Rucervus schomburgki

O cervo-de-schomburgk (Rucervus schomburgki, antigamente Cervus schomburgki) é um mamífero extinto da família dos Cervídeos. Era endémico da Tailândia. Foi descrito por Edward Blyth em 1863, e foi batizado em honra de Robert Hermann Schomburgk então cônsul britânico na Tailândia.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCervo-de-schomburgk
Cervo-de-schomburgk no Zoológico de Berlim, 1911
Cervo-de-schomburgk no Zoológico de Berlim, 1911
Estado de conservação
Extinta
Extinta
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Género: Rucervus
Espécie: R. schomburgki
Nome binomial
Rucervus schomburgki
Blyth, 1863

Crê-se que a população selvagem do cervo-de-schomburgk desapareceu em 1932, devido à caça excessiva, e o último exemplar em cativeiro foi morto em 1938. A espécie é listada como extinta no Lista Vermelha da IUCN de 2006[1]. No entanto, alguns cientistas consideram que esta espécie ainda existe[2].

Características editar

Comprimento em torno de 180 cm, com comprimento da cauda de 10 cm, altura nas espáduas de 104 cm, peso de 100 a 120 kg, as partes superiores com uma cor marrom uniforme e as inferiores mais claras, os pés e as hastes com um tom avermelhado,as hastes com 32 a 83 cm. As fêmeas não possuíam hastes.

Hábitos editar

Sempre em pequenos rebanhos, um macho adulto apenas, com algumas fêmeas e seus jovens, alimentavam-se pela manhã e durante a noite na maioria das vezes em planícies abertas, evitando as zonas de vegetação mais cerrada.

História editar

Foram muito perseguidos por caçadores principalmente nas estações chuvosas.

Os cervos-de-schomburgk poderão ter existido também no norte da China (Yunnan) e no Laos, mas apenas se tem certeza da sua existência na Tailândia. Neste país eram encontrados ao longo do rio Chaos Phya na região de Banguecoque, também na região entre Prakarn e Sukhothai e no leste do país de Nakhon Nayok a Chachengsao. No oeste da Tailândia habitava de Suphan Buri a Kanchanaburi.

A caça excessiva por um lado, e a intensificação do cultivo do arroz para exportação na Tailândia no início do século XX, conduziram ao desaparecimento gradual desta espécie. Na estação das chuvas, refugiavam-se em pequenas ilhas para escapar às inundações dos rios, o que facilitava o trabalho dos caçadores. As peles eram exportadas embora que, pelo que se sabe, somente 200 o foram, o que dificilmente poderia ter um impacto significativo na população da espécie. Por outro lado, as hastes eram bastante procuradas pois na medicina chinesa dizia-se que possuíam propriedades médicas e supostamente mágicas.

Por volta de 1920, o cervo-de-schomburgk encontrava-se virtualmente extinto. O último espécime conhecido a desaparecer, foi um macho adulto mantido como animal de estimação em um templo na província de Samut Sakhon na Tailândia, morto por um morador local embriagado em 1938.

Tentou-se a sua criação em cativeiro na Tailândia, França e Alemanha mas estes esforços não foram bem sucedidos.

Noticias recentes editar

Em 1991 foram descobertas umas hastes numa loja de medicina chinesa no Laos. Laurent Chazée, um agrónomo das Nações Unidas, identificou-as como pertencendo a um cervo-de-schomburgk a partir de uma sua fotografia[3]. É possível que o cervo-de-schomburgk ainda exista no Laos, mas são necessárias mais investigações para que tal seja ou não confirmado.

Referências editar