Linha do Douro

linha ferroviária em Portugal

A Linha do Douro é uma linha de caminho-de-ferro em Portugal, de bitola ibérica, que liga Ermesinde ao Pocinho, numa extensão de cerca de 160 Km. A linha segue principalmente o vale do Rio Douro, de onde retira o nome, e na sua extensão máxima terminava na fronteira com Espanha junto a Barca d'Alva,[1] totalizando cerca de 200 km. Começou a ser construída em 1875,[2] chegou a Penafiel ainda nesse ano,[3] e foi concluída em 9 de Dezembro de 1887, com a inauguração do troço até Barca d'Alva e La Fregeneda, já em Espanha.[4] Em final de ano foi inaugurada a Linha internacional de Barca d'Alva-La Fregeneda a La Fuente de San Esteban desde esta estação até à rede que liga com Salamanca, em La Fuente de San Esteban.[3] A ligação internacional foi encerrada em 1 de Janeiro de 1985, e o lanço entre Pocinho e Barca d'Alva fechou em 18 de Outubro de 1988.[2] Na década de 1990, iniciou-se um programa de modernização de parte da Linha do Douro, que incluiu a duplicação da via férrea.[5][6] A Linha do Douro foi o ponto de origem dos quatro caminhos de ferro de via métrica na região de Trás-os-Montes: a Linha do Tâmega, de Livração a Arco de Baúlhe, a Linha do Corgo, da Régua a Chaves, a Linha do Tua, de Foz Tua a Bragança, e a Linha do Sabor, do Pocinho a Miranda do Douro.[1] A Linha do Douro é considerada a mais bela em Portugal, e por isso a que tem mais potencialidades turísticas, sendo por isso percorrida parcialmente por comboios históricos rebocados por locomotivas a vapor.[7]

Linha do Douro
Predefinição:Info/FerroviaPT
Locomotiva 1400 a rebocar carruagens Schindler recentemente renovadas, entre Aregos e Mosteirô, em serviço InterRegional do Pocinho para Porto - São Bento
Mapa
Informações principais
Área de operação Portugal Portugal
Tempo de operação 1875–Actualidade
Operadora Comboios de Portugal

Medway

Material rodante • Locomotiva(as)

CP 1400
CP 592.0 / 592.2
Medway 1400
Medway 1900
Medway 1960
Medway 335.0
Medway 4700
Medway 5600

• Carro(s) de passageiro(s)
Schindler
Sorefame

Número de estações 44
Terminais Ermesinde

Pocinho

Interconexão Ferroviária Linha do Minho

Linha do Tâmega (até 2009)
Linha do Corgo (até 2009)
Linha do Tua (até 2008)
Linha do Sabor (até 1988)
Renfe / Adif (até 1984)

Extensão 160 km (99,4 mi)
Especificações da ferrovia
Bitola Ibérica (1 668 mm (5,47 ft))
Eletrificação Catenária 25 kV 50 Hz CA
(Ermesinde - Marco)
Velocidade máxima 140 Km/h
Diagrama da ferrovia
Linha do Douro
Unknown route-map component "CONTgq" Unknown route-map component "ABZ+lr" Unknown route-map component "CONTfq"
000000 L.ª Minho / C.ª Gemil
Unknown route-map component "CONTgq" Unknown route-map component "STR+r"
000000 L.ª Minho Porto S.B.  
Unknown route-map component "ABZg+l" Unknown route-map component "CONTfq"
C.ª S. GemilL.ª Leixões
Station on track
008,430 Ermesinde
Unknown route-map component "ABZgl" Unknown route-map component "CONTfq"
008,976 L.ª Minho
Unknown route-map component "ABZgl" Unknown route-map component "CONTfq"
008,976 L.ª Minho Valença
Unknown route-map component "eBST"
009,500 Ermesinde-A(des.)
Stop on track
010,406 Cabêda
Stop on track
014,300 Suzão
Unknown route-map component "SKRZ-G4u"
× IP4/A4
Station on track
015,965 Valongo
Transverse water Unknown route-map component "hKRZWae" Transverse water
× Rio Ferreira
Stop on track
018,622 São Martinho do Campo
Unknown route-map component "KDSTaq" Unknown route-map component "ABZg+r"
019,346 T. S. M.º do Campo
Stop on track
021,815 Terronhas
Stop on track
023,387 Trancoso
Station on track
025,332 Recarei-Sobreira
Stop on track
028,170 Parada
Station on track
030,169 Cête
Stop on track
031,760 Irivo
Unknown route-map component "SPLa"
031,904
Unknown route-map component "vDST-STR"
R. Irivo
Unknown route-map component "SPLe"
032,445
Stop on track
033,154 Oleiros
Unknown route-map component "SKRZ-G4u"
× IP4/A4
Station on track
034,940 Paredes
Transverse water Unknown route-map component "hKRZWae" Transverse water
× Rio Sousa
Unknown route-map component "eHST"
037,400 Santiago(dem.)
Station on track
037,990 Penafiel
Unknown route-map component "exCONTgq" Unknown route-map component "eKRZ" Unknown route-map component "exSTR+r"
CFPLEEntre-os-Rios
Unknown route-map component "eXBHF-L" + Small non-passenger station on track
Unknown route-map component "exXBHF-R"
Penafiel(est. antiga)
Straight track Unknown route-map component "exCONTf"
CFPLELixa
Stop on track
040,785 Bustelo
Stop on track
043,057 Meinedo
Station on track
046,075 Caíde
Unknown route-map component "tSTRa@g" + Unknown route-map component "RP4q"
037,900 Túnel da Tapada (1086 m) × A11
Unknown route-map component "tHSTe@g"
048,815 Oliveira
Station on track
050,814 Vila Meã
Unknown route-map component "SKRZ-G4u"
× IP4/A4
Stop on track
050,817 Recesinhos (ant. Castelões)
Station on track
055,323 Livração
Unknown route-map component "XBHF-L" Unknown route-map component "exKXBHFa-R"
055,323 Livração
Unknown route-map component "eABZgl" Unknown route-map component "exCONTfq"
000000 L.ª Tâmega
Straight track Unknown route-map component "exCONTf"
000000 L.ª Tâmega
Transverse water Unknown route-map component "hKRZWae" Transverse water
× Rio Tâmega
Enter and exit tunnel
057,801 Túnel de Gaviarra (258 m)
Enter and exit tunnel
058,201 Túnel de Campainha (227 m)
Station on track
059,954 Marco de Canaveses
Station on track
064,910 Juncal
Enter and exit tunnel
065,201 Túnel de Juncal (1621 m)
Unknown route-map component "HSTeBHF"
069,851 Pala
Station on track
072,362 Mosteirô
Unknown route-map component "eHST"
075,318 Portuzelo(dem.)
Unknown route-map component "WABZgl" Small arched bridge over water Water straight and to right
× Rio Douro (ens.)
Water Unknown route-map component "eABZgl" Unknown route-map component "exKBSTeq"
075,700 Aregos-CPE(dem.)
Unknown route-map component "WABZgl" Unknown route-map component "hKRZWae" Transverse water
× Rio Douro (ens.)
Pier Unknown route-map component "DSTR(l)"
Station on track
078,374 Aregos
Unknown route-map component "HSTeBHF"
081,658 Mirão
Station on track
084,090 Ermida
Enter and exit tunnel
084,301 Túnel de Riboura (120 m)
Unknown route-map component "HSTeBHF"
087,669 Porto Rei
Enter and exit tunnel
Túnel de Loureiro (402 m)
Enter and exit short tunnel
Túnel de Má Passada (32 m)
Unknown route-map component "HSTeBHF"
091,412 Barqueiros
Station on track
094,614 Rede
Unknown route-map component "HSTeBHF"
098,034 Caldas de Moledo
Enter and exit short tunnel
100,101 Túnel de Santinho (82 m)
Station on track
101,815 Godim
Station on track
101,815 Godim (ant. Quatro Caminhos)
Enter and exit tunnel
102,411 Túnel da Régua (342 m)
Station on track
103,297 Régua
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "vBHF-exKBHFa"
103,297 Régua
Unknown route-map component "exCONTgq"
Unknown route-map component "exv-STRr" + Unknown route-map component "evSHI2g+l-" + Unknown route-map component "extv-SHI2r"
Unknown route-map component "d"
L.ª LamegoLamego (pj. abd.)
Unknown route-map component "exSTR" + Unknown route-map component "tSTR" + Unknown route-map component "lhSTRaeq" + Unknown route-map component "RP2q"
= L.ª Corgo (alg.) × EN2
Unknown route-map component "hRP4oWaq"
Straight track + Unknown route-map component "MSTRq" + Unknown route-map component "extSKRZ-G4hr"
= L.ª Corgo (alg.) × A24
Unknown route-map component "WABZgl"
Unknown route-map component "hKRZWae" + Unknown route-map component "extSTR"
Transverse water
= L.ª Corgo (alg.) P.te Corgo × Corgo
Unknown route-map component "eABZgl" Unknown route-map component "exCONTfq"
104,500 L.ª Corgo
Unknown route-map component "eABZgl" + Unknown route-map component "extSTRl"
Unknown route-map component "exCONTfq"
104,500 L.ª Corgo Chaves (enc. 2009)
Enter and exit tunnel
107,101 Túnel de Bagaúste (425 m)
Unknown route-map component "exKBSTaq" Unknown route-map component "eSPLag+xr"
107,595 Milnorte
Unknown route-map component "vexHST-eHST"
107,769 Bagaúste
Unknown route-map component "eSPLe"
(Antigo traçado)
Enter and exit tunnel
109,001 Túnel de Pedra Caldeira (174 m)
Station on track
112,237 Covelinhas
Unknown route-map component "eHST"
116,411 Gouvinhas
Unknown route-map component "HSTeBHF"
119,219 Ferrão
Unknown route-map component "eHST"
123,369 Chanceleiros(dem.)
Station on track
126,830 Pinhão
Unknown route-map component "eHST"
132,321 Cotas(des.)
Unknown route-map component "eHST"
135,186 Castedo(dem.)
Unknown route-map component "eHST"
138,428 São Mamede do Tua
Transverse water Unknown route-map component "hKRZWae" Transverse water
× Rio Tua
Station on track
139,727 Tua
Unknown route-map component "XBHF-L" Unknown route-map component "exKXBHFa-R"
139,727 Tua
Unknown route-map component "eABZgl" Unknown route-map component "exCONTfq"
000000 L.ª Tua
Straight track Unknown route-map component "exCONTf"
000000 L.ª Tua
Enter and exit short tunnel
Túnel de Rapa (68 m)
Unknown route-map component "HSTeBHF"
145,136 Alegria
Enter and exit tunnel
147,001 Túnel da Valeira (712 m)
Unknown route-map component "exKRW+l" Unknown route-map component "eKRWgr"
(antigo traçado)
Unknown route-map component "exhKRZWae" Unknown route-map component "hKRZWae" Transverse water
Pte Ferradosa × Rio Douro
Unknown route-map component "exBHF" Straight track
Ferradosa(est. ant.)
Unknown route-map component "exKRWl"
Unknown route-map component "exKRW+r" + Stop on track
150,612 Ferradosa
Station on track
153,133 Vargelas
Enter and exit tunnel
153,501 Túnel de Vargelas (364 m)
Enter and exit short tunnel
154,701 Túnel de Arnozelo I (31 m)
Enter and exit short tunnel
155,901 Túnel de Arnozelo II (57 m)
Enter and exit short tunnel
156,001 Túnel de Arnozelo III (62 m)
Unknown route-map component "HSTeBHF"
158,400 Vesúvio
Unknown route-map component "HSTeBHF"
162,982 Freixo de Numão - Mós do Douro
Enter and exit tunnel
156,701 Túnel de Fontainhas I (162 m)
Enter and exit short tunnel
168,501 Túnel de Meão (62 m)
Enter and exit tunnel
168,801 Túnel de Saião (752 m)
Enter and exit short tunnel
169,701 Túnel de Vale Meão (91 m)
Unknown route-map component "KBHFxe"
171,522 Pocinho
Unknown route-map component "KXBHFxe-L" Unknown route-map component "exKXBHFa-R"
171,522 Pocinho
Unknown route-map component "exABZgl" Unknown route-map component "exCONTfq"
000000 L.ª Sabor
Unknown route-map component "exSTR" Unknown route-map component "exCONTf"
000000 L.ª Sabor
Unknown route-map component "exABZg+l" Unknown route-map component "exKDSTeq"
107,595 R. Pocinho-Quimigal
Unknown route-map component "exSKRZ-G4u"
× IP2
Unknown route-map component "exBHF"
180,600 Côa
Transverse water Unknown route-map component "exhKRZWae" Transverse water
× Rio Côa
Unknown route-map component "exTUNNEL2"
Túnel de Castelo Melhor (79 m)
Unknown route-map component "exBHF"
187,300 Castelo Melhor
Unknown route-map component "exBHF"
191,800 Almendra
Unknown route-map component "exTUNNEL2"
Túnel de Almendra (91 m)
Unknown route-map component "exBHF"
199,500 Barca d’Alva
Unknown route-map component "exBHF"
199,500 Barca d’Alva (encerr. 1988)
Transverse water
Unknown route-map component "exhKRZWae" + Unknown route-map component "exlZOLL"
Transverse water
191,800 PortugalEspanha Ponte× Rio Águeda
Unknown route-map component "exCONTf"
200,100 L.ª B. d’Alva
Unknown route-map component "exCONTf"
200,100 L.ª B. d’Alva (encerr. 1985)

História editar

 
Cachão da Valeira, em 1903.

Antecedentes editar

Ao longo da história, o Rio Douro foi a principal via de comunicação natural ao longo da região, existindo registos da sua utilização desde a ocupação romana.[2] No entanto, apesar da sua importância, este curso de água sempre foi muito difícil de navegar, tendo um dos passos mais importantes para a circulação fluvial foi a demolição do Cachão da Valeira, entre 1780 e 1791, que permitiu a navegação do Douro até Barca d’Alva e a fronteira com Espanha.[2]

Planeamento editar

Em 1867, o Estado Português apresentou às Câmaras os projectos para várias linhas férreas em bitola ibérica, unindo o Porto ao Pinhão, a Braga, e à fronteira com Espanha no Minho.[4] Apesar do empenho que as populações e o próprio governo tinham na construção destas linhas, devido à sua necessidade, só em 14 de Junho de 1872 foi decretado o início das obras na Linha do Minho e a realização de estudos para o traçado da Linha do Douro, que devia passar por Penafiel.[4]

O principal propósito da Linha do Douro foi, além de providenciar transporte para as povoações ao longo da via, transportar adubos, sementes e outros produtos para o interior, e escoar a produção agrícola destas regiões; por outro lado, iria fornecer uma alternativa ao transporte fluvial, bastante limitado pela então reduzida capacidade de navegação no Rio Douro, e permitir um melhor acesso ao interior transmontano.[8] Devido à sua importância, a construção da Linha do Douro adquiriu uma maior prioridade em relação a outros projectos ferroviários em Portugal, nomeadamente a continuação do Caminho de Ferro do Sul até ao Algarve.[9]

 
Horários dos comboios do Porto a Caíde em 1875.

Troço entre Ermesinde e o Pinhão editar

 Ver artigo principal: Linha do Minho

Os trabalhos da Linha do Minho iniciaram-se no dia 8 de Julho de 1872, tendo o primeiro troço, até Braga, sido aberto à exploração em 20 de Maio de 1875.[4] As obras na Linha do Douro principiaram em 8 de Julho de 1873, tendo o primeiro tramo, entre Ermesinde e Penafiel, entrado ao serviço no dia 30 de Julho de 1875[4] O troço seguinte, até Caíde, foi inaugurado em 20 de Dezembro do mesmo ano, e a linha chegou ao Juncal em 15 de Outubro de 1877.[10]

A linha foi aberta à exploração até Régua em 15 de Julho de 1879, ao Ferrão em 4 de Abril de 1880,[10] e ao Pinhão em 1 de Junho de 1880.[10]

Troço entre o Pinhão e Barca d'Alva e ligação internacional editar

Com a abertura do troço até ao Pinhão, concluiu-se o principal propósito da Linha do Douro, que era estabelecer uma ligação ferroviária até esta região; no entanto, já nesta altura se planeava a continuação da linha até à fronteira com Espanha em Barca d’Alva, pelo que, em 23 de Julho de 1883, foi decretada a construção deste troço.[4] A linha foi aberta, assim, até ao Tua em 1 de Setembro de 1883, e até ao Pocinho no dia 10 de Janeiro de 1887.[4] O troço entre esta estação e Côa foi inaugurado em 5 de Maio de 1887 e o troço entre Côa e Barca d'Alva em 9 de Dezembro de 1887,[11][12] no mesmo dia que o troço internacional Barca d'Alva-La Fregeneda, que ligará depois à La Fuente de San Esteban, permitindo a conexão entre a Linha do Douro e a rede ferroviária espanhola, tendo-se desde logo iniciado o serviço directo entre o Porto e Salamanca.[3] O troço Barca d'Alva-La Fregeneda foi financiado por um grupo de estabelecimentos bancários da Praça do Porto, denominado de Sindicato Portuense.[13][14] Também em 1887, inagurou-se o primeiro lanço da Linha do Tua, de Foz Tua a Mirandela.[15]

A conclusão da ligação internacional foi um dos motivos para o declínio do tráfego fluvial no Rio Douro.[2]

Formação dos Caminhos de Ferro do Estado editar

Uma lei de 14 de Julho de 1899 criou os Caminhos de Ferro do Estado, uma organização governamental, mas com uma certa independência, que tinha como propósito gerir as linhas que eram propriedade do governo português.[16] A Linha do Douro foi integrada na Divisão do Douro e Minho desta operadora.[17]

Fases da Construção editar

Entre as Estações Extensão Inauguração Encerramento
ErmesindePenafiel 30,311 km 30 de Julho de 1875
Penafiel – Caíde 07,328 km 20 de Dezembro de 1875
Caíde – Juncal 18,818 km 15 de Setembro de 1878
Juncal – Régua 38,371 km 15 de Julho de 1879
RéguaFerrão 15,813 km 4 de Abril de 1880
Ferrão – Pinhão 07,611 km 1 de Junho de 1880
Pinhão – Tua 12,993 km 1 de Setembro de 1883
TuaPocinho 31,678 km 10 de Janeiro de 1887
PocinhoCôa 09,061 km 5 de Maio de 1887 18 de Outubro de 1988
CôaBarca d'Alva - fronteira 18,882 km 9 de Dezembro de 1887
 
Rede Complementar ao Norte do Mondego, decretada em 1900, que inclua vários projectos com ligação à Linha do Douro, alguns dos quais foram construídos.

Século XX editar

Década de 1900 editar

Em 7 de Fevereiro de 1902, foram aprovados dois projectos para a construção de pontes sobre o Rio Douro, sendo uma rodoviária, para acesso à Estação do Pinhão, e outra, de tipologia rodo-ferroviária, junto à localidade do Pocinho, para transportar a Linha do Sabor e a Estrada Real 9.[18] No início daquele ano, previu-se a introdução de carruagens de primeira classe nos serviços entre o Porto e Barca d'Alva.[19]

Em 1909, entrou ao serviço o lanço entre Livração e Amarante da Linha do Tâmega.[3]

O troço internacional entre Barca d'Alva e La Fregeneda revelou-se um fracasso financeiro, o que levou, nos inícios do século XX, à falência do Sindicato Portuense e à sua integração na Companhia das Docas do Porto e dos Caminhos de Ferro Peninsulares.[13] A ligação internacional passou então a ser gerida pela Compañía del Ferrocarril de Salamanca a la Frontera Portuguesa, tendo sido utilizada pelo Sud Expresso por várias vezes ainda no século XIX, de forma a reduzir o tempo de percurso em cerca de cinco horas.[14]

Década de 1920 editar

Em 1927, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses venceu o concurso de arrendamento das linhas dos Caminhos de Ferro do Estado, tendo começado a gerir as antigas ligações desta operadora, incluindo a Linha do Douro, em 11 de Maio desse ano.[17]

Décadas de 1960 e 1970 editar

Nos finais de 1968, verificou-se uma grande falta de locomotivas na região Norte do país, devido ao atraso na entrega do segundo lote da Série 1400, pelo que a C. P. enviou várias das suas locomotivas do Sul e Sueste para o depósito de Contumil, incluindo a 501, que foi encarregada dos principais comboios na Linha do Douro, especialmente os semi-directos da Régua ao Porto.[20] Nesse ano, algumas das estações da linha utilizavam um sistema de exploração no qual eram colocadas em eclipse nas alturas de menor movimento, deixando dessa forma de intervir na circulação dos comboios, como forma de reduzir os custos com o pessoal.[21]

 
Estação de Barca d'Alva, em 1995.

Décadas de 1980 e 1990 editar

Em 30 de Setembro de 1984, o Governo Espanhol aprovou o encerramento de várias linhas férreas, incluindo o troço entre La Fuente de San Esteban e La Fregeneda, que fazia parte da linha internacional até Barca d'Alva.[2][22] Esta linha apresentava um tráfego muito reduzido, que era essencialmente composto, nos últimos anos, apenas por uma automotora que fazia os serviços locais entre La Fuente de San Esteban e Barca d'Alva.[23] Como estava programado, este troço fechou a 1 de Janeiro do ano seguinte, junto com a linha até Barca d'Alva.[2][22] No dia 18 de Outubro de 1988, foi encerrado o lanço entre as estações de Pocinho e Barca d'Alva.[2] Este tramo foi quase totalmente abandonado, em contraste com a antiga linha em Espanha, que foi categorizada como monumento, e declarada como Bem de Interesse Cultural, sendo regularmente alvo de inspecções.[2]

Em 1994, o lanço entre Porto e Régua fazia parte da rede dos serviços Auto Expresso da C. P., que permitia o transporte de automóveis nos comboios de passageiros.[24]

Na década de 1990, a Linha do Douro foi alvo de profundas obras de remodelação no distrito do Porto que visaram a duplicação e electrificação da via, e que permitiram uma melhoria considerável do serviço prestado. As obras de electrificação e duplicação da via foram inauguradas primeiramente no troço entre Ermesinde e Valongo, em 15 de Setembro de 1995,[5] seguindo-se o lanço até Cête em 26 de Setembro de 1999.[25] As obras incluíram a construção de uma estação em Caíde.[6]

Século XXI editar

 
Comboio eléctrico urbano da CP Porto na nova estação de Penafiel.

Década de 2000 editar

As obras de remodelação da parte suburbana da linha do Douro prosseguiram pelo Vale do Sousa, sendo concluídas entre Cête e Penafiel (com a inauguração de uma nova estação nesta cidade) em Setembro de 2002,[26] e daí até Caíde, não tendo avançado, tal como previsto, até ao Marco de Canaveses, o que obrigava os passageiros com destino a esta estação a efectuar transbordo em Caíde para comboios a diesel, especificamente para o serviço Regional.

No final da década de 2000, a Linha do Douro perdeu os seus últimos tributários de via estreita que ainda resistiam. Em Agosto de 2008, foi encerrada a Linha do Tua entre o Tua e o Cachão,[27] e em Março de 2009 foi a vez dos últimos troços das linhas do Corgo (RéguaVila Real) e do Tâmega (LivraçãoAmarante).[28] Se a Linha do Tua foi encerrada devido à construção da Barragem de Foz Tua (que ia submergir os primeiros quilómetros da linha), as Linhas do Corgo e do Tâmega foram oficialmente encerradas para se proceder a profundas obras de renovação; contudo, as obras nunca chegaram a avançar e as linhas foram definitivamente encerradas em 1 de Janeiro de 2012.

Em Agosto de 2009, a Secretária de Estado e dos Transportes, Ana Paulo Vitorino, anunciou a intenção de reabrir o tráfego internacional na Linha do Douro, estando naquela altura previsto para breve o início dos trabalhos para recuperação do troço entre o Pocinho e Barca d’Alva, com o objectivo de o reabrir ao tráfego.[29] No entanto, as obras não chegaram a avançar.[30] Em 1 de Setembro de 2009, uma colisão entre um comboio e um automóvel no concelho de Baião resultou em cinco mortos e um ferido.[31] Em 11 de Setembro, a Linha do Douro esteve interrompida devido a um incêndio junto aos túneis da Campainha, em Fornos, no concelho de Marco de Canaveses.[32] Em 16 de Novembro de 2009, a circulação foi interrompida entre a Régua e o Tua, devido ao clima, tendo a C. P. organizado um serviço rodoviário de substituição.[33] Em 25 de Novembro, o lanço entre a Régua e a Tua foi novamente encerrado devido a várias derrocadas, também provocadas por condições atmosféricas diversas.[34] Em 16 de Dezembro, uma mulher caiu à via férrea e foi atropelada por um comboio no Apeadeiro de Suzão, tendo ficado gravemente ferida.[35] Na última semana desse mês, a circulação foi suspensa no lanço entre Foz Tua e o Pocinho devido a derrocadas, provocadas por chuvas intensas, tendo os comboios sido substituídos por carreiras de táxis e autocarros.[36] Esta derrocada terá sido a maior de sempre até então em Portugal, tendo caído cerca de 1500 toneladas de pedras e terras, interditando aproximadamente 30 metros de via férrea.[37]

 
Comboio interregional no Pinhão, em 2012.

Década de 2010 editar

Em 3 de Fevereiro de 2010, o Diário de Notícias relatou que o lanço entre Foz Tua e o Pocinho só deveria reabrir nos finais de Março, de acordo com um anunciado da empresa Rede Ferroviária Nacional, que informou que os trabalhos que estabilização do talude tinham começado no dia anterior, e que só dentro de dois meses seria terminada a primeira fase das obras, que permitiria a reabertura do lanço, embora com limitações na velocidade.[38] A circulação só deveria ser totalmente normalizada com a conclusão das obras, em finais de Setembro.[38] A empreitada foi entregue à empresa OFM, por cerca de 1,15 milhões de Euros.[38]

Em Setembro de 2014, o Governo de Portugal adjudicou a electrificação entre Caíde e o Marco,[39] a obra foi sucessivas vezes suspensa e atrasada em um ano.[40] Em Setembro de 2017, foi lançado o concurso público para a elaboração do projecto de electrificação do troço Marco-Régua.[41]

Com a conclusão das obras de eletrificação e certificação por parte do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) do troço Caíde-Marco da Linha do Douro, no dia 14 de Julho de 2019 os Comboios Urbanos do Porto, especificamente a Linha do Marco de Canaveses, retomaram a circulação entre Caíde e Marco de Canaveses, sem a necessidade de transbordo. O serviço estava parcialmente suspenso, assegurado por serviço regional, desde finais do século XX quando a empreitada de eletrificação da Linha do Douro se ficou por Caíde.[1]

Década de 2020 editar

Em Agosto de 2009, foi anunciado pela Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, a intenção de reabrir o tráfego internacional, esperando-se nessa altura que em breve arrancassem os trabalhos para a recuperação do troço entre o Pocinho e Barca d’Alva.[29] A 10 de Setembro de 2009, na estação de Caminhos de Ferro do Pocinho, foi assinado, por responsáveis da Rede Ferroviária Nacional, Comboios de Portugal, Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e Estrutura de Missão do Douro, um protocolo de intenções para Reabilitação do troço da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva e para Exploração Turística da Linha do Douro entre a Régua e Barca d'Alva,[42] tendo sido homologado pela Secretária de Estado.

Em Julho de 2020, o vice-presidente da empresa Comboios de Portugal, Pedro Moreira participou numa conferência online, organizada pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, onde defendeu a reabertura da Linha do Douro até à fronteira.[43] Segundo o gestor, caso a linha reabrisse, a empresa estava pronta para assegurar os comboios até Barca de Alva.[43] Esta medida também foi apoiada pelo engenheiro ferroviário Alberto Aroso, que considerou o comboio como parte da imagem da região, e calculou que a reabertura da via férrea seria fácil e pouco dispendiosa, uma vez que as obras de arte, como as pontes e túneis, já tinham sido construídas.[43] Com efeito, um processo simples de reabilitação até Barca de Alva, para permitir a circulação de comboios a gasóleo, custaria apenas cerca de 25 milhões de Euros, enquanto que uma reabertura total, com ligação a Espanha teria um custo aproximado de 200 a 260 milhões de Euros.[43] Também nesse mês, a empresa britânica Aethel Partners, proprietária das Minas de Ferro de Torre de Moncorvo, anunciou que iria em breve iniciar o transporte de minério por caminho de ferro entre o Pocinho e o Porto de Leixões, sendo utilizado o transporte rodoviário desde o couto mineiro até ao Pocinho.[44] Esta iniciativa iria permitir a dinamização não só do Porto de Leixões mas também da Linha do Douro, cujo transporte de mercadorias era muito reduzido, e voltou a chamar as atenções para as suas potencialidades como ligação internacional, em conjunto com a linha encerrada até La Fuente de San Esteban.[44] Igualmente em Julho, a Deputação de Salamanca iniciou um processo para a exploração em conjunto do percurso turístico do caminho de ferro de La Fregeneda e do Porto Fluvial de Vega Terrón, na margem espanhola do Rio Águeda, e que serve como local de embarcação dos cruzeiros do Douro, nas visitas à cidade de Salamanca.[45] O programa Camino de Hierro era considerada pela deputação provincial como a sua maior intervenção turística,[46] embora tenha sido criticado pelo deputado Manuel Ambrosio Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol, que classificou a sua exploração como «calamitosa y desastrosa».[47]

Em Março de 2021, a Assembleia da República portuguesa aprovou por unanimidade cinco moções para reabrir o lanço desativado em 1988 de Pocinho até a fronteira espanhola em Barca d'Alva. A decisão não é vinculante, mas empraza o Governo português a empreendê-la, mesmo se Espanha não reabre a Linha internacional de Barca d'Alva-La Fregeneda a La Fuente de San Esteban, argumentando a decisão em que serviria de apoio ao minério do concelho de Torre de Moncorvo e incentivaria a coesão territorial e o turismo na zona, classificada Património da Humanidade pela Unesco.[48][49]

Em abril de 2022, foi anunciado que os estudos de viabilidade técnica e ambiental da reabertura do troço Pocinho – Barca d’Alva, na Linha do Douro, estão concluídos e serão entregues brevemente ao grupo de trabalho sobre o tema.[50]

A 21 de Novembro de 2022, um comboio InterRegional da Linha do Douro descarrilou às 07:05 ao embater em pedras caídas na via devido ao mau tempo.[51] O alerta foi dado às 07:35 e o tráfego no troço entre Rede e Ermida foi suspenso.[52]

Em 2023, foi lançado o concurso para a eletrificação da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e Peso da Régua, numa extensão de 47 quilómetros, cerca de 21 dos quais no concelho de Baião. O preço-base da empreitada é de 118 milhões de euros.[53]

Caracterização editar

Traçado editar

A linha, em grande parte do seu percurso, acompanha as margens do rio Douro, contendo a maior extensão de via férrea ladeada de água de Portugal, superando mesmo o grande troço ribeirinho da Linha da Beira Baixa, ao longo do Rio Tejo.[54]

Obras de Arte editar

Túneis editar

 
Túnel na Linha do Douro.

No seu percurso a linha tem 23 túneis:

  • Caíde
  • Gaviarra
  • Campaínha
  • Juncal
  • Riboura
  • Loureiro
  • Má Passada
  • Santinho
  • Peso da Régua
  • Bagaúste ou Três Curvas
  • Pedra Caldeira
  • Rapa
  • Valeira
  • Vargelas
  • Arnozelo I
  • Arnozelo II
  • Arnozelo III
  • Fontainhas
  • Meão
  • Saião
  • Veiga
  • Castelo Melhor
  • Almendra


Pontes editar

 
Ponte de Ferradosa, sobre o Rio Douro.

Ao longo da linha existem 35 pontes:

  • Sete Arcos (Alfena)
  • Ferreira (Valongo)
  • Fervença
  • Sousa
  • Vila Meã (Amarante)
  • Póvoa
  • Tâmega
  • Juncal
  • Cocheca
  • Quebradas
  • Pala (viaduto)
  • Ovil (viaduto)
  • Portuzuelo
  • Laranjal
  • Zêzere
  • Teixeira
  • Sermanha
  • Corgo
  • Pinhão (Alijó)
  • Roncão
  • Loureiro
  • Tua
  • Riba Longa
  • Ferradosa
  • Vargelas
  • Arnozelo
  • Teja (viaduto)
  • Murça
  • Gonçalo Joanes
  • Vale do Nedo
  • Pocinho
  • Canivais
  • Côa
  • Aguiar
  • Gricha


Exploração comercial editar

Hoje em dia apenas está ativo ao tráfego ferroviário (mercadorias e passageiros) no troço Ermesinde-Pocinho da linha.

Os troços entre Porto e Ermesinde, na Linha do Minho, e entre Ermesinde e Marco de Canaveses, na Linha do Douro, foram totalmente renovados, tendo sido eletrificados.

 
Comboio de mercadorias junto a Valongo, em 2013.

Serviços de mercadorias editar

A linha é explorada, no troço em funcionamento, por várias empresas de mercadorias.

Serviços de passageiros editar

CP Porto editar

A CP Porto, especificamente a Linha do Marco de Canaveses, explora, com recurso a comboios da Série 3400, o serviço entre Porto - S. Bento e Marco de Canaveses. Estes efectuam esta ligação em aproximadamente 60 minutos.[55]

 
Automotora 0600 no Pinhão, em 2007.
CP Regional editar

Existem ainda ligações frequentes entre Porto - S. Bento ou Porto (Porto-Campanhã) - Régua (Interregional), com recurso a automotoras da Série 592 a gasóleo, percurso que se faz em aproximadamente 1 hora e 45 minutos. Ou ligações Marco de Canaveses (onde faz ligação com os CP Porto) - Régua (Regionais), com recurso igualmente a automotoras da Série 592, com duração total (Porto-Régua) de aproximadamente 2 horas e 25 minutos.[55]

Relativamente à exploração (Porto - S. Bento - Pocinho), o percurso é assegurado diariamente por 5 automotoras, igualmente da Série 592, em aproximadamente 3h15.[55]

De referir, que esporadicamente a CP, efectua o serviço (Porto - S. Bento - Pocinho), recorrendo a comboios clássicos, constituindos por carruagens Sorefame (2ª série), Corail ou Schindler, puxados por uma locomotiva, geralmente da Série 1400.[55]

Também assegurado por automotoras a gasóleo, Série 592, existe o serviço de comboios regionais entre a Régua e o Pocinho.[55]

Em 2005, o número de passageiros que viajavam no percurso entre Pinhão e Pocinho era muito inferior ao verificado no resto da Linha do Douro, totalizando cerca de 35 mil passageiros por ano; esta situação devia-se principalmente à falta de atracções turísticas, e de capacidade hoteleira, que se faziam sentir após aquele ponto.[2]

Outros serviços editar

Em 1983, realizavam-se comboios semidirectos ao longo da linha, sendo um dos destinos a Estação de Barca d’Alva.[56] Também foi utilizada por comboios internacionais entre o Porto e Salamanca.[3]

 
Automotora da Série 0600 na estação de Foz Tua, em 1993.

Material circulante editar

Uma série de material circulante que foi utilizada na Linha do Douro foi a 0600, correspondente a uma família de automotoras a gasóleo, que permitiram uma maior velocidade nos serviços da linha.[57]

Entre as locomotivas a vapor utilizadas na Linha do Douro, estiveram as da 260[58] e 500[20]

Na Linha do Douro também foram utilizadas carruagens de dois pisos nos comboios até Penafiel, porque eram demasiado altas para atravessar o Túnel de Caíde.[59]

 
Locomotiva do comboio histórico na estação de Tua, em 2012.

Cruzeiros e comboios turísticos editar

Em 2005, realizavam-se vários cruzeiros fluviais entre a cidade do Porto e a Estação de Régua, uma vez que existiam boas condições para o transbordo entre o Cais da Régua e esta interface.[2] Embora os cruzeiros fossem organizados até Barca d'Alva, a inexistência da ligação ferroviária naquela localidade forçava os barcos a regressar ao Pocinho, onde tomavam o comboio de regresso ao Porto; naquela altura, previa-se que a reabertura da ligação até Barca d'Alva seria utilizada por mais de 20 mil passageiros por ano, em combinação com os serviços de cruzeiros.[2]

A Linha do Douro é percorrida por um comboio histórico de cariz turístico, rebocado pela locomotiva a vapor 186, que circula entre Régua e Foz Tua durante vários meses do ano.[7]

Ver também editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a Linha do Douro

Referências

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  2. a b c d e f g h i j k l AROSO, Alberto (Agosto de 2005). «A Importância da Interoperabilidade dos Transportes Ferroviário e Fluvial na Estratégia de Desenvolvimento do Turismo do Vale do Douro». Transportes em Revista (30). p. 6-14 
  3. a b c d e REIS et al, 2006:12
  4. a b c d e f g TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1684). p. 91-95. Consultado em 12 de Abril de 2015. Urgia continuar a Linha do Douro, pois a função regional estava incompleta e ainda não fora atingido o objectivo internacional. Em 23 de Julho de 1879 foi decretada a construção até Barca d'Alva 
  5. a b REIS et al, 2006:150
  6. a b REIS et al, 2006:233
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  42. Eduardo PINTO: “Comboios vão mesmo voltar a Barca de AlvaJornal de Notícias 2009.09.11
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  52. «Circulação restabelecida na Linha do Douro após descarrilamento em Mesão Frio» 
  53. «Baião aplaude lançamento de concurso para eletrificação da Linha do Douro até à Régua» 
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  58. TÃO, Manuel Margarido (2005). «150 Anos de Material Motor Francês em Portugal». O Foguete. 4 (15). Entroncamento: Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário. p. 13-19 
  59. REIS et al, 2006:27
CP Urbanos do Porto

(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Marco de Canaveses  Guimarães


(b) Ferreiros 
     
 Braga (b)
(b) Mazagão 
     
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
     
 Covas (g)
(b) Tadim 
     
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
     
 Vizela
(b) Arentim 
     
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
     
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
     
 Lordelo (g)
(m) Louro 
     
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
     
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
     
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
         
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
 
 
 
   
 Cabeda (d)
(m)(g) Lousado   Suzão (d)
(m) Trofa   Valongo (d)
(m) Portela   S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão   Terronhas (d)
(m) São Frutuoso   Trancoso (d)
(m) Leandro   Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem   Parada (d)
(m)(d) Ermesinde   Cête (d)
(m) Palmilheira 
 
 
 
     
 Irivo (d)
(m) Águas Santas 
 
 
 
     
 Oleiros (d)
(m) Rio Tinto   Paredes (d)
(m) Contumil   Penafiel (d)
(d)(n) P.-Campanhã   Bustelo (d)
 
       
 
 
 Meinedo (d)
(m) P.-São Bento 
     
 
       
 
(n) General Torres 
     
 
 
 Caíde (d)
(n) Gaia 
 
 
     
 Oliveira (d)
(n) Coimbrões 
         
 Vila Meã (d)
(n) Madalena 
         
 Recesinhos (d)
(n) Valadares 
         
 Livração (d)
(n) Francelos 
         
 M.Canaveses (d)
(n) Miramar 
         
 Aveiro (d)
(n) Aguda 
         
 Cacia (d)
(n) Granja 
         
 Canelas (n)
(n) Espinho 
         
 Salreu (n)
(n) Silvalde 
         
 Estarreja (n)
(n) Paramos 
         
 Avanca (n)
(n) Esmoriz 
         
 Válega (n)
(n) Cortegaça 
         
 Ovar (n)
 
         
 Carv.-Maceda (n)

Bibliografia editar

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  • VILLAS-BOAS, Alfredo Vieira Peixoto de (2010) [1905]. Caminhos de Ferro Portuguezes. Lisboa e Valladollid: Livraria Clássica Editora e Editorial Maxtor. 583 páginas. ISBN 8497618556 
  • WALKER, John R. (2005). Broad Gauge Steam Locomotives of Portugal (em inglês). [S.l.]: Hartshead Publishing. 103 páginas. ISBN 0955174805 

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