas a utilização que fizeram dele. Se as pessoas soubessem que é algo feito em fundo de quintal… mas eles estão achando que todo o ocidente compartilha, que o ocidente promove, que o ocidente assiste. Eu acho que essa manipulação é tão causadora dos estragos quanto é a produção do filme em si.”.

Alguns pensaram se tratar de um trailer de um filme, com a imprensa cometendo erros na divulgação das notíciascarece de fontes. O suposto produtor e roteirista Sam Bacile, na verdade seria Nakoula Basseley Nakoula, afirmou tê-lo projetado no cinema uma vez, com o título “The Innocence of Bin Laden” (A inocência de Bin Laden)carece de fontes. Segundo o site pipoca moderna, "o jornal Los Angeles Times averiguou carece de fontes que ninguém viu esta suposta sessão… ninguém viu mais que 13 minutos da produção".[14] O trabalho é claramente amador e foi dirigido por um "veterano da indústria pornô, chamado Alan Roberts".carece de fontes.

Índia, Indonésia, Malásia e Líbia, também solicitaram o bloqueio ao YouTube.[1]

Condenado à morte editar

O Tribunal Penal do Cairo, condenou à morte sete cristãos Coptas, por "ofender o islã e prejudicar a união nacional do Egito". A acusação apresentou vídeo em que alguns pedem um Estado para os Coptas, e os aponta como participantes diretos ou indiretos do filme Innocence of Muslims. Por terem interpretado o profeta Maomé de forma caricata de acordo com uma visão anti-islâmica, o ator, junto de alguns participantes do filme foram julgados à revelia,[16][17][18] não somente pela atuação e visão representada, mas também pelo fato de que a representação do profeta Maomé, por qualquer meio, é proibida pela lei islâmicacarece de fontes. Por serem cristãos egípcios, estão exilados nos EUA, mas correm o risco de serem deportados para o país de origem caso o pedido de deportação seja aceito.

No dia 18 de setembro, a Procuradoria Geral decidiu apresentar no Tribunal Penal do Cairo um pedido de prisão preventiva destas oito pessoas. O Ministério Público também pediu que a Interpol fosse informada sobre as medidas adotadas para que os réus sejam detidos, assim como o envio de uma solicitação formal às autoridades judiciais nos EUA para que entreguem os acusados ao Egito para serem processados.

(...)

Além de Jones e Basily, entre os outros condenados estão Moris Sadeq, advogado e fundador da Associação Copta em Washington; Nabil Adib Bisada, coordenador de comunicação dessa organização; e Morqos Aziz, apresentador de programas religiosos nos EUA.[18]

Ver também editar

Referências

  1. a b Revista Exame - Abril
  2. Sam Kiley (12 de setembro de 2012). «US Anti-Muslim Film 'Designed To Enrage'». Sky News. Consultado em 12 de setembro de 2012 
  3. Bradley, Matt; Nissenbaum, Dion (12 de setembro de 2012). «U.S. Missions Stormed in Libya, Egypt». The Wall Street Journal. Dow Jones & Company. Consultado em 1 de fevereiro de 2015 
  4. Peralta, Eyder. «What We Know About Sam Bacile, The Man Behind The Muhammad Movie : The Two-Way». NPR. Consultado em 12 de setembro de 2012 
  5. a b Corky Siemaszko (12 de setembro de 2012). «Filmmaker Sam Bacile behind anti-Mohammad propaganda 'Innocence of Muslims" is not Israeli». New York Daily News 
  6. a b «American Killed in Libya Attack». YNetNews 
  7. «Maker of anti-Islam film goes into hiding: report». Reuters. 12 de setembro de 2012 
  8. «Filmmaker Sam Bacile behind anti-Mohammad propaganda 'Innocence of Muslims' is not Israeli». NY Daily News. Consultado em 12 de setembro de 2012 
  9. «Filmmaker Goes Into Hiding». New York Times. 12 de setembro de 2012 
  10. Google bloqueia "Inocência dos Muçulmanos" em Singapura - Terra
  11. «Tribunal do Egito ordena bloquear acesso ao YouTube por filme anti-Islã». G1. 9 de fevereiro de 2013 
  12. «YouTube pode manter no ar vídeo criticado por islâmicos». Conjur. 24 de janeiro de 2013 
  13. «Justiça permite que "Inocência dos Muçulmanos" continue no YouTube». Tecmundo. 1 de fevereiro de 2013 
  14. a b «Pipoca moderna (site)». Consultado em 22 de setembro de 2012. Arquivado do original em 30 de janeiro de 2013 
  15. «Pastor condenado a morte por divulgar filme "A Inocência dos Muçulmanos" tem pena reduzida». inforGospel. 29 de janeiro de 2013 
  16. Egito: Sete cristãos condenados à morte - Euronews
  17. Egito condena à morte pastor americano que ‘apoia’ filme anti-islã
  18. a b Pastor e coptas americanos são condenados à morte no Egito por vídeo de Maomé - Diário de Canos