Manuel Ruiz Zorrilla

Manuel Ruiz Zorrilla (Burgo de Osma (Sória), 22 de Março de 1833 - Burgos, 13 de Junho de 1895) foi um político espanhol, deputado nas Cortes e posteriormente Ministro de Fomento e de Graça e Justiça durante a I República, e chefe de Governo com Amadeu I.[1][2] Foi Grande Mestre do Gran Oriente de España.

Manuel Ruiz Zorrilla
Manuel Ruiz Zorrilla
Nascimento 22 de março de 1833
Burgo de Osma
Morte 13 de junho de 1895 (62 anos)
Burgos
Sepultamento Burgos
Cidadania Espanha
Alma mater
Ocupação político, militar
Assinatura

Vida editar

 
Governo provisório de 1869. Figuerola, Sagasta, Ruiz Zorrilla, Prim, Serrano, Topete, Lopez de Ayala, Romero Ortiz e Lorenzana

Estudou filosofia em Valladolid. Depois, em Madrid, estudou Jurisprudência na Universidade Central. Em dois anos acabou os estudos de Jurisprudência e matriculou-se em Leis, atingido a licenciatura em 1857. Começou a sua vida pública como Comandante da Milícia Nacional, sendo eleito Deputado Provincial. Graças a este pequeno empurrão político mudou-se para Madrid, sendo nomeado Deputado Nacional pelo Partido Progressista em 1858.[3] Nesta etapa surgiria a amizade com Práxedes Mateo Sagasta. Destacou-se na Sublevação do quartel de San Gil (1866), pela qual foi condenado à morte e teve de fugir da Espanha. Desde o exílio dirigiu conspirações para derrocar Isabel II.[3] Triunfante a revolução de 1868, como líder do Partido Radical susteve que os progressistas deviam assumir o programa democrático.[3]

Foi encarregue do Ministério de Fomento da Espanha no governo provisório de Francisco Serrano (1868), estabeleceu a liberdade de ensino e decretou o traspasso dos materiais de bibliotecas e arquivos religiosos ao Estado. Introduziu reformas no ensino universitário. Fez parte do governo de Juan Prim como ministro de Graça e Justiça (1869). Foi designado Presidente das Cortes Constituintes e proclamou Amadeu de Saboia como rei da Espanha (1870). Durante o reinado deste, presidiu o Governo em duas ocasiões. Opôs-se à política de Sagasta, e dividiu os progressistas. Quando abdicou o monarca, o acompanhou ao exílio.

Com a Restauração (1874), teve de permanecer no estrangeiro. Manteve uma oposição sistemática a Afonso XII e ao regime da Restauração. Fundou o Partido Republicano Progressista (1874-1895) e, na primeira etapa do regime canovista, pretendeu derrocar a monarquia mediante um pronunciamento militar. Impulsionou a fundação da Associação Republicana Militar em 1883. Tentou, sem sucesso, conseguir o apoio dos republicanos franceses. Teve um papel de destaque em diversos pronunciamentos em Badajoz (1883), Cartagena, (1886) e no do General Villacampa, em Madrid (1886), mas a via insurrecional fracassou ao carecer de apoio civil. Achegou-se a Nicolás Salmerón com a criação da União Republicana em 1893. Sua atividade centrou-se na sociedade civil e acentuou a suposta necessidade de ordem e autoridade. Com a sua morte (1895), o partido cindiu-se e fragmentaram-se as forças republicanas.

Referências

  1. Blanco, Jesús Mercado; Benito, María Jesús Moya (2003). Historia de Sacedón: patrimonio y costumbres (em espanhol). Guadalajara: AACHE Ediciones de Guadalajara. p. 160 
  2. Griffin, Julia Ortiz; Griffin, William D. (2007). Spain and Portugal: A Reference Guide from the Renaissance to the Present (em inglês). Nova Iorque: Infobase Publishing. p. 444 
  3. a b c Smith, Angel (2017). Historical Dictionary of Spain (em inglês). Lanham: Rowman & Littlefield. p. 507 

Ligações externas editar

Precedido por
Francisco Serrano y Domínguez
Presidente do Conselho de Ministros da Espanha
1871
Sucedido por
José Malcampo y Monge
Precedido por
Francisco Serrano y Domínguez
Presidente do Conselho de Ministros da Espanha
1872 - 1873
Sucedido por
Estanislao Figueras y Moragas
(Presidente do Poder Executivo)


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