Petro Poroshenko

empresário e político ucraniano, Ex-presidente da Ucrânia

Petro Oleksiyovych Poroshenko, em ucraniano: Петро Олексійович Порошенко (Bolgrad, 26 de setembro de 1965), é um empresário bilionário e político ucraniano. Foi o quinto presidente da Ucrânia de 2014 até 2019, já tendo servido como ministro dos Negócios Estrangeiros e ministro do Comércio e Desenvolvimento Econômico.

Petro Oleksiyovych Poroshenko
Petro Poroshenko
Petro Oleksiyovych Poroshenko
Presidente da Ucrânia Ucrânia
Período 7 de junho de 2014
a 20 de maio de 2019
Antecessor(a) Oleksandr Turtchynov (interino)
Sucessor(a) Volodymyr Zelensky
2° Ministro do Comércio e Desenvolvimento Econômico
Período 8 de fevereiro de 2005
até 8 de setembro de 2005
9° Ministro de Relações Exteriores
Período 9 de outubro de 2009
até 11 de março de 2010
9° Secretário da Segurança Nacional e Conselho da Defesa
Período 23 de março de 2012
até 24 de dezembro de 2012
Dados pessoais
Nascimento 26 de setembro de 1965 (58 anos)
Bolgrad, Odessa, República Socialista Soviética da Ucrânia
Alma mater Universidade Nacional Taras Shevchenko de Kyiv
Cônjuge Maryna Perevedentseva
Filhos(as) 4
Partido Solidariedade
Religião cristão (Igreja Ortodoxa)
Profissão economista e político

Poroshenko é o fundador e presidente da Ukrprominvest, uma empresa de capital aberto, de um grupo de empresas ucranianos. Ele serve como um governador do Banco do Comércio e Desenvolvimento do Mar Negro.[1] Foi considerado como o principal doador da oposição, sendo uma das dez pessoas mais ricas da Ucrânia.[2]

Poroshenko foi o primeiro Presidente da Ucrânia eleito depois do Euromaidan e a Revolução da Dignidade, com 54.70%. A política interna de Poroshenko ficou marcada pela promoção da língua ucraniana, o nacionalismo, o capitalismo inclusivo, a descomunização e a descentralização administrativa. Enquanto sua política externa foi focada em no estreitamento dos laços com a União Europeia. Entretanto, a principal marca de seu mandato sua liderança do país na Guerra em Donbas contra as Forças separatistas pró-Rússia da República Popular de Donetsk e Lugansk, incluindo a assinatura dos Protocolos de Minsk em 2014 e 2015, marcando o fim temporário da guerra.

Poroshenko tentou um segundo mandato na eleição presidencial na Ucrânia em 2019, Poroshenko perdeu para o ex-comediante Volodymyr Zelensky do partido Servo do Povo, após conquistar apenas 24,5% dos votos.[3]

Poroshenko é casado e tem quatro filhos.[4]

Biografia editar

Vida inicial e educação editar

Petro Poroshenko nasceu no Oblast de Odessa. Entre 1982 e 1989, estudou Relações Internacionais e Direito Internacional na Universidade Estadual de Kiev Taras Shevchenko. Graduou-se em 1989 com diploma na especialidade de economista especialista em assuntos internacionais. Entre 1989 e 1992 fez pós-graduação e foi assistente na cadeira de pesquisa económica internacional na Universidade Estadual de Kiev Taras Shevchenko.

Carreira do negócio editar

Após a formatura, Poroshenko começou seu próprio negócio de venda com grãos de cacau. Em 1990, ele havia adquirido o controle sobre várias empresas de confeitaria. Posteriormente, ele uniu as suas participações que teve na indústria, no grupo Roshen, a maior fabricante de confeitaria na Ucrânia,[5] um trocadilho do seu próprio sobrenome Poroshenko. As fortunas que ele fez na indústria de chocolate renderam-lhe o apelido de "Rei Chocolate". De fevereiro de 2007 até março de 2012, Poroshenko chefiou o conselho de administração do Banco Nacional da Ucrânia (Національний банк України). Ele é dono do canal de televisão "5".[6]

O império de negócios de Poroshenko inclui várias plantas de carros e ónibus, o estaleiro Leninska Kuznya, o canal de televisão "Canal 5", que apoiou os protestos do Maidan medialmente. Em julho de 2014, a revista Forbes estimou sua fortuna em US$ 1,3 bilhão.[4]

Eleições presidenciais editar

Em 2014, o presidente Viktor Yanukovych foi derrubado por uma revolução civil liderada inicialmente por estudantes, conhecido por EuroMaidan por se ter dado na praça com o mesmo nome (Maidan Nezalezhnosti) do centro de Kiev. Foi eleito em 25 de maio de 2014 com 54% dos votos e foi empossado em 7 de junho de 2014.

Presidente da Ucrânia editar

Quando sua vitória se tornou clara na noite do dia de eleição, em 25 de maio de 2014, Poroshenko anunciou a Bacia do Donets como seu primeiro destino presidencial após o levante da República Popular de Donetsk e República Popular de Luhansk por manifestantes pró-russos. Poroshenko também comprometeu-se a manter as operações militares contra a insurgência: "As operações antiterroristas não podem durar dois ou três meses. Deveriam e irão durar apenas algumas horas." Na ocasião, comparou os manifestantes pró-russos aos piratas somalis e defendeu negociações com a Rússia desde que sob mediação internacional. Em resposta, o governo russo afirmou que não aceitaria um mediador internacional em suas relações com a Ucrânia. Como presidente-eleito, Poroshenko prometeu recuperar a Crimeia, anexada pela Rússia em março de 2014.

Posse presidencial editar

A cerimônia de posse presidencial de Poroshenko ocorreu em 7 de junho de 2014. Em seu discurso inaugural, o presidente afirmou que a Ucrânia não desistiria da Crimeia e destacou a luta pela unidade do país. Poroshenko prometeu anistia "àqueles que não tiverem sangue em suas mãos", aos separatistas e aos insurgentes pró-russos e aos grupos nacionalistas opositores de seu governo, acrescentando: "Negociar com mafiosos e assassinos não está em nossos próximos passos". O presidente ainda defendeu eleições regionais na região oriental do país e anunciou a assinatura do Acordo de Associação à União Europeia, sendo este a primeira etapa da adesão ucraniana à organização. Durante a cerimônia, Poroshenko afirmou acreditar no "ucraniano como única língua do país", mas também falou sobre "garantia de desenvolvimento do russo e outros idiomas", uma vez que parte de seu próprio discurso foi em russo.

A posse contou com a presença de 50 delegações estrangeiras, incluindo o vice-presidente estadunidense Joe Biden, o presidente polonês Bronisław Komorowski, Alexander Lukashenko, Dalia Grybauskaitė, Didier Burkhalter, Joachim Gauck, Giorgi Margvelashvili, François Hollande, Stephen Harper, Herman Van Rompuy, entre outros dignitários.

Referências

  1. Website oficial, recuperado 30 de março 2014
  2. Forbes: Petro Poroshenko, recuperado 30 de março 2014
  3. «Zelenskiy's path to the presidency – DW – 04/22/2019». dw.com (em inglês). Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  4. a b «"Petro Poroshenko"». Forbes. Consultado em 10 de Julho de 2014 
  5. Pagina oficial da Roshen Arquivado em 30 de março de 2014, no Wayback Machine., recuperado em 30 de março 2014
  6. Pagina oficial Canal 5, recuperado 30 de março 2014

Ligações externas editar

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