João Barrento (Alter do Chão, 26 de abril de 1940) é um ensaísta, crítico literário, cronista e tradutor português.

João Barrento
Nascimento 26 de abril de 1940 (83 anos)
Alter do Chão, Portugal
Nacionalidade português
Prémios Grande Prémio de Tradução Literária (1993, 2000)
Grande Prémio de Ensaio Literário APE/PT (1996)
Prémio D. Dinis (2010)
Prémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (2011)
Prémio Camões (2023)
Género literário ensaio, crítica, crónica
Magnum opus O Género Intranquilo. Anatomia do Ensaio e do Fragmento

Biografia editar

João Barrento licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1958–64), tendo elaborado uma dissertação sobre a obra do dramaturgo inglês Harold Pinter (Entre a Palavra e o Gesto. Interpretação do Teatro de Harold Pinter. Lisboa, 1964).[1]

De 1965 a 1968, foi leitor de Português na Universidade de Hamburgo e, mais tarde, leitor de Alemão na Faculdade de Letras de Lisboa. Tornou-se tradutor literário de língua alemã. De 1986 até aposentar-se, foi professor de literatura alemã e comparada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É também tradutor de literatura e filosofia de língua alemã.[2] Traduziu e prefaciou dezenas de autores de língua alemã, da Idade Média à atualidade, particularmente de poesia moderna e contemporânea, além de obras de ficção, filosofia e teatro.

Publicações editar

Entre as suas publicações encontram-se,entre outras obras, traduções, ensaios e crónicas. [3]

Traduções editar

João Barrento tem realizado traduções de Goethe, Robert Musil, Hugo von Hofmannsthal, Erich Fried, Michael Krüger, Gottfried Benn, Christa Wolf, Paul Celan, Johannes Bobrowski, Thomas Bernhard, Georg Trakl, Peter Handke, Heiner Müller. Além disso, traduziu e organizou antologias de textos e poemas de língua alemã. É também autor de livros de divulgação da literatura portuguesa na Alemanha. [3]

Ensaios, crônicas e teoria editar

  • Realismo-Materialismo-Utopia: Uma Polémica (Lukács, Bloch, Brecht, Eisler), 1978
  • História Literária: Problemas e Perspectivas, 1983
  • Fausto na Literatura Europeia, 1984
  • O Espinho de Sócrates: Modernismo e Expressionismo, 1987
  • A Poesia do Expressionismo Alemão, 1989
  • Literatura Alemã: Textos e Contextos (1700-1900), 1989
  • Goethe: Vida, Obra, Época/ Goethe em Portugal, 1991
  • A Palavra Transversal. Literatura e Ideias no Século XX, 1996
  • A Literatura Portuguesa depois da Revolução, 1998
  • Uma Seta no Coração do Dia, 1998
  • António Aleixo : «a dor também faz cantar...», 2003
  • Origem do drama trágico Alemão, 2004
  • O Arco da Palavra. Ensaios. S. Paulo: Escrituras, 2006
  • A escala do meu mundo (crónica), 2006
  • Na Dobra do Mundo. Escritos llansolianos. Lisboa: Mariposa Azual, 2008;
  • O género intranquilo : anatomia do ensaio e do fragmento. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010
  • O mundo está cheio de deuses. Crise e crítica do contemporâneo. Lisboa: Assírio & Alvim, 2011. [2]
  • Geografia Imaterial. Dois ensaios sobre a poesia (com fotografias de Vina Santos). Lisboa: Mariposa Azul (no prelo).
  • Limiares. Sobre W. Benjamin. Florianópolis, Ed. UFSC. Com CD-ROM Diário para W. B., manuscrito, com colagens (no prelo) [1]

Prêmios e distinções editar

Ao longo da sua carreira foi distinguido com: [1]

Foi agraciado com: [5]

Referências

  1. a b c «Prémios com que João Barrento foi galardoado». DGLAB - DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Biblioteca (Portugal). Consultado em 31 de dezembro de 2023 
  2. a b Biografia: DGLAB
  3. a b «Biblioteca Nacional de Portugal: bibliografia de João Barrento». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 31 de dezembro de 2023 
  4. Isabel Lucas (10 de outubro de 2023). «João Barrento é o vencedor do Prémio Camões 2023». Público 
  5. «João Barrento: Prémio Camões distingue um ensaísta e tradutor». Expresso. 10 de outubro de 2023. Consultado em 31 de dezembro de 2023 

Ligações externas editar