Nota: Para outros significados, veja Moneta (Wyoming).

Moneta, a Avisadora é um epíteto da deusa Juno, venerada no cimo norte do Capitólio, em Roma. Recebera esse nome porque, quando da invasão dos gauleses, em 390 a.C., os gansos sagrados que se criavam em volta do santuário da deusa deram o alarme com os seus grasnidos, enquanto o inimigo tentava tomar de surpresa a colina num ataque noturno. O Templo de Juno Moneta erguia-se no local onde ficava a casa de Marco Mânlio Capitolino, que fora destruída depois da condenação à morte do seu proprietário, suspeito de aspirar à monarquia[1][2].

Denário com a efígie de Juno Moneta (esquerda)

Era nesse templo que se cunhava a moeda. Contava-se que, durante a guerra contra Pirro, temendo que o dinheiro lhes viesse a faltar, os Romanos pediram conselho a Juno. A deusa respondeu-lhes que jamais teriam falta de dinheiro se orientassem as suas guerras com justiça. Como agradecimento por esse conselho, decidiu-se que a cunhagem da moeda se faria sob os auspícios da deusa[3][4].

Mnemósine editar

Moneta é também o nome latino da titânia Mnemósine. Assim a chamam Lívio Andrônico[5] e, séculos mais tarde, o poeta inglês John Keats, em The Fall of Hyperion (1817)[6].

Referências

  1. Tempio di Giunone Moneta. Musei Capitolini (em italiano)
  2. STOLL, Heinrich Wilhelm. Moneta 2. In: Wilhelm Heinrich Roscher (Hrsg.): Ausführliches Lexikon der griechischen und römischen Mythologie. Band 2,2, Leipzig 1897, Sp. 3200 f. (em alemão)
  3. Silver denarius showing Juno Moneta Arquivado em 24 de abril de 2014, no Wayback Machine.. The British Museum (em inglês)
  4. Juno Moneta, goddess of money. The E-sylum (em inglês)
  5. Burns, Oates & Washbourne. The religious system of the Ancients - Fate. In Dublin review: a quarterly and critical journal, Volume 4, 1838. Pág. 47 (em inglês)
  6. GOODBY, John. Irish Poetry Since 1950: From Stillness Into History. Manchester University Press, 2000, pág. 96 (em inglês)

Bibliografia editar

  • GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Tradução de Victor Jabouille. 5 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 616p. pp. 317-318
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