O termo rito (do latim ritu)[1] tem vários sentidos. Rito é um pouco diferente de ritual, dando continuidade ao mito. No sentido mais geral, é uma sucessão de palavras e atos que, repetida, compõe uma cerimônia (religiosa ou civil). Apesar de seguir um padrão, o rito não é mecanizado, pois pode atualizar um mito, mantendo ensinamentos ancestrais e sagrados.

É um conjunto de atividades organizadas, no qual as pessoas se expressam por meio de gestos, símbolos, linguagem e comportamento, transmitindo um sentido coerente ao ritual. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é qualquer atividade padronizada que constitui um rito. A palavra "rito" pode também designar tipo de velocidade no ritual do processo judicial.

¨Em qualquer tempo e lugar, a vida social é sempre marcada por rituais¨.[2]

Tradição cristã editar

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Rito pode significar também um conjunto de fórmulas que caracterizam certa tradição cristã. Exemplos destes ritos litúrgicos são o rito romano, o rito ambrosiano, o rito bracarense, o rito bizantino, rito moçárabe, etc.

O termo aplica-se também às 23 Igrejas particulares sui iuris da Igreja Católica, das quais a maior é a Igreja Católica Latina. O termo "rito" encontra-se usado no sentido de "Igreja particular" sui iuris: por exemplo, no documento do Concílio Vaticano II Orientalium Ecclesiarum, 2. São 14 as Igrejas particulares ("ritos" neste sentido) que usam o único rito bizantino litúrgico, enquanto a única Igreja Latina (ou Rito Latino) emprega vários ritos litúrgicos (rito romano, rito ambrosiano, etc.).

Tradição chinesa editar

No pensamento tradicional chinês, muito influenciado pelo confucionismo, os ritos são os "costumes civilizados", as "regras morais" e os "bons costumes" que todo ser humano deve cumprir, para que a sociedade se possa manter civilizada, próspera e harmoniosa. Segundo a filosofia de Confúcio, a prática sistemática e frequente dos ritos torna os seus praticantes pessoas civilizadas e morais. Confúcio achava que os ritos, apesar de terem uma natureza meramente formal, são operantes e eficazes na transformação dos seus praticantes, que vão retendo, aos poucos, os valores morais que dão sentido aos ritos. Logo, os ritos, em si, têm somente um carácter cultural e civil.

Ver também editar

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 513.
  2. PEIRANO, Mariza. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2003, pg 7
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