Nota: Para outros significados, veja Magas (desambiguação).

Magas foi um filho de Berenice I e enteado de Ptolemeu I Sóter. Ele reprimiu uma rebelião de Cirene (Cirenaica) durante o reinado do seu padrasto e, quando seu meio-irmão Ptolemeu II Filadelfo era o faraó, se rebelou contra o Egito.

Magas de Cirene
Magas de Cirene
Nascimento século IV a.C.
Macedónia Antiga
Morte 250 a.C.
Cirene
Progenitores
Cônjuge Apama
Filho(a)(s) Berenice II
Irmão(ã)(s) Ptolemeu II Filadelfo, Texena, Arsínoe II, Antígona do Epiro
Ocupação soberano
Título king of Cyrene

Família editar

Sua mãe, Berenice I, foi casada com um nobre macedônio chamado Filipe, com quem teve pelo menos dois filhos, Magas,[1] e Antígona.[2] Alguns historiadores modernos especulam que a princesa egípcia Texena, esposa de Agátocles, tirano de Siracusa, poderia ser filha de Filipe e Berenice. Os pais de Berenice I se chamavam Magas e Antígona;[1] sua mãe era parente de Antípatro.

Quando Ptolomeu I Sóter se casou com Eurídice, filha de Antípatro, Berenice foi junto com Eurídice para o Egipto.[3] Enquanto Ptolomeu I Sóter estava casado com Eurídice, ele tomou Berenice como concubina.[3]

Ptolomeu I Sóter e Berenice tiveram três filhos, Ptolomeu II Filadelfos,[3] Arsínoe II[1] e Filotera.

Governador de Cirene editar

Após a morte de Antígono Monoftalmo, Ptolemeu I Sóter reconquistou a Síria e Chipre, e restaurou Pirro ao seu reino, porém Cirene se rebelou.[3] No quinto ano da rebelião, Magas foi enviado, e reconquistou Cirene.[3]

Por influência de Berenice, Magas tornou-se o governador de Cirene.[1]

Magas se casou com Apama,[4] filha de Antíoco I Sóter [4][5] e Estratonice.[5]

Rei de Cirene editar

Após a morte de Ptolemeu I Sóter, quando seu filho Ptolemeu II Filadelfo se tornou o faraó, Magas se rebelou contra o meio-irmão, e atacou o Egito,[1] porém teve que recuar, pois os nômades líbios (marmaridae) haviam se revoltado.[6] Ptolemeu II também não conseguiu atacar Cirene, pois seus mercenários, 4 mil gauleses, tinham planejado tomar o Egito; eles foram isolados em uma ilha no Rio Nilo e deixados para morrer se matando ou de fome.[6]

Magas convenceu seu sogro, Antíoco I Sóter, a romper o acordo que havia sido feito entre Seleuco I Nicátor, pai de Antíoco, e Ptolemeu I Sóter, pai de Ptolemeu II, e atacar o Egito.[4] Porém Ptolemeu II atacou os súditos de Antíoco, de forma que Antíoco não conseguiu atacar o Egito.[4]

Sucessão editar

Ele teve uma filha, Berenice, que se casou com Ptolemeu III Evérgeta.[7] Segundo Juniano Justino, a mãe de Berenice se chamava Arsínoe,[8] a identidade entre Apama e Arsínoe foi confirmada pelos Papiros de Oxirrinco.[9]

Referências

  1. a b c d e Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.7.1
  2. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pirro, 4.4
  3. a b c d e Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.6.8
  4. a b c d Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.7.3
  5. a b Eusébio de Cesareia, Crônica, 95, Os reis da Ásia Menor após a morte de Alexandre, o Grande
  6. a b Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.7.2
  7. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.2
  8. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 26.3 [em linha]
  9. Calímaco, fragmento 110, Papiros de Oxirrinco, pOxy 20.2258, citado por Chris Bennett, Ptolemaic Dinasty - Apama/Arsinoe [em linha]