Rio Tocantins

rio brasileiro
 Nota: Se procura outros significados de Tocantins, veja Tocantins (desambiguação).

O rio Tocantins (Paracatejê: Pyti [pɨˈti][1]:59; Xerente/Akwẽ Mrmẽze: Kâwawẽ[2]:103) é um curso de água que nasce na serra Dourada, no estado de Goiás, passando logo após pelos estados de Tocantins, Maranhão e Pará, até a sua foz no golfão Marajoara (ou baía do Marajó), logo após o furo de Santa Maria (ou rio Pará).[3]

Rio Tocantins
Pyti (Paracatejê)
Kâwawẽ (Xerente/Akwẽ Mrmẽze)
Rio Tocantins
Ponte rodoviária sobre o rio Tocantins entre os municípios de Imperatriz (MA) e São Miguel do Tocantins (TO).
Comprimento 2 416 km
Nascente Planalto Brasileiro
Caudal médio 13 598 m³/s
Caudal máximo 70 000 m³/s
Foz Baía do Marajó
Área da bacia 803 250 km²
País(es)  Brasil

Após a união do rio das Almas, rio Maranhão e rio Paranã, entre os municípios de Paranã e São Salvador do Tocantins (ambos localizados no estado do Tocantins), o rio passa a ser chamado definitivamente de rio Tocantins. Durante a época das cheias, seu trecho navegável é de aproximadamente 2 000km, entre sua foz, no Pará e Lajeado, no Tocantins.

O rio Tocantins é o segundo maior rio totalmente brasileiro (perde apenas para o rio São Francisco), e também pode ser chamado de Tocantins-Araguaia, após juntar-se ao rio Araguaia na região do "Bico do Papagaio", que fica localizada entre os estados de Tocantins, Maranhão e Pará. É no vale do médio e baixo rio Tocantins que se encontrava a maior concentração de castanheiras da Amazônia.

Etimologia editar

 
Do tupi: tukana, tucano, e , bico, nome de antiga nação indígena. Ambos os termos estão em relação genitiva, o que dá a ideia de origem, pertencimento, e enseja a inversão dos termos (conforme indicam as setas).
 
Bacia hidrográfica do rio Tocantins
 
Rio Tocantins na Praia da Graciosa, em Palmas
 
Barcos típicos dos rios da Amazônia, na Orla Sebastião Miranda

"Tocantins" é um termo com origem na língua tupi: significa "bico de tucano", através da junção de tukana (tucano) e tim (bico), e também nomeou o estado brasileiro mais recente surgido.[4]

Cidades editar

A nascente mais longínqua do rio Tocantins localiza-se no estado de Goiás, na divisa entre os municípios de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás, próximo à divisa de ambos com o município de Anápolis. A partir deste ponto, o rio surge com o nome de rio Padre Souza no município de Pirenópolis.[5] A maior vazão registrada no rio Tocantins foi em 3 de março de 1980, atingindo aproximadamente 70 000 metros cúbicos por segundo nas proximidades da cidade de Tucuruí. A maior cheia no rio Tocantins foi em março de 1980, período na qual o nível do rio em Tucuruí aumentou cerca de 20 metros. Em 8 de março daquele ano, a cidade de Marabá ficou praticamente submersa.

Bacia do Araguaia-Tocantins editar

Ocupando uma área de 803 250 quilômetros quadrados, é a maior bacia hidrográfica inteiramente brasileira, ainda que pertencente a Bacia Amazônica. Além de apresentar-se navegável em muitos trechos, é a terceira do Brasil em potencial hidrelétrico, encontrando-se nela a Usina Hidrelétrica de Tucuruí.

O Tocantins, principal rio dessa bacia, nasce no norte de Goiás e desagua no golfão Marajoara (ou baía do Marajó), logo após o furo de Santa Maria ou rio Pará (o braço estuarino do rio Amazonas).[3] Em seu percurso, recebe o rio Araguaia, que se divide em dois braços, formando a ilha do Bananal; situada no estado de Tocantins, é considerada a maior ilha fluvial interior do mundo.

Nessa região, ocorrem rios de regime austral, ao sul, e equatorial, ao norte.

Usinas Hidrelétricas editar

 
Usina de Tucuruí

O potencial energético instalado no rio Tocantins é superior a 10 500 MW, através de suas três usinas hidrelétricas:

 
Lago da Hidrelétrica Serra da Mesa

Ver também editar

Referências

  1. Araújo, Leopoldina (2019). Romanço Parkatêjê. Belém: [s.n.] ISBN 978-85-910871-4-3 
  2. Xerente, Valteir Tpêkru (2018). «O estudo da grafia dos substantivos em Xerente Akwe Mrmẽze». Goiânia. Revista Articulando e Construindo Saberes. 3 (1): 97-104. ISSN 2525-8303. Consultado em 11 de março de 2023 
  3. a b Catálogo ID: 48660. IBGE. 2019.
  4. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.
  5. http://WikiMapia.org/#lat=-16.1604776&lon=-49.188323&z=14&l=9&m=h&v=2 Cabeceiras do Rio Tocantins/Padre Souza no WikiMapia
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