Raoul Dufy

French painter, designer, and ceramicist, 1877-1953

Raoul Dufy (nome completo Raoul Ernest Joseph) (Le Havre, 3 de junho de 1877Forcalquier, 23 de março de 1953) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador de livros, ceramista, ilustrador de tecidos, de tapeçarias e de móveis, decorador de interiores, espaços públicos e teatro francês. Impressionista a princípio, evoluiu gradativamente para o fauvismo, depois de travar contato com Henri Matisse.[1]

Raoul Dufy
Raoul Dufy
Raoul Dufy em 1905
Nome completo Raoul Ernest Joseph
Nascimento 3 de junho de 1877
Le Havre, França
Morte 23 de março de 1953 (75 anos)
Forcalquier, França
Nacionalidade França francês
Principais trabalhos La Fée Electricité (1937)
Área Pintura
Formação
Movimento(s) Fauvismo, impressionismo, modernismo, cubismo

Vida pessoal editar

Raoul Dufy nasceu em 1877, em Le Havre, na Normandia, em uma grande família. Largou a escola aos 17 anos para trabalhar em uma importadora de café. Aos 18 anos, em 1895, ele começou a ter aulas de artes na École des Beaux-Arts de Le Havre, uma escola municipal. As aulas eram dadas por Charles Lhuillier, que 40 anos antes tinha sido aluno de Jean-Auguste Dominique Ingres, um famoso pintor retratista francês. Lá, Raoul conheceu Raimond Lecourt e Othon Friesz, com quem mais tarde teria um estúdio em Montmartre e uma longa amizade. Neste período, Raoul pintava principalmente paisagens normandas em aquarelas.[2]

Em 1900, após um ano de serviço militar, Raoul ganhou uma bolsa de estudos na École nationale supérieure des Beaux-Arts, em Paris, onde reencontrou o amigo Othon Friesz. As paisagens impressionistas o cativaram profundamente, em especial as de Claude Monet e Camille Pissarro. Sua primeira exposição ocorreu em 1901.[3] No ano seguinte, expôs seus trabalhos na galeria de Berthe Weill. Expôs novamente em 1903, no Salon des Indépendants. Maurice Denis chegou a comprar um de seus quadros. Os locais que Raoul gostava de pintar eram os arredores de Le Havre e a praia de Sainte-Adresse, famosa nos quadros de Monet e Eugène Boudin. Em 1904, com seu amigo, Albert Marquet, trabalharam no Canal da Mancha.[2]

Últimos anos de sua vida editar

O quadro Luxe, Calme et Volupté, de Matisse, causou uma profunda impressão em Raoul, em 1905 e o direcionou rumo ao fauvismo. O contato com Paul Cézanne o levou a suavizar sua técnica, com pinceladas mais sutis. Não foi antes de 1920 que Raoul começou a flertar com o cubismo, desenvolvendo sua própria técnica e perspectiva.[3] Raoul Dufy foi contratado por Paul Poiret para projetar artigos de papelaria para a casa, e depois de 1912  desenhou padrões têxteis para Bianchini-Ferier usados ​​nas roupas de Poiret[4] e Charvet.[5]

Em 1950, Raoul começou a sofrer de artrite reumatoide, o que o impedia de segurar o pincel por muito tempo. Em abril do mesmo ano, ele viajou até Boston, onde passou por um tratamento experimental com cortisona. Em agradecimento pela melhora, alguns de seus trabalhos foram dedicados aos médicos que o atenderam nos Estados Unidos.[6][7]

Morte editar

Raoul Dufy morreu em 23 de março de 1953, devido a complicações de uma infecção intestinal, possivelmente devido ao tratamento prolongado com cortisona. Depois de um enterro temporário em Forcalquier, a cidade de Nice ofereceu um jazigo no cemitério de Cimiez, em 1956, próximo a Matisse.[4]

Referências

  1. «Raoul Dufy». Catálogo das Artes. Consultado em 15 de dezembro de 2016 
  2. a b McNay Art Museum. «McNay Collection: Raoul Dufy». Mcnayart.org. Consultado em 28 de abril de 2017 
  3. a b BUFFAT, Cécile (2006). «La Fée Électricité et le mécénat électrique. La Fée Électricité de Dufy et le mécénat électrique dans l'entre-deux-guerres». Annales Historiques d'Électricité. ISBN 2351130251 
  4. a b Hay, Susan (1999). From Paris to Providence, Fashion, Art and the Tirocchi Dressmakers' Shop, 1915–1947 ("Modernism in Fabric: Art and the Tirocchi Textiles"). [S.l.]: Rhode Island School of Design 
  5. Tourlonias, Anne (1998). Raoul Dufy, l'œuvre en soie (em francês). Avignon: Barthelemy. p. 41. ISBN 2-87923-094-2. Le 1er mar 1912, Raoul Dufy et Charles Bianchini signent le contrat. 
  6. Harris JC. «LA cortisone». Archives of General Psychiatry. 67 (4): 317-317. ISSN 0003-990X. doi:10.1001/archgenpsychiatry.2010.29. Consultado em 18 de fevereiro de 2013 
  7. Health.com. «11 Famous People With Rheumatoid Arthritis». Consultado em 29 de abril de 2017 
 
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