Rio Itapicuru

curso d'água no estado brasileiro da Bahia
 Nota: Para outros significados, veja Itapicuru (desambiguação).

O rio Itapicuru é um curso de água que banha o Norte da Bahia, na região Nordeste do Brasil. Sua principal nascente se localiza no Piemonte da Chapada Diamantina (região norte da Chapada Diamantina).[1]

Rio Itapicuru
Rio Itapicuru
Trecho do rio Itapicuru no povoado de Barreira, no município de Araci
Nascente Piemonte da Chapada Diamantina
Foz Oceano Atlântico
Área da bacia 37 000 km²
Afluentes
principais
Rio Cariacá e Rio Quijingue
País(es)  Brasil

Suas nascentes estão no limite entre os municípios de Antonio Gonçalves e Campo Formoso. O principal braço formador do rio era denominado rio São Jerônimo no período colonial, e sua denominação, hoje, é Itapicuru-Açu, para se diferenciar do rio Itapicuru-Mirim, que é um afluente temporário com a nascente em Miguel Calmon, também no Piemonte Norte da Chapada Diamantina.

Seu curso segue no sentido Oeste-Leste, de forma praticamente perene durante o ano todo, fato relativamente raro nesta região. Passa pelas estâncias hidrominerais de Caldas do Jorro e Caldas de Cipó e deságua no oceano Atlântico no município baiano do Conde.

Em janeiro de 2016, o rio transbordou de seu leito menor e alagou a maioria das ruas de Conde, ilhando o município. O número de desabrigados foi de centenas de famílias, tendo os efeitos sido menores, uma vez que a população foi avisada previamente da inundação em decorrência das fortes chuvas.[2]

Etimologia editar

"Itapicuru" procede do tupi antigo itapukury, "rio das pedras compridas" (itá, pedra, puku, comprida, e ry, rio).[3]

Municípios abrangidos editar

O rio Itapicuru percorre o território de 54 municípios baianos, sendo que 24 estão totalmente abrangidos[4] e 30 apenas parcialmente.

Aqueles totalmente abrangidos são:

E os parcialmente abrangidos:

Formação geológica editar

O rio empresta seu nome a um cinturão de rochas verdes (Greenstone Belt do Rio Itapicuru), associação geológica datada do Proterozoico Inferior.

Referências

  1. Secretaria de Turismo (2004). «PDITS Chapada Diamatina» (PDF). Setur-BA. Consultado em 9 de dezembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 20 de setembro de 2018 
  2. Henrique, Teófilo (28 de janeiro de 2016). «Nível do rio sobe e deixa cidade do Conde ilhada». Portal A TARDE. Consultado em 27 de dezembro de 2016 
  3. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 574.
  4. «Proposta para redução das assimetrias reveladas». periódicos UESB. UESB.org. Consultado em 15 de junho de 2017