Pilosocereus polygonus

O Pilosocereus polygonus, conhecido no Brasil como xiquexique, é uma cactácea cuja distribuição compreende grande parte da região intertropical das Américas, nomeadamente do sul da Flórida.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPilosocereus polygonus

Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Caryophyllidae
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Género: Pilosocereus
Espécie: P. polygonus
Nome binomial
Pilosocereus polygonus (Lam.) Byles & G.D. Rowley
 Nota: Se procura designação comum a plantas de um gênero botânico, veja Crotalaria.

Sua formação pode ser arbustiva ou arbórea, chegando a atingir a altura de quatro metros, desenvolvendo-se em solos rasos e pedregosos e apresentando numerosos espinhos, fortes e pontiagudos em suas aréolas.[1] Suas flores são branca e seu fruto, com coloração avermelhada quando maduro, é comestível, saboroso e rico em minerais.

Essa xerófita é muito semelhante à espécie Pilosocereus royenii, tornando a distinção entre ambas por vezes difícil.[2]

Características editar

Espécie endêmica do Brasil[3]. A subespécie gounellei ocorre em todos os estados do Nordeste, sendo umas das cactáceas mais comuns a região. Habita formações savânicas, carnaubais, campos ou afloramentos rochosos, sem especificidade de substrato[4]. É morfologicamente muito variável, mas apresenta certas características constantes, como os longos tricomas brancos nas aréolas floríferas, o hábito candelabriforme e as costelas sinuadas (traços não encontrados em outras espécies do gênero que ocorrem no Ceará).[5]

Tratamento taxonômico editar

Arbusto até 3 m de altura. Cladódio colunar, ereto, 6–10 cm de diâmetro. 8–13 costelas sinuadas, não segmentadas. Ramificações candelabriformes. Espinhos cilíndricos, aciculados e pungentes, 1–5 centrais, 10–150 × 1–2 mm, 12–15 radiais, 6– 30 × 0,5– 1 mm. Flores com 40–90 × 25–60 mm; pericarpelo amarelo ou marrom claro, inerme; perigônio branco. Fruto globoso, 35–45 × 45–60mm, pericarpo rosado a acinzentado, inerme; polpa funicular magenta ou raramente branca; centenas de sementes. Semente c. 1,7 × 1,5 mm.[5]

 
População do xiquexique (P. gounellei) no município de Currais Novos, Rio Grande do Norte.
 
Fruto maduro do xiquexique (P. gounellei)

Referências

  1. Gil Nelson (2010). The Trees of Florida: A Reference and Field Guide. [S.l.]: Pineapple Press Inc. 428 páginas. ISBN 9781561644759 
  2. David R. Hunt, Nigel P. Taylor (1994). Pilosocereus (Cactaceae): the genus in Brazil. [S.l.: s.n.] 160 páginas. ISBN 9780951723449 
  3. ROWLEY, GORDON; KIMNACH, MYRON (2006). «The New Cactus Lexicon». Cactus and Succulent Journal. 78 (6): 318–319. ISSN 0007-9367. doi:10.2985/0007-9367(2006)78[318:br]2.0.co;2 
  4. Prance, Ghillean (2005). «Book Review: Cacti of Eastern Brazil. Nigel Taylor and Daniela Zappi, Royal Botanic Gardens, Kew, UK, 2004, 499 pp. ISBN i-84246-056-0, hardback £53.00». Biodiversity and Conservation. 14 (3): 775–775. ISSN 0960-3115. doi:10.1007/s10531-004-4925-0 
  5. a b Loiola, Maria Iracema Bezerra; Taylor, Nigel P.; Menezes, Marcelo Oliveira Teles de (2013). «Flora do Ceará, Brasil: Cactaceae». Rodriguésia. 64 (4): 757–774. ISSN 2175-7860. doi:10.1590/S2175-78602013000400007 
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