Pedro Álvares Pereira

militar português

Pedro Álvares Pereira (? - Aljubarrota, 14 de agosto de 1385) foi um nobre português que viveu na segunda metade do século XIV.

Pedro Álvares Pereira
Morte 14 de agosto de 1385
Cidadania Portugal
Progenitores
Irmão(ã)(s) Nuno Álvares Pereira
Ocupação militar

Biografia editar

D. Frei Pedro Álvares Pereira era filho sacrílego primogénito de D. Álvaro Gonçalves Pereira, a quem viria a suceder como patriarca da família Pereira e como Prior do Crato (líder da Ordem Hospitalária em Portugal), após falecimento do pai, e de Marinha Gonçalves. Era meio-irmão mais novo de Rodrigo Álvares Pereira, irmão mais velho de Diogo Álvares Pereira e meio-irmão mais velho de Fernão Álvares Pereira e de D. Nuno Álvares Pereira, Condestável de Portugal.

Foi 1.° Senhor do Morgado da Quinta do Castro ou do Crasto, no termo de Celorico, Vínculo instituído com Confirmação Real de D. Afonso IV de Portugal de 6 de Outubro de 1347, por doação de João Afonso, natural de Sevilha.

Foi legitimado por Carta Real de D. Pedro I de Portugal de 26 de Agosto de 1357.

D. Fernando I de Portugal doou a D. Frei Pedro Álvares Pereira o Castelo de Marvão.

Hábil político que alinhava pelos vencedores, foi cortesão de D. Fernando I, Alcaide-Mor de Portalegre e aliado de D. Leonor Teles, depois serviu a D. João I de Castela, que o nomearia Mestre de Calatrava.

Combatendo pelos castelhanos, esteve na Batalha dos Atoleiros, na qual enfrentou o seu próprio meio-irmão Nun'Álvares e de que foi um dos poucos sobreviventes, talvez por ter evitado carga directa contra as lanças portuguesas, que chacinaram os mais bravos. Na Batalha de Aljubarrota liderou uma carga castelhana à retaguarda portuguesa, para distrair o seu meio-irmão Condestável da frente de batalha, mas morreria na desgraça numa queda de cavalo, enquanto atravessava o riacho de Aljubarrota em fuga ao seu meio-irmão.[1]

Na Literatura editar

Pedro Álvares Pereira é um dos personagens fundamentais na obra "A Vida Grandiosa do Condestável", de Mário Domingues, onde surge como exemplo do cortesão, bajulador e interesseiro, em contraste com a moralidade medieval e os ideais de cavalaria professados pelo seu meio-irmão Nun'Álvares; este contraste é evidente no episódio da sua morte tal como descrito no livro, em que Pedro morre enquanto fugia de um ataque cobarde à retaguarda Portuguesa, perseguido pelo seu meio-irmão que, sozinho, enfrentava o inimigo corajosamente.

Referências

  1. "A Vida Grandiosa do Condestável" de Mário Domingues, ISBN 9799728563645

Fontes editar