A nasal velar surda é um tipo de som consonantal, usado em algumas línguas faladas. O símbolo no Alfabeto Fonético Internacional que representa esse som é ⟨ŋ̊⟩, uma combinação da letra para o nasal velar sonoro e um diacrítico indicando ausência de voz. (Por razões de legibilidade, o anel é geralmente colocado acima da letra, ao invés de um ⟨ŋ̥⟩ normal). O símbolo X-SAMPA equivalente é N_0.[1]

Nasal velar surda
ŋ̊

Características editar

  • Sua forma de articulação é oclusiva, ou seja, produzida pela obstrução do fluxo de ar no trato vocal. Como a consoante também é nasal, o fluxo de ar bloqueado é redirecionado pelo nariz.[1]
  • Seu local de articulação é velar, o que significa que se articula com a parte posterior da língua (dorso) no palato mole. [1]
  • Sua fonação é surda, o que significa que é produzida sem vibrações das cordas vocais.[1]
  • É uma consoante nasal, o que significa que o ar pode escapar pelo nariz, exclusivamente (plosivas nasais) ou adicionalmente pela boca.[1]
  • É uma consoante central, o que significa que é produzida direcionando o fluxo de ar ao longo do centro da língua, em vez de para os lados.[1]
  • O mecanismo da corrente de ar é pulmonar, o que significa que é articulado empurrando o ar apenas com os pulmões e o diafragma, como na maioria dos sons.[1]

Ocorrência editar

Língua Palavra AFI Significado Notas
Birmanês[2] ငှါး [ŋ̊á] Esprestar
Yup'ik central alascano[3] calisteńguciquq [tʃaˈlistəˈŋ̊utʃɪquq] Ele vai ser um trabalhador
Feroês[4][5] onkur [ˈɔŋ̊kʰʊɹ] Qualquer um Alofone de /n/ antes de uma consoante velar aspirada.
Islandês[6] banka [ˈpäu̯ŋ̊kä] Bater
Pa Na[7] [ma˧˩.ŋ̊ŋ̍˧˩˧] Sanguessuga
Washo dewŊétiʔ [dewˈŋ̊etiʔ] Encosta inclinada para baixo
Galês[8] fy nghot [və ŋ̊ɔt] Meu casaco
Xumi Inferior[9] [EPŋ̊ɑmõ] Camelo Ocorre em empréstimos do tibetano.[9]

Referência editar

  1. a b c d e f g Maddieson; Ladefold, Ian; Peter (1996). The Sounds of World's Languages. [S.l.: s.n.] 
  2. Ladefoged & Maddieson (1996), p. 111.
  3. Jacobson (1995), p. 3.
  4. Árnason (2011), p. 124.
  5. Þráinsson et al. (2012), p. ?.
  6. Árnason (2011), p. 109.
  7. Chen (2001), p. 72.
  8. Jones (1984), p. 51.
  9. a b Chirkova & Chen (2013), pp. 365, 367.