Olaus Magnus, ou Magni - cujo nome original sueco era Olof Månsson - (Linköping, Suécia, outubro de 1490Roma, Itália, 1 de agosto de 1557) foi um cartógrafo, escritor e eclesiástico sueco, pioneiro no desenvolvimento de trabalhos sobre a Suécia e os países nórdicos. Foi o último arcebispo católico da Suécia, exilado em Roma, de 1524 até à sua morte em 1557. [1] [2]

Olaus Magnus
Arcebispo católico titular
Nascimento Linköping, Suécia
1490
Morte Roma, Itália
1557
Nacionalidade Suécia Sueca
Progenitores Mãe: Kristina
Pai: Måns Petersson
Parentesco Irmão de Johannes Magnus
Ocupação Bispo da Igreja Católica
Historiador
Geógrafo
Diplomata

O seu sobrenome, do latim Magnus, não é seu apelido, mas sim o nome de sua família.[2][3][4][5]

Biografia editar

 
Exemplo de pesca no gelo, ilustração de Historia de gentibus septentrionalibus

Como seu irmão mais velho, o arcebispo católico Johannes Magnus, Olaus Magnus obteve diversas posições eclesiásticas. Entre elas a de cônego em Uppsala e Linköping, e de arquidiácono de Estregnésia. Além disso, ele foi encarregado de vários serviços diplomáticos, tal como uma missão até Roma, em nome de Gustavo I da Suécia, no intuito de obter a nomeação de seu irmão, Johannes Magnus, para o cargo eclesiástico de Arcebispo de Uppsala. Não obstante, a bem-sucedida Reforma na Suécia forçou-o a exilar-se, juntamente com seu irmão, por continuar defendendo a fé da Igreja Católica. [2]

 
Serpente do mar, ilustração de Historia de gentibus septentrionalibus

Estabelecendo-se em Roma, em 1527, Olaus passa a secretariar seu irmão. Após a morte de Johannes, em 1544, torna-se seu sucessor como Arcebispo de Uppsala, reconhecidamente nada além de um título, visto que nunca mais retornaria à Suécia. Em 1546, o Papa Paulo III o envia para o Concílio de Trento; mais tarde, ele se tornaria cônego de São Lambert, em Liège. O rei Sigismundo I da Polônia ofereceu a Olaus o posto de cônego de Posnânia, mas a maior parte de sua vida, após a morte de seu irmão, aparentemente foi vivida no monastério de Santa Brígida em Roma, onde ele subsistiu através de uma pensão, assinada pelo Papa a seu favor.

Obras editar

 
Retrato da cidade de Skänninge, ilustração de Historia de gentibus septentrionalibus

Olaus Magnus é o autor de duas obras notáveis: Charta Marina e Historia de gentibus septentrionalibus.[3]

A famosa Historia de gentibus septentrionalibus (História dos Povos Nórdicos), publicada em 1555 era um trabalho folclórico e histórico que mostrava a importância da Suécia para o resto da Europa. Esse trabalho se tornou popular pelo fato de conter muitos esboços de pessoas e costumes locais, encantando toda a Europa. Foi traduzido para o italiano (1565), alemão (1567), inglês (1658) e neerlandês (1665). Resumos dessa obra foram produzidos também em Antuérpia (1558 e 1562), Paris (1561), Amsterdã (1586), Frankfurt (1618) e Leiden (1652). Continua sendo até hoje um repositório valioso de muitas informações interessantes a respeito dos costumes e folclore escandinavos. [1]

 
Carta marina

Logo após a morte de seu irmão, Olaus Magnus também publicou vários trabalhos históricos que ele havia escrito. Também terminaria de escrever "Carta marina et Descriptio septemtrionalium terrarum ac mirabilium rerum in eis contentarum, diligentissime elaborata Anno Domini 1539 Veneciis liberalitate Reverendissimi Domini Ieronimi Quirini" (O Livro do Mar e Descrição das Terras Nórdicas e suas Maravilhas, diligentemente desenhado em Veneza no ano de 1539 através da bondosa assistência do Muito Honroso Senhor e Patriarca Hieronymo Quirino [Lynam 1949, 3]).
Esta obra incluía um mapa da Europa Nórdica juntamente com um mapa da Escandinávia, que foi redescoberta no século XIX, e mostrou-se como a representação mais exata destas terras durante aquela época. O mapa é conhecido como Carta marina (Carta Marítima), e consiste em nove blocos que juntos formam um grande mapa, de 125 cm de altura por 170 cm comprimento. [1]

Referências

  1. a b c Hadenius, Stig; Torbjörn Nilsson, Gunnar Åselius (1996). «Olaus Magnus». Sveriges historia (História da Suécia). Vad varje svensk bör veta (O que todos os suecos devem saber) (em sueco). Estocolmo: Bonnier Alba. p. 121. 447 páginas. ISBN 91-34-51784-7 
  2. a b c Gunnar Broberg. «Olaus Magnus» (em sueco). Svenskt biografiskt lexikon (Riksarkivet) - Dicionário Biográfico Sueco (Arquivo Nacional Sueco). Consultado em 5 de maio de 2019 
  3. a b Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Olaus Magnus». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 712. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6 
  4. Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Olaus Magnus». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 448. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8 
  5. Livro conta a história das criaturas reais e fantásticas que ilustravam mapas medievais Folha

Ligações externas editar