Monte da Guia

monte de Portugal

O Monte da Guia é um cone vulcânico, com duas crateras semicirculares parciamente instersectantes, constituído por tufos hialoclastíticos fortemente palagonitizados, localizado junto à cidade da Horta, ilha do Faial, no arquipélago dos Açores.

Vista parcial da cidade da Horta a partir do Monte da Guia.
Monte da guia.
Monte da guia.

Descrição editar

Esta estrutura geológica, mesmo às portas da cidade da Horta, com origem vulcânica que dá forma ao espaço da Paisagem Protegida do Monte da Guia, é na prática um cone vulcânico com 145 metros de altura e com origem submarina.

Geologicamente é formado por várias camadas de tufo sobrepostas e estratificadas paralelamente às vertentes da superfície. Surgem depósitos piroclásticos de natureza hidromagmática, parcialmente litificados, vulgarmente denominados tufos palagoníticos.

O nome terá o ido buscar à imagem de Nossa Senhora da Guia, padroeira dos pescadores e cuja Ermida de Nossa Senhora da Guia localizada no cimo do monte domina a paisagem.

O lado voltado para a cidade da Horta, apresenta um declive relativamente suave, tendo em tempos antigos sido dividido em compartimentos regulares, aos quais foram dados usos variados, entre os quais jardins, e campos de cultivo, particularmente de milho.

Este monte encontra-se fortemente ligado a Caça à Baleia restando ainda construções que recordam esses tempos, bem como outras ligadas as amarrações dos cabos submarinos que atravessavam o Atlântico e particularmente à passagem pela ilha do Faial da família Dabney.

Para se chegar ao cimo do monte basta seguir um caminho que desde a entrada do Porto da Horta conduz à crista do monte, local de onde se obtêm uma vista excelente a cidade da horta, a ilhas do pico, a ilha de São Jorge e a ilha Graciosa, além de um imenso mar que enche o horizonte.

No cimo do monte próximo à capela dedicada à invocação de Nossa Senhora da Guia, existem as instalações do que foi uma bateria militar dotada por casamata, e instalações de Apoio ao Aeroporto da Horta.

O interior da cratera vulcânica que deu origem a este monte apresenta-se com aspecto afunilado e voltado ao sul. O mar que entretanto erodiu a parte voltada ao oceano entra livremente na vasta depressão, conhecida por Caldeira do Inferno ou Baía das Caldeirinhas. No local, é possível observar a gaivota-argêntea, o pombo-das-rochas e o garajau-comum, entre várias outras espécies de aves que procuram este local para nidificar e descanso.[1]

Conjuntamente Monte Queimado, mesmo ao lado, e áreas as envolventes integra a denominada Paisagem Protegida do Monte da Guia.

Aqui, encontram-se plantas como a Faial-das-ilhas, a urze, o incenso, a tarmagueira, o perrexil-do-mar e, no istmo arenoso, entre os dois montes, a convolvulácea Ipomoea stolonifera rara no arquipélago.

Dado a sua fronteira marítima apresenta vários locais utilizados para o mergulho, particularmente nas vertentes submarinas voltadas ao oceano, local de encostas mais erodidas, dado que as voltadas à Baía do Porto Pim tem resistido mais às intempéries, porque lhe ficam mais protegidas.[2]

Este monte liga-se ao resto da ilha por uma estreita faixa de terra que o delimita juntamente com o Monte Queimado à Baía do Porto Pim.

Ver também editar

Referências

  1. «Monte da guia». Arquivado do original em 4 de maio de 2013 
  2. «Complexo Monte da Guia». Scubazores. Arquivado do original em 3 de setembro de 2012