Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Olímpio.

Olímpio (em latim: Olympius; † 652) foi o exarca de Ravena entre 649 e 652. Antes de ser alçado ao exarcado, Olímpio fora um camareiro na corte imperial em Constantinopla[1].

História editar

Em 649, de acordo com o Liber Pontificalis, o imperador bizantino Constante II ordenou que Olímpio prendesse o papa Martinho I sob a acusação de que a eleição papal não havia sido submetida à aprovação imperial. Constante estava preocupado com a condenação de Martinho à heresia monotelita e temia que ela pudesse ressuscitar o conflito religioso que há muito grassava o Império. Olímpio tentou ganhar o apoio da população romana e de seus bispos. Além disso, ele também, supostamente, ordenou o assassinato de Martinho. Nenhuma dessas ações, porém, teve sucesso.

Com o tempo, Olímpio decidiu inverter a sua lealdade e se aliou ao papa, declarando-se em paralelo imperador. Ele marchou para a Sicília em 652, para lutar contra os sarracenos ou contra as forças bizantinas estacionadas ali. Seu exército foi, porém, acometido por uma doença desconhecida que matou Olímpio no mesmo ano[2].

Referências

  1. Jeffrey Richards, The Popes and the Papacy in the Early Middle Ages (London:Routledge and Kegan Paul, 1979), pp. 187f
  2. Raymond Davis (trad.), "The Book of Pontiffs (Liber Pontificalis)", first edition (Liverpool: University Press, 1989), pp. 69f

Bibliografia editar

  • A. N. Stratos, "The Exarch Olympius and the Supposed Arab Invasion of Sicily in A.D. 652", Jahrbuch der Österreichischen Byzantinistik, 25 (1976), 63-73. (em inglês)


Precedido por
Platão
Exarca de Ravena
649 - 652
Sucedido por
Teodoro I Calíopas