Poço Branco

município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte

Poço Branco é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Foi criado em 13 de Abril de 1963, por seu membro-fundador, o então Xerife da época de Taipu, Tertulino Cabral, que em meio à disputas de poder político decidiu fundar sua própria cidade. A família Cabral teve um papel importante na instauração e história de Poço Branco, ficou conhecida por suas importantes atuações no cenário político e contribuições no ramo de bebidas, sendo muitos destes ainda hoje donos de distribuidoras na região.

Poço Branco
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Poço Branco
Bandeira
Brasão de armas de Poço Branco
Brasão de armas
Hino
Gentílico poço-branquense
Localização
Localização de Poço Branco no Rio Grande do Norte
Localização de Poço Branco no Rio Grande do Norte
Localização de Poço Branco no Rio Grande do Norte
Poço Branco está localizado em: Brasil
Poço Branco
Localização de Poço Branco no Brasil
Mapa
Mapa de Poço Branco
Coordenadas 5° 37' 22" S 35° 39' 46" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Pureza, Taipu, Ielmo Marinho, Bento Fernandes e João Câmara
Distância até a capital 63 km
História
Fundação 1963 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Edi Carlos Alexandre de Souza Oliveira (PROS, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 230,401 km²
População total (est. IBGE/2019[1]) 15 646 hab.
 • Posição RN: 33º
Densidade 67,9 hab./km²
Clima Semiárido
Altitude 82 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,587 baixo
PIB (IBGE/2019[3]) R$ 117 876,45 mil
PIB per capita (IBGE/2019[3]) R$ 7 647,86
Sítio prefeiturapocobranco.com.br (Prefeitura)

Geografia editar

Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal;[4] antes, de 1989 até 2017, quando vigorava a divisão em mesorregiões e microrregiões, era parte da microrregião da Baixa Verde, uma das quatro microrregiões da mesorregião do Agreste Potiguar.[5] Distante 63 km da capital estadual, Natal,[6] e 2 467 km da capital federal, Brasília,[7] Poço Branco ocupa 230,401 km² de área (0,4363% da superfície estadual), dos quais 2,18 km² constituem a sede municipal.[8] Limita-se com Pureza a norte, Bento Fernandes a sul, Taipu a leste e, a oeste, João Câmara e novamente Bento Fernandes.[9]

O relevo do município abrange tanto os tabuleiros costeiros, também denominados de "planaltos rebaixados", quanto a depressão sublitorânea, de transição entre os tabuleiros costeiros e o Planalto da Borborema. A geologia é marcada por sedimentos cretáceos das formações Açu e Jandaíra a norte, com idade entre oitenta e cem milhões de anos, enquanto a sul estão as rochas granito-gnássicas do período Pré-Cambriano, entre 1,1 bilhão e 2,5 bilhões de anos.[9] Os solos principais são a areia quartzosa distrófica e o podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico,[9] chamados, na nova classificação brasileira de solos, de neossolo e luvissolo, respectivamente.[10] Também é encontrado o vertissolo no setor norte do município, além de pequenas áreas de solo bruno não cálcico,[11] também enquadrados nos luvissolos.[10]

Esses solos são cobertos pela caatinga, com espécies vegetais de pequeno porte, cujas folhas desaparecem na estação seca. Poço Branco está inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Ceará-Mirim e Maxaranguape, o primeiro abrangendo quase três quintos da área do território poço-branquense e o segundo os dois quintos restantes. Cortam o município os riachos da América, do Cravo e do Saco e o rio Ceará-Mirim,[9] cujo trecho local é represado pela Barragem Engenheiro José Batista do Rêgo Pereira (Açude Poço Branco), com capacidade 136 000 000 .[12][13][14]

O clima de Poço Branco é semiárido,[15] com chuvas concentradas entre março e julho. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período de 1962 a 2011 e a partir de 2019, o recorde de precipitação em 24 horas ocorreu em 13 de março de 2022, chegando a 211,6 mm.[16] Desde setembro de 2019, quando a EMPARN colocou em operação uma estação meteorológica automática na cidade, as temperaturas variaram de 19,1 °C em agosto de 2022, nos dias 16 e 22, a 35 °C em 14 de fevereiro de 2021.[17]

Dados climatológicos para Poço Branco
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 34,4 35 34,2 34,1 33,3 33,7 33 33,4 34,1 34,5 34,8 34,6 35
Temperatura mínima recorde (°C) 21,7 20,7 21,8 21,8 20,8 19,6 19,4 19,1 19,3 20 20,7 21,7 19,1
Precipitação (mm) 41,6 63,4 113,7 129,9 102,4 106,8 99,2 42 21,7 5,7 7,8 10,1 744,3
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1962-2011; recordes de temperatura: 05/09/2019-presente)[16][17]

Referências

  1. a b IBGE. «Brasil / Rio Grande do Norte / Pureza». Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  2. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). «IDHM Municípios 2010». Consultado em 4 de setembro de 2013 
  3. a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Poço Branco | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  4. IBGE (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019 
  5. IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017 
  6. «Distância de Poço Branco a Natal». Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  7. «Distância de Poço Branco a Brasília». Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  8. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  9. a b c d Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) (2008). «Perfil do seu município: Poço Branco» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2022 
  10. a b JACOMINE, 2008, p. 178.
  11. EMBRAPA (1971). «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Poço Branco, RN» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2022 
  12. OLIVEIRA, 2018, p. 20.
  13. CIRILO, 2014, p. 28.
  14. GOMES, Luiz Henrique (27 de outubro de 2017). «Poço Branco vive conflito por água». Tribuna do Norte. Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  15. DINIZ FILHO, 2000, p. 2.
  16. a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 5 de janeiro de 2022 
  17. a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 4 de fevereiro de 2022 

Bibliografia editar

CIRILO, Vera Lúcia Rodrigues. Abastecimento humano de água em comunidades rurais na bacia hidrográfica do Rio Ceará Mirim-RN. 2014. 158f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2014.
DINIZ FILHO, José Braz et al. Potencialidades e consumo de águas subterrâneas no médio e baixo curso da bacia hidrográfica do rio Ceará Mirim/RN. Águas Subterrâneas, 2000.
JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179, 2008.
OLIVEIRA, Karoline Costa de. Implicações ambientais decorrentes do uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Doce - RN. 2018. 30f. TCC (Graduação em Geografia) - Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2018.
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