Síndrome da excitação sexual persistente

A Síndrome de Excitação Sexual Persistente, mundialmente conhecida pela sigla PSAS (do inglês Persistent Sexual Arousal Syndrome, nome que não é mais utilizado pelos especialistas, que agora usam Persistent Genital Arousal Disorder) causa uma excitação espontânea e persistente nos órgãos genitais, com ou sem orgasmo ou obstrução, sem relação alguma com sentimentos de desejo sexual, na maioria das vezes em mulheres.[1] A síndrome foi documentada pela primeira vez pela médica estadunidense Sandra Leiblum, em 2001, e recentemente foi caracterizada na literatura médica como uma síndrome específica.[2] A PSAS não tem nenhuma relação com a hipersexualidade, palavra que também é conhecida pelos sinônimos ninfomania e satiríase. Além de ser raríssima, a síndrome é, em muitos casos, escondida pelos pacientes que dela sofrem, pois eles se constrangem ao relatar o problema aos médicos.[3]

Em 2007, uma inglesa chamada Sarah Carmen, de 24 anos, declarou ser portadora da PSAS. Sarah disse que sentiu os sintomas pela primeira vez aos 19 anos, e que seus parceiros costumam se frustrar com o fenômeno, ao vê-la alcançar os orgasmos com pouco ou nenhum esforço.[4][5]

O primeiro caso da doença em homem foi diagnosticado em 2014, o norte-americano Dale Decker. Ele desenvolveu o transtorno em 2012, quando feriu uma vértebra em uma pequena queda.[1]

Segundo a especialista Francisca Molero, em entrevista à BBC, entre 400 e 500 pessoas em todo o mundo têm a doença.[6]

Referências

  1. a b Leire Ventas. «Síndrome faz homem ter mais de cem orgasmos por dia». BBC. Consultado em 17 de setembro de 2018 
  2. Leiblum, S.R. & Nathan, S.G. (1 de julho de 2001). «Persistent Sexual Arousal Syndrome: A Newly Discovered Pattern of Female Sexuality». Journal of Sex & Marital Therapy. 27 (4): 365-380 
  3. >«Garota sofre síndrome da excitação sexual constante». Curiosamente. Diario de Pernambuco. Consultado em 17 de setembro de 2018 
  4. News of the world - Sarah Carmen e a PSAS (em inglês)
  5. Terra - Britânica de 24 anos tem 200 orgasmos por dia (em português)
  6. Marina Demartini (13 de setembro de 2016). «17 doenças raras e estranhas estudadas pela ciência». Exame. Abril. Consultado em 17 de setembro de 2018 

Ver também editar

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