Múrcia (mitologia)

epíteto de Vénus em Roma

Múrcia, Murtea ou Murtia era um epíteto de Vénus em Roma, onde esta tinha um templo com uma estátua - como é referido por Sexto Pompeu Festo, Apuleio (nas "Metamorfoses") e Marco Terêncio Varrão.

Múrcia
Romano equivalente Vénus
Grego equivalente Afrodite

Este sobrenome, que se acredita advir de Myrtea (murta), parece indicar o gosto que a deusa tinha por esta planta. Diz-se, de facto, que existia um bosque de murta frente ao seu templo, no sopé do monte Aventino, como nos conta Plínio, o Velho.

Outros autores cristãos, de forma claramente propagandística contra o culto pagão, como Agostinho de Hipona, na sua De Civitate Dei fazem advir o nome da palavra murcus, que significa estúpido ou palerma (note-se que no norte de Portugal existe o termo "morcão" ou "murcão"[1][nota 1]. Outros, ainda, fazem derivar a palavra do termo usado em Siracusa, μυκρός, ou seja, terno.

Notas

  1. Embora esta última variante (Morcão) não seja referida em dicionários - para designar as larvas de alguns insectos e que é também utilizado para designar, ofensivamente, alguém que se despreza. Mas não existe nenhum autor que faça daí derivar a palavra, mas sim do termo castelhano murcón, ou "morcela", como aparece registado no Dicionário da Porto Editora)

Referências

  1. Morcão in Dicionário da Porto Editora, 7.ª edição, pág. 1231

Bibliografia editar

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